Jairo LimaAs rugas, outrora ruas
Os canais, outrora rios
O calor, outrora frio
Minha cidade, andava nua
Enquanto menina resistiu.
O ruído, outrora calma
Um céu já sem estrelar
Ainda verde era o mar
Lamenta aflita minh’alma
Que chora a morte do luar
E os bancos solitários
Sem companhias nas praças
Observam o tempo que passa
Levando escravas de horários
Nossas vidas, nossa raça.
*Jairo Lima é membro da Academia Cabense de Letras.
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