terça-feira, 31 de agosto de 2010

PREMIAÇÃO DO FESTIVAL ESTUDANTIL



Willi na Terra dos Meninos Invisíveis (Grupo Teatral Se Der Certo Continua e Escola Municipal Casa dos Ferroviários) - Foto: Pedro Portugal

Com o Teatro de Santa Isabel praticamente lotado, terminou neste domingo, 29 de agosto, no Recife, o 8º Festival Estudantil de Teatro e Dança, com a entrega dos troféus aos melhores do evento. Numa noite festiva, apresentada pelos atores Hilda Torres e Carlos Lira, três atrações foram convidadas a intercalar suas apresentações entre um prêmio e outro: o Núcleo Experimental, de dança contemporânea; o Grupo Mulungu Teatro de Bonecos e Atores, parodiando o próprio produtor Pedro Portugal, realizador do evento; e o elenco de “Os Embromation”, que interagiu bastante com o público. Os prêmios foram entregues às categorias de Dança e Teatro – esta dividida em dois grupos, os iniciantes e os veteranos, tanto nas produções para crianças quanto na de adultos.

PREMIAÇÃO - Dança:

Melhor Figurino em Dança: Bianca Morena (Respeitável Público)

Melhor Bailarino: Jorge Kildery (Cristine J.)

Melhor Bailarina: Vanessa Alcântara (Teus Vícios... Meu Deboche)

Prêmio Destaque em Dança: Black Escobar, pela direção de arte na coreografia A Nova Que a Bossa Tem.

Melhor Coreógrafa (ou seja, pela concepção coreográfica): Cristiane Barbosa (Vida Urbana)

Melhor Coreografia (ou seja, execução de movimento e conjunto da obra): Comando em Movimento (Fenômenos de Rua e Escola Elizeu Araújo/Pesqueira) e Teus Vícios... Meu Deboche (A Sós Cia. de Dança e Associação dos Moradores da UR-03)

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PREMIAÇÃO – Teatro / Grupos Iniciantes

Melhor Espetáculo Teatro Para Crianças: A Revolta dos Bichos (Grupo de Teatro da Escola Municipal Dr. Manoel Borba/Tupanatinga)

Prêmios Destaques Teatro Para Crianças: Allan Shymytty, pela direção do espetáculo A Revolta dos Bichos e à unidade de elenco do espetáculo A Revolta dos Bichos

Melhor Espetáculo Teatro Para Adultos: Público (Grupo Arteiros de Iniciação Teatral e Colégio Conhecer) e Batente (Corpos Abá e Associação de Apoio à Criança e ao Adolescente)

Prêmio Destaque Teatro Para Adultos: Rafael Munkler, pela direção do espetáculo O Mistério das Figuras de Barro

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PREMIAÇÃO – Teatro / Grupos Veteranos

Melhor Espetáculo Teatro Para Crianças: Willi na Terra dos Meninos Invisíveis (Grupo Teatral Se Der Certo Continua e Escola Municipal Casa dos Ferroviários)

Melhor Direção: Anderson Abreu (Willi na Terra dos Meninos Invisíveis)

Melhor Ator: Rhamon Vieira (A Canção de Assis)

Melhor Ator Coadjuvante: Ravi Feitoza (O Fantástico Mistério de Feiurinha)

Melhor Atriz: Brenda Arruda (Willi na Terra dos Meninos Invisíveis)

Melhor Atriz Coadjuvante: Raiane Oliveira (Willi na Terra dos Meninos Invisíveis)

Melhor Figurino: Íris Brenda (A Canção de Assis)

Melhor Maquiagem: Moisés Gonçalves (A Canção de Assis)

Melhor Cenário: Anderson Gomes (Willi na Terra dos Meninos Invisíveis)

Melhor Iluminação: Moisés Gonçalves (A Canção de Assis)

Melhor Texto Inédito de Teatro Para Crianças: Willi na Terra dos Meninos Invisíveis (Anderson Abreu)

Prêmio Destaque: Sandra Albino, pelo processo pedagógico com o Grupo Diocesano de Artes

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Melhor Espetáculo Teatro Para Adultos: Ganga Meu Ganga – O Rei (Grupo Teatral Ariano Suassuna e Escola Santos Cosme e Damião/Igarassu)

Melhor Direção: Múcio Eduardo (Comediano, o Cômico Cotidiano de Todos os Dias)

Melhor Ator: Pedro Didier (Omelete Verde)

Melhor Ator Coadjuvante: Toninho Miranda e Flávio Andrade (ambos de Comediano, o Cômico Cotidiano de Todos os Dias)

Melhor Atriz: Gabriela Holanda (Omelete Verde)

Melhor Atriz Coadjuvante: Gyselle Brasiliano (Comediano, o Cômico Cotidiano de Todos os Dias)

Melhor Figurino: Gabriela Holanda (Omelete Verde)

Melhor Maquiagem: Não houve indicação

Melhor Cenário: André Ramos (Ganga Meu Ganga – O Rei)

Melhor Iluminação: João Paulo (Ganga Meu Ganga – O Rei)

Melhor Texto Inédito de Teatro Para Adultos: Omelete Verde (Gabriela Cabral)

Prêmio Destaque: Manoel Teixeira, pela concepção de trilha sonora ao vivo no espetáculo Ganga Meu Ganga – O Rei

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

NOSSO LAR



Antonino Oliveira Júnior*

A manhã do sábado, dia 28, tinha tudo para ser igual a outras, mas não foi. Naquela manhã fui assistir a pré-estréia do filme “NOSSO LAR”, uma produção bem cuidada do cinema brasileiro, sobre a obra do espírito de André Luiz, psicografada pelo medium Chico Xavier.

Ainda que tenha compactado demais o livro, é possível ver no filme o processo de continuação da vida após a morte e o quanto nossa passagem na Terra tem importância na continuação da existência. A experiência vivida e narrada por André Luiz brilha em nossos olhos e soa aos nossos ouvidos como um grande alerta aos que super dimensionam os bens, os títulos e as posições adquiridos ao longo de sua vida material. Fica muito claro, explícito, que ninguém chega em outra vida como doutor, marechal, reverendo, etc., mas, como alguém que teve a oportunidade de toda uma vida para progredir através da prática do amor.

Mesmo que tudo tenha sido tratado de forma, até certo ponto, superficial, o filme solta na platéia uma gota de evangelização, usando a estratégia da emoção para tratar de assuntos tão sérios, tão duros e tão incisivos, porém, não menos importantes para o crescimento espiritual. A grande mensagem é: plante agora, para colher depois da morte. Não importa a religião que você abraçou, até porque, todas pregam uma vida depois da morte, seja numa poltrona no lado direito de Jesus, seja na experiência de planos espirituais. Descontando-se, claro, os casos extremos de fanatismo.

NOSSO LAR é um filme que propaga o servir como prova de amor. A humildade como base desse servir, a renúncia como veículo de sua doação. A doação, enfim, como demonstração plena de um amor que faz desenvolver, que leva à evolução, que dignifica e justifica uma existência, um amor que aproxima de Deus.

A morte de André Luiz, seu período punitivo (mas, reflexivo) na região lamacenta, escura, árida, desesperadora, chamada umbral , seu resgate pelos espíritos de luz, a chegada à Colônia Nosso Lar, o aprendizado pela perda do status em sua vida terrena, o crescimento pela humildade, o brilho alcançado por ações de amor. A vida regular de uma Colônia Espiritual. E, ainda, breves, porém, importantes, lições de compromisso, retidão de atos, respeito às pessoas e, principalmente, à Lei Maior.

Tudo isso num filme, que nos diz, com arte e beleza, que a morte é apenas o sopro de um recomeço.

*Antonino Oliveira Júnior é membro da Igreja Batista da Cohab e da Academia Cabense de Letras.

A MENINA E O GIGANTE, O FILME PERNAMBUCANO SUCESSO NO YOUTUBE



Camila di Paula é a protagonista do filme.

Cerca de sete milhoes de pessoas já acessaram o Youtube e assistiram o filme "A menina e o gigante", ficção assinada por Ademir de Paula. O filme, que já foi um curta, agora é um Média-Metragem e hoje é considerado um sucesso consolidado junto ao público da internet.

Ademir de Paula é pernambucano e um apaixonado por cinema, dedicando-se diuturnamente à produção de filmes, centrando o foco de seus trabalhos em A menina e o gigante, um filme de ficção que encanta pelos efeitos especiais e pela cuidadosa produção, ainda que realizado com um orçamento pequeno em relação a outras produções.

O filme mostra a invasão ta Terra por alienígenas. A menina (Camila di Paula) descobre o fato e conta com a ajuda de um robô para tentar impedir que a invasão aconteça e se dê a destruição de Recife. O diretor afirmou: "procurei dar o máximo de realismo. As pessoas podem ver um tijolo rachando. Na verdade, saí muito pouco para fazer as tomadas de rua e elas aconteceram praticamente nas cenas de pânico da população. Noventa por cento foram feitos em computador", afirmou Ademir di Paula.

O diretor Ademir di Paula deseja vôos mais altos, como "transformar o filme num Longa-Metragem e correr o mundo através da tela grande dos cinemas convencionais", que finalizou afirmando: "Fugimos do estilo convencional do cinema brasileiro. O pessoal está cansado de filme de favela".

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

REVOLTADO



Theo Silva*

Olhando a vida, indiferente a tudo,
vou viver d'agora por diante;
como um cipestre solitário e mudo
à margem de um riacho soluçante.

Como um grito perdido bem distante,
perdido na amplidão do mundo afora,
eu quero ser de tudo ignorante,
e em nada mais acreditar agora.

Viver assim com toda indiferença,
com um pálido sorriso de descrença
para quem me falar em piedade.

Pois se a vitória da vida é o desdém,
esse punhal eu saberei também
cravar no coração da humanidade.

Theo Silva é um dos Patronos da Academia Cabense de Letras.

VEM AÍ O FLEG




Final de Setembro teremos o Festival de Literatura de Gaibu, promovido pela Escola Estadual de Gaibu. Sem dúvida será um Festival dos mais interessantes e que nos enche de esperanças de que essa geração de jovens aprenda a gostar de ler.

A Coordenação do evento ofereceu um espaço para ser ocupado pela Academia Cabense de Letras, que já confirmou presença, faltando apenas que os acadêmicos decidam como se dará essa participação.

De qualquer forma, é louvável e merece destaque a iniiciativa dos professores, da direção da escola e de seus alunos, que desde já abraçam o evento com disposição e vontade de fazer o melhor possível.

DOMINGO TEM PREMIAÇÃO DO FESTIVAL ESTUDANTIL DE TEATRO E DANÇA



Carlos Lira e Hilda Torres, em O Raio da Silibrina. Foto: Pedro Portugal

Após 16 dias de apresentações, a entrega dos troféus aos melhores do 8º Festival Estudantil de Teatro e Dança, no Recife, vai ser em grande estilo, neste domingo, 29 de agosto, a partir das 19h, no Teatro de Santa Isabel, contando com a apresentação especial dos atores Hilda Torres e Carlos Lira (vistos na comédia “Trupizupe, o Raio da Silibrina”) e a participação especial dos bailarinos do Núcleo de Formação em Dança do Espaço Experimental, sob coordenação da coreógrafa Mônica Lira, e do elenco de “Os Embromation” (Mauro Monezi, Evilásio Andrade e Tiago Gondim), que vem fazendo sucesso principalmente com a turma mais jovem por seus improvisos cômicos. A direção de cena é de Célio Pontes. Ingresso: R$ 5 (preço único).

Sete municípios disputam na premiação. Do Cabo de Santo Agostinho, "Quando o Amor Vem ao Coração", com texto e direção de Rafael Dynarck, é o único a marcar presença. Na categoria teatro, serão entregues troféus em duas etapas: os grupos avançados concorrem com estatuetas nas seguintes categorias infantil e adulto: melhor espetáculo, diretor/professor, ator, atriz, ator e atriz coadjuvante, cenografia, figurino, maquiagem, coreografia e iluminação, além de um prêmio especial para algum destaque se houver. Também há o troféu de melhor texto de autor pernambucano nas duas etapas. Na categoria estreante, concorrem o melhor espetáculo adulto, infantil e até dois prêmios especiais se houver.

Na categoria de dança, o evento premiará com troféus as categorias de melhor coreografia, coreógrafo, bailarino, bailarina, figurino e um prêmio especial para algum destaque se houver. Participaram da comissão de teatro: Carlos Varella, Geraldo Dias, Murilo Freire, Célia Regina e Samuel Santos. Na comissão de dança: Juliana Siqueira, Fátima Monteiro e Íris Macedo. O evento é uma promoção do produtor Pedro Portugal, com incentivo do Funcultura e SIC/Municipal. Informações: 3222 0025.

Colaboração: Leidson Ferraz

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

CÂMARA DE VEREADORES HOMENAGEIA FREDERICO MENEZES



Frederico Menezes - 30 anos de oratória

A Câmara de Vereadores aprovou a iniciativa do Vereador Ricardinho e homengeia Frederico Menezes, membro da Academia Cabense de Letras, que completa 30 anos de oratória espírita, concedendo-lhe a Medalha JOSUÉ DE CASTRO.

A homenagem do Legislativo cabense acontecerá no dia 01 de Outubro, às 19 horas, no Plenário da Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho. Na oportunidade, Frederico Menezes fará palestra sobre Josué de Castro e a Geografia da Fome.

A homenagem dos Vereadores coincide com mais um Sexta de Letras, que acontece sempre na primeira sexta-feira de cada mês. Frederico Menezes é um dos coordenadores da Sociedade espírita Casa da Caminho, que funciona no bairro Cidade Garapu.

O QUE FAZ UM DEPUTADO?



DOUGLAS MENEZES*

Os maus políticos costumam dizer aos seus eleitores que a atividade parlamentar é algo esvaziado. Que vereadores, deputados e senadores não podem fazer muita coisa pela população, já que é competência do executivo realizar obras e pôr em prática as políticas públicas. Também esses senhores, denegrindo as próprias funções, justificam o assistencialismo humilhante como uma necessidade dos mais carentes, desassistidos, eles precisam ser “protegidos” sob o manto da esmola, da caridade viciada, segundo sua ótica caolha e oportunista. E haja pagamento de conta de água, luz e outros favores que somados garantem, junto ao eleitorado alienado e desprotegido, novas e polpudas eleições. Assim, o ciclo vicioso está formado. Inclusive, essas chamadas ações assistenciais servem como justificativa para o pedido de aumentos de verbas e do próprio salário.

Como esses senhores enganam, ainda, boa parte da população. Desconstruindo a imagem do parlamento, eles se sentem livres para dar a famosa desculpa de que é tudo igual, nada vai mudar nem tão cedo e que o pouco que realizam é muito para os eternos miseráveis e deserdados da sorte.

Se por um lado as instituições parlamentares brasileiras, com os constantes escândalos, contribuem para a imagem negativa do Poder Legislativo do país, por outro, é forçoso dizer que nenhuma democracia funciona sem um parlamento forte e respeitado. Citemos os países mais desenvolvidos do mundo, grande parte parlamentarista, com avanços econômicos e sociais inimagináveis, por enquanto, no Brasil. Por aí se tira a importância de casas legislativas fortes, funcionando como verdadeiros e eficientes poderes.

Por isso, torna-se imperioso resgatar a força das chamadas casas do povo. É uma falácia brutal dizer, por exemplo, que deputado não tem o que realizar. Ledo engano. O parlamentar consequente, não só fiscaliza, de modo responsável, as ações do executivo, fazendo um controle externo chancelado pela população, mas propõe leis que, teoricamente, têm rebatimento na vida das pessoas, desde que elas sejam eivadas de conteúdos sérios e com possibilidade de serem postas em prática.

Além disso, acrescentamos como atividade parlamentar, a absorção das reivindicações do povo, nos seus mais legítimos anseios e necessidades, propondo ao governo, ações que beneficiem a comunidade como um todo, obras que tanto tenham cunho material, ou de valor cultural, que tocam na alma e na tradição da coletividade.

O parlamentar é sim, um elemento fundamental para termos um pais independente. Não sendo válido o argumento autoritário de que as casas legislativas deveriam ser fechadas por conta dos maus políticos. Ou ainda a pregação do voto em branco, que impede a eleição de pessoas sérias, ao passo que garante o mandato daqueles que veem o eleitor como parte de um curral e servindo aos seus objetivos escusos e inconfessáveis.

Por fim, é preciso lembrar a cumplicidade de parte da população que elege políticos sem nenhum compromisso com ela, usando apenas o mandato para enriquecer ou ter projeção pessoal. Lembremos o famoso pensamento de Bertold Brecht: “ O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele odeia a política, mas não sabe o imbecil, que da sua ignorância nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos: o político vigarista, pilantra e corrupto”.


*DOUGLAS MENEZES é professor, escritor e membro da Academia Cabense de Letras –

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O BAIÃO DOS DOIS



Foto: acervo pessoal de Ivan Ferraz

Considerado o “embaixador do forró”, o cantor e compositor Ivan Ferraz lança o show “Baião dos Dois” nesta quinta-feira, dia 26 de agosto, em única apresentação, às 20h, no Teatro de Santa Isabel, em homenagem a obra de dois grandes parceiros musicais, Zé Dantas e Luiz Gonzaga, contando ainda com a participação do ator José Mário Austregésilo, como mestre de cerimônias, além dos cantores Jorge de Altinho, Dalva Torres e Geraldo Maia. A realização é da Paulo de Castro Produções. Ingresso: R$ 40 e R$ 20 (estudantes, professores com carteira e maiores de 60 anos). Informações: 3082 2830.

Este show é uma reverência aos 21 anos de saudade de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu no dia 13/12/1912, na pernambucana cidade de Exú, e faleceu no Recife em 02/08/1989. Segundo Ivan, um dos compositores que “coroou” Gonzagão foi seu parceiro José de Souza Dantas Filho, o Zé Dantas, pernambucano de Carnaíba, Sertão do Pajeú. Mais de 50 músicas dele foram gravadas por Luiz Gonzaga. Entre as clássicas canções que Ivan vai interpretar, além das conhecidas “Riacho do Navio”, “Cintura Fina” e “O Xote das Meninas”, estará “Letra I”, que Zé Dantas fez em homenagem a sua mulher, Yolanda Dantas, já confirmada na plateia do show. Os músicos que participarão: Júlio César (sanfona), Raminho (zabumba), Guga Amorim (triângulo), Alexandre da Flauta, Amilton do Cavaquinho, Bozó (Violão de 7 Cordas) e Cláudia Beija e Sônia Aguiar (backing vocals). A direção musical é do Maestro Bozó.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

FLICORDEL EM PORTO




Começa hoje e vai até o dia 28 a Festa Literária de Cordel, em Porto de Galinhas. O evento homenageia três personagens importantes do cordel e da xilogravura: José da Costa Leite, Dila e J. Borges.

Com uma programação diversificada e repleta de atrativos, a FLICORDEL tem tudo para ser um sucesso e a organização do evento projeta a visitação de cerca de 23 mil pessoas em todos os dias da Festa.

A Curadora da FLICORDEL, Ana Cely Ferraz afirmou ser uma vitória para os cordelistas a realização deste evento: "Eu não conheço nenhum festival que trabalhe exclusivamente o cordel. E queremos incluir a FLICORDEL no calendário da cidade.

CARA & CORAGEM PREMIADA EM GUAÇUÍ



Foto: Wedson Gomes

A TROUPE CARA & CORAGEM, do Cabo de Santo Agostinho, conquistou vários prêmio no Festival de Teatro de Guaçuí, no Espírito Santo. O espetáculo levado pela Troupe foi FLICTS, clássico de Zirando, adaptado para o teatro.

Os prêmios foram: Melhor Espetáculo pelo Juri Popular, melhor Ator (Osvaldo Castanha), Melhor Atriz Coadjuvante (Kyrli Katariny), Melhor Trilha Sonora (Nice Albano e Zé Caetano) e melhor Cenário (Luiz Navarro), além de receber diversas outras indicações para Direção, iluminação, ator doadjuvante, etc.

Agora a Troupe Cara & Coragem se prepara para participar do Festival de Teatro de Lauro de Freitas, na Bahia, com dois espetáculos: FLICTS (Infantil) e ENTRE A PORTA E A ESQUINA (Adulto).

GRACILIANO RAMOS NO SEXTA DE LETRAS




Quando Setembro vier, virá também a segunda edição do Sexta de Letras, realização da Academia Cabense de Letras. O evento acontece no dia 03 de setembro, às 19 horas, na Câmara de Vereadores, com uma palestra do professor e membro da ACL, Douglas Menezes, sobre a Obra de Graciliano Ramos.

Estudioso do assunto, Douglas Menezes recebeu prêmio oferecido pelo Diário de Pernambuco ao Melhor trabalho apresentado sobre a Obra de GRACILIANO RAMOS. O escritor alagoano, cujas obras, complexas e completas, correram o mundo com seu conteúdo político-social.

Considerado um escritor de esquerda, Graciliano foi perseguido e preso pelo governo de Getúlio Vargas. Sua obra mais conhecida do grande público é Vidas Secas, transformada num clássico do cinema brasileiro pelo diretor Nelson Pereira dos Santos.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

MILTON LINS, O TRADUTOR



Amaury Medeiros*

Milton Felipe de Albuquerque, nascido no município do Cabo de Santo Agostinho, graduado em medicina, é contista e tradutor. Como cirurgião salvou inúmeras vidas, embelezando-as com o primor de suas traduções. Milton se fez poeta na difícil arte de traduzir. Nos arranjos melódicos, nas rimas perfeitas, na complexa arte de metrificação dos poemas traduzidos. Traduzir a poesia é uma das mais difíceis formas de expressão literária por exigir não apenas o significado, porém, rimas e demais características próprias do processo. Quem desconhece de idiomas estrangeiros e que, via de regra, atraiçoa o sentido o sentido original das frases. Seja um simples transladar de um idioma para outro, sem refletir a originalidade do texto. No italiano existe,inclusive, um sugestivo jogo de palavras: traduttore-traditore (tradutor-traidor). Domingos Carvalho da Silva, Poeta português que traduziu os 20 poemas de amor e uma canção desesperada, de Paulo Neruda, afirmava que a poesia é intraduzível. Traduzir é escrever novo poema.

Milton enfrentou e venceu até mesmo o desafio de enfrentar a poesia maldita de Rimbaud, eivada de virulência no linguajar, criadora de imagens inusitadas, de rimas imprevistas cujas sutilezas fogem às mentes férteis e ricas em erudição. Acompanhando a criação de autores estrangeiros ele se diz gratificado ao encontrar soluções próprias para por no vernáculo a idéia ou imagem de um poeta maior. Seu trabalho recebeu muitos elogios. De Ledo Ivo: “Felicidades pela sua primorosa tradução que o coloca entre os mais atentos, inventivos e adestrados tradutores de Shakespeare em nossa língua”. De Wilson Martins: “Cumprimento-o pelas admiráveis traduções”. De Ivan Junqueira: “Parabéns pela esplêndida versai dos poemas shakespearianos”. De Mário Gibson Barbosa: “Você soube, numa poética da mais alta qualidade, penetrar a beleza, o ritmo e o sentido profundo dos sonetos de William Shakespeare”. De Fátima Quintas: “Ele se deixa envolver pela arte de traduzir, doando- se de corpo e alma na reconstrução do poema sem desvirtuar sua gênese, num trabalho de artesão que cuida de sua obra com esmeros quase litúrgicos”. De Nelson Saldanha, mestre de todos nós: “Milton Lins, ilustre tradutor de tantos poetas, exímio no recriar e no refazer, inquieto e buscador, lúcido e nunca traditore”.

Entre os inúmeros poetas por ele traduzidos, destacamos Shakespeare, Rimbaud, Baudelaire, André Chérnier, Chateaubriand, Victor Hugo, Melarmé, Verlaine, Alfred de Vingy, Balzac, Téophile Gaultier, Musset, Racine, Saintebeuve, Lamartine e Laconte de Lisle. Tive a honra e o privilégio de escrever o prefácio da tradução dos poemas de Miguel de Cervantes, o imortal autor de Dom Quijote de La Mancha.

Seu trabalho foi reconhecido e sacramentado com o prêmio Odorico Mendes de melhor tradutor brasileiro de 2010, outorgado pela Academia Brasileira de Letras. Participaram da comissão os acadêmicos, Evanildo Bechara, Ivan Junqueira e Carlos Nazae. Ressalve-se que, dentro de sua humildade, Milton não se inscreveu para o concurso: foi inscrito pelos próprios acadêmicos da Academia Brasileira de Letras.

Parabéns ao escritor premiado e às artes literárias pernambucanas. Que mais e justas homenagens lhe sejam prestadas.

Amaury Medeiros é membro da Academia Pernambucana de Letras.

MILTON LINS é membro da Academia Cabense de Letras.


PAPA- CULTURA




O Movimento "PAPA CULTURA", alternativo do Cabo de Santo Agostinho, continua a acontecer na segunda quinta-feira de cada mês, ora na acanhada Biblioteca Pública da cidade ora nas escolas do município. Como todo alternativo, sofre com a falta de apoio, mas, continua firme na sua proposta original de resistir como agente da história cultural da terra que recebeu Pinzón, que acolheu Joaquim Nabuco e foi berço de Barreto Jr., Celina de Holanda e tantos outros. Ainda que de forma marginal.
Em recente reunião da Academia Cabense de Letras foi cogitado um intercâmbio da ACL com o Papa-Cultura, no sentido de trocar participações de forma efetivas, um nos eventos do outro.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O PENSAMENTO DE D. HELDER CÂMARA




"A maneira de ajudar os outros é provar-lhes que eles são capazes de pensar."

"Feliz de quem entende que é preciso mudar muito pra ser sempre o mesmo".

"O verdadeiro cristianismo rejeita a ideia de que uns nascem pobres e outros ricos, e que os pobres devem atribuir a sua pobreza à vontade de Deus".

"Não me dou a penitências.Com todo respeito que me merecem os santos, não sou homem de autoflagelações... Não há penitência melhor do que aquelas que Deus coloca em nosso caminho".

"Não existem livros morais ou imorais. Os livros são bem ou mal escritos".

"Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo. Quando pergunto porque eles são pobres, chamam-me de comunista".

"São as nossas escolhas, mais do que as nossas capacidades, que mostram quem realmente somos".

"Ótimo que a tua mão ajude o vôo...
Mas que ela jamais se atreva a tomar o lugar das asa"

CINEMA PARA O POVO




Nesta quarta feira, dia 25 de agosto 2010 - ás 19h30 .
Na Casa da Cultura de Jaboatão centro, (antiga Câmara Municipal)
A exibição do filme em 16mm, Tarzam e os Caçadores com Jonh Weissmuller.
Preto e Branco, com duração de 1:15 ( uma hora e quinze minutos)

Durante a exibição, haverá distribuição de Refrigerantes, pipoca, bombons e chocolates.

Na vardade, o evento marca a arrancada para a recuperação do Cine-Teatro Samuel Campelo, pela Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, que pretende entregar a obra em final de dezembro de 2010 ou janeiro de 20111. Enquanto isso, segue o programa Cinema é Cultura, exibindo filmes antigos, que levem o público a uma viagem aos bons tempos dos cinemas.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

DEUS ACREDITA EM MIM*



Fernando Farias

Deus acredita em mim.

Quando comprei um piano, meus dedos foram decepados num assalto. Quando minhas pernas foram amputadas, ganhei um carro na Loteria. Quando comprei um TV, tela plana de cristal, 90 polegadas, fiquei cego.

Não, não acho que Deus tenha raiva de mim. Acho que Ele tem muito senso de humor; diverte-se comigo.

Quando te encontrei me apaixonei, já estava velho e impotente. E ao declarar todo meu amor, você riu. Disse que era apenas um bom amigo.

Espero que Deus não saiba que adoro o perfume das rosas.

*Do Livro Salada mística

ENCERRAMENTO DO FESTIVAL CHOPIN /SCHUMANN



Pianista Maria Clara Fernandes foto: Wellington Dias

Acontece no dia 23/08 o encerramento do Festival Chpin/Schumann 200 anos, no Teatro de Santa Izabel, às 19:30 horas, com a apresentação de:Orquestra Jovem do Conservatório Pernambucano de Música (80 componentes), com regência do maestro convidado Lanfranco Marcelletti e participação especial de dois solistas convidados, o polonês Julian Tryczynski (violoncelo) e a recifense Maria Clara Fernandes (piano)

* Nesta data, os ingressos – 350 – serão distribuídos gratuitamente a partir das 18h30 na própria bilheteria do teatro. A procura tem sido muito grande neste teatro. É bom chegar cedo. Os outros 350 ingressos foram destinados aos patrocinadores e artistas participantes (somente a Orquestra é composta de 80 músicos), mas caso os convidados não apareçam até 19h15, as entradas estarão disponíveis para uma fila de espera do público, com prioridade para pessoas da terceira idade.

De quinta a domingo, as apresentações acontecem no Teatro da UFPE.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

AS MORENAS, nos escritos de ANTONINO E THEO SILVA



FRUTA DO MATO
Theo Silva(1943)


Foi a morena mais bonita que minha terra criou...

Eu não sei mesmo dizer assim,
Ao pé da letra,
Mas uma morena daquela só podia ter nascido
Na casa do Nosso Senhor!

-Foi a morena que eu vi não ter chiquê nem faceta.

É aquilo mesmo bonito
Que a gente gosta de ver...
E quanto mais a gente vê,
Mais vontade tem de ver...
É como fruta do mato, que a gente tem sem querer,
Aquela vontade danada
De pegar, partir e comer!


DOCE MASCAVO
Antonino Oliveira Júnior (2009)


No horizonte que alcanço,
teus olhos verdes,
canaviais que se perdem
no tempo de um tempo já sem tempo...
e tua pele
morena como o açúcar
que me adoça a vida
como o doce mascavo...

Os olhos, o verde,
a cana, o açúcar,
do tempo sem tempo,
da vida sem vida...

Morena,
meu horizonte...



DESEJO
(Para uma morena que vi chupando pitomba na feira...)
Theo Silva

Moreninha cor de jambo
Cheirando a flor de mangueira,
Domingo eu lhe vi na feira
E tive um gosto!...
(extravagante, já se vê...)

Ai quem me dera que eu fosse
Uma pitombinha bem doce
Pra ser chupada por você...

Que importava eu sentir
Os seus dentinhos afiados,
E os seus lábios rosados
Me morder e me esmagar,
Se eu ia deixar meu gostinho
Bem no céu da sua boca...

- morena, coisinha louca -
Que me importava eu me acabar...


DEUSA DO PECADO
(para a morena que passa cedinho para o trabalho)
Antonino Oliveira Júnior (2009)


O sol das seis doura a cidade
e traz a morena
que passa e nos leva
em olhar e pensamentos,
nos rastros esculpidos
pelos passos leves
rumo ao peso do seu dia.

E na cadência de seus quadris
parece pisar nos corações
dos que desejam um olhar,
ainda que meteórico,
como mortais aos pés da deusa.

E a morena passa faceira
como quem sorri de todos,
carregando nossos olhares,
nossos suspiros
e um mundo inteiro de pecados.


FLOR MORENA (Para Monaliza, que lembra uma índia)
Antonino Oliveira Júnior (2010)


Vejo a flor-morena ao meu alcance,
sinto o cheiro da erva-doce,
como doce é o seu olhar
de olhos de amêndoas;
sinto o arrepio da pele,
da pele-emoção,
o arrepio-prazer.

Origem das raças,
és o começo de tudo,
do carinho,
do prazer,
do amor,
dos meus sonhos, enfim.

Antonino Oliveira Júnior é membro da Academia Cabense de Letras (Cadeira Nº 05) e Theo Silva é o Patrono da Cadeira nº 10.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

RÉQUIEM PARA UM POETA QUE SE FOI


Antonino Oliveira Júnior*

E o poeta disse não,
disse adeus à inspiração...
Preferiu o exílio de si mesmo
ou o partir como quem morre...

Tanto amor cultuvado
tanta dor transformada
tanto amor
que teu olhar pétreo ignorava;

E o poeta partiu como quem morre...

Sabendo-se caidiço
recusa-se a voltar o olhar
e apenas leva na mente
a relva onde deitou seus versos...

E o poeta partiu como quem morre,
no recato de seus pensamentos.

*Antonino Oliveira Júnior é membro da Academia Cabense de Letras.

2º CONCURSO NACIONAL DE POESIA




2º Concurso Nacional
de Poesia do SINTEPE

O Sintepe - Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco está comemorando 20 anos de existência. E está programada uma série de eventos para comemorar a data. Um deles é a segunda edição do seu Concurso Nacional de Poesia, com o apoio do Interpoética. O concurso terá premiação em dinheiro aos primeiros colocados e posterior publicação em livro das obras selecionadas.

Este ano o concurso será temático, abordando as duas décadas de luta do sindicato e também assuntos ligados à educação, entre eles a democratização ao acesso e melhores condições de ensino. A estimativa é que o número de participantes deverá dobrar nesta edição 2010, que segue a mesma diretriz de premiação da versão anterior, com as categorias Público em Geral e Trabalhadores em Educação da Rede Estadual de Pernambuco.

As inscrições devem ser realizadas no período de 16 de agosto a 16 de setembro, na sede do Sintepe - Rua General Semeão, 39, Santo Amaro, Recife. Válidas também inscrições pelos correios, desde que obedecido o prazo de entrega. A divulgação dos vencedores será no final de outubro. Maiores informações no site do sindicato sintepe.org.br e no Portal Interpoética: interpoetica.com. Ou pelo fone: (81) 2127 8858.

CREPÚSCULO



Natanael Lima Júnior*

Alguém transpõe o silêncio impunemente

refém da oblíqua tarde em decadência

executa a existência sem piedade

macerando os sonhos ao ar livre?


Alguém nos move

e nos remove a nada

ao acaso da morte e da vida

sem surpresa e despedida?


Alguém por sorte da exígua lida

finge ser luz da visceral noite

e em prantos ilumina o rosto

abominável reflexo que não vê o dia?


Alguém da derradeira caminhada

falseia a memória dos séculos

iludindo pobres pecadores

do orbe morto e rejeitado?


Alguém da trave do olho se inspira

e do reles argueiro nada vê

crê na mão que apedreja

despreza aquela que afaga?


Alguém do sinistro rastro finda

marca o rosto de um narciso morto

posto na lama

sem fama e desfalecido?


Alguém do crepúsculo se completa

e sustenta as mãos vacilantes

que cosem as linhas do tempo

na aurora de uma nova vida?


*Natanael Lima Júnior é membro da Academia Cabense de Letras.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A VIDA DAS ÁRVORES



Acontece amanhã (14 de agosto)o lançamento do Livro A VIDA DAS ÁRVORES,poemas de Mariana Arraes. O evento acontece às 17 horas, na Livraria Jaqueira, em Recife. O lançamento é organizado pelo Instituto Maximiano Campos e a obra é editada pela Editora Carpe Dien.

POEMA DE BRUNA LOMBARDI


ARREMESSO
Bruna Lombardi


Porque despertar em mim esse animal
alucinado. Animal de olhos de fogo.
Selvagem e louco. Esse animal acuado
que perde sangue no jogo.
Essa fera que te ataca e te resiste.
Que por pouco não te mata.
Ah, essa desenfreada que me existe
e me devora. Porque despertá-la agora
já que há tanto vinha adormecida.

Porque assustá-la assim em meio ao sono.
Porque arrancá-la bruscamente de seu sonho
e transportá-la de repente para a vida.
Porque despertar em mim essa cavala doida
que vai te galopar de corpo inteiro.

Enlouquecida que vai se ferir em meio ao trote.
Porque atiçar esse bicho
que nessa luta vai morrer primeiro.
Que vai morrer de fome, de grito, de garganta enxuta,
de tanta entrega. Dilacerado de tanta força bruta.

Porque despertar essa besta que me habita
que se torna cruel e desumana quando aflita.
Porque gritar com ela no silêncio de um sono branco
em que já vinha há tanto.
Porque provocá-la em meio ao espanto
quando ainda não era o seu tempo.

Colaboração: Katharina Barros

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

DEPRESSÃO



Antonino Oliveira Júnior*

Há cerca de dois anos, falei que o Cabo de Santo Agostinho estava à beira de entrar numa depressão cultural. Fui criticado e alvo do bombardeio dos apaixonados pelo governo municipal. Calei diante das insinuações e das ironias e constituí o tempo como meu advogado. Hoje, o quadro está claro e não existem mais dúvidas e nem previsão. A cidade vive um grave momento de depressão cultural e o talento de tanta gente que escreve, pinta, interpreta, que canta, etc., morre no nascedouro por falta de ressonância. O artista cria, vai às ruas com a mente brilhando, mas, por estar numa cidade que não tem políticas públicas de cultura, perde o ânimo e desiste. Vem a frustração e o abatimento. E isto é um quadro típico de depressão.

Sem condenar os poucos que são abençoados pelo tesouro municipal, até porque são artistas e produtores com talento reconhecido, não podemos, no entanto, ficar omissos diante de uma situação em que a cultura é relegada a um “quase” abandono. O orçamento da cultura é muito pequeno, como todos os outros governos, mas, o quadro se agrava pela falta de sensibilidade e de entendimento de quem governa o município, que, em momento algum demonstrou a mínima vontade de tratar a cultura com o respeito e o cuidado que ela merece.

No Cabo de Santo Agostinho, infelizmente, ainda prevalece aquela “máxima”: “Vamos atender, porque esse pessoal é da gente”, como se artista fosse gado ou animal de estimação. Passaram-se quatro anos de letargia, anos angustiantes até para os que, uma vez integrando a máquina, não tiveram forças para formar um cenário diferente. Basta ver a Semana Cabense de Cultura, realizada a partir do esforço de alguns abnegados da Secretaria de Cultura, mas desprestigiada e esvaziada pelo próprio governo.

Na transição do primeiro para o mandato atual, esperavam-se modificações em relação ao comportamento com a cultura. Ou mudando nomes ou posturas. Ou, ainda, os dois. Mas, tudo foi mantido, como se tudo estivesse bem. E reconheço a capacidade de alguns dos servidores da Secretaria de Cultura. Mas, o problema, diferentemente do buraco, não é mais embaixo, é mais em cima.

É preciso repensar a cidade a partir da sua cultura. Os produtores, os artistas, os intelectuais, devem à cidade uma tomada de atitude em defesa da sua identidade cultural de forma independente, à luz da inteligência e do compromisso com a verdadeira riqueza do Cabo de Santo Agostinho. Mais do que urgente, é necessário uma reflexão acerca da situação da cultura no município, objetivando a formatação de uma política pública de cultura, evitando, assim, que vivamos numa cidade tão pobre que só tenha dinheiro.

Sem zelarmos pela manutenção de nossa identidade cultural, deixaremos de ser povo, para sermos, tão somente, um amontoado de gente. Povo sem identidade cultural é povo sem rosto, sem norte e sem rumo, que se perde na ida e na vinda. Perde a consciência e se deixa manipular.

*Antonino Oliveira Júnior é membro da Academia Cabense de Letras.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

“Festival Chopin/Schumann 200 Anos”



Pianista Edson Bandeira de Melo / Foto: Wellington Dias

A partir desta quinta, “Festival Chopin/Schumann 200 Anos” passa a ocupar o Teatro da UFPE dando destaque somente a pianistas

Após o sucesso absoluto das cinco apresentações gratuitas e completamente lotadas de gente no Teatro de Santa Isabel, de 31 de julho a 04 de agosto último, o “Festival Chopin/Schumann 200 Anos”, promovido pela Companhia Editora de Pernambuco (CEPE), com produção executiva da Paulo de Castro Produções, inicia nova fase a partir desta quinta-feira até o domingo, desta vez no Teatro da UFPE, mas com entrada ainda totalmente franca. O bom é que não é mais preciso pegar ingresso com antecedência, já que o espaço comporta um imenso público, com mais de 1.900 lugares. O evento segue, depois, de 19 a 22 de agosto naquele mesmo palco, com encerramento dia 23, retornando ao Teatro de Santa Isabel. A iniciativa é da pianista Elyanna Caldas, que divide a direção artística com o também pianista Edson Bandeira de Mello. Maiores informações: 3222 0025 / 3082 2830.

O projeto nasceu para inserir Pernambuco nas comemorações dos 200 anos de nascimento de dois compositores considerados geniais, o polonês Frédéric Chopin (1810-1849) e o alemão Robert Schumann (1810-1856), com uma programação exclusivamente dedicada às suas obras, tendo como atrações músicos pernambucanos com carreira aclamada, aqui ou fora do Brasil, além de convidados de outros estados e até outros países. A novidade desta vez é a exposição “Chopin: Vida e Obra”, doada pelo Consulado da Polônia, em São Paulo, que estará em cartaz no foyer Jandaia do Centro de Convenções da UFPE (onde fica o teatro), resgatando aspectos da trajetória do compositor. A organização local é de Elyanna Caldas.

Programação desta semana:

Dia 12 de agosto (quinta-feira), 19h30
Edson Bandeira de Mello: Estudo op. 10 nº3 e nº 11, Scherzo op. 20, Estudo op. 25 nº 1 e op. 10 nº 12 e Scherzo op. 31, de Frédéric F. Chopin
Andréia da Costa Carvalho: Fantasia op. 17, de Robert Schumann

Teatro de UFPE
Dia 13 de agosto (sexta-feira), 19h30
Elyanna Caldas: Mazurkas, Improviso op. 51 e Balada op. 52 nº 4 em fá menor, de Frédéric F. Chopin
Maria Clara Fernandes*: Carnaval de Viena op.26, de Robert Schumann
* Recifense que mora em Viena, na Áustria

Teatro da UFPE
Dia 14 de agosto (sábado), 18h
Fernando Muller: Barcarola op.60 e Fantasia 0p.49, de Frédéric F. Chopin
Jussiara Albuquerque: Humoresque op. 20, de Robert Schumann

Teatro da UFPE
Dia 15 de agosto (domingo), 18h
Rachel Casado: Balada op. 23 nº 1, Balada op. 38 nº 2 e Scherzo op. 54 nº4, de Frédéric F. Chopin
José Henrique Martins*: Balada op. 47 nº 3, de Frédéric F. Chopin, e Carnaval op. 9, de Robert Schumann
* Curitibano radicado em João Pessoa (PB)

CONTATOS:
Elyanna Caldas 3265 5857 / 9292 0927
Edson Bandeira de Mello 3268 6909
Andréia da Costa Carvalho 3228 0033 e 9417 7371

DETALHES sobre atrações desta quinta-feira:

Edson Bandeira de Mello (pianista)
Mineiro radicado no Recife há muitos anos. Foi Bolsista do Governo da França e da Capes por oito anos, quando estudou com grandes músicos internacionais. Sua formação foi solidificada na École Marguerite Long-Jacques Thibaud, em Paris, no Conservatoire National de Musique de Paris e no Instituto de Música da Bahia. É fundador dos Cursos de Música e Comunicação Social da UFPE, Professor Titular da UFPE (por Concurso Público de Títulos e Provas) e Membro da Academia de Artes e Letras de Pernambuco. É autor de publicações e teses sobre percepção estética, interpretação pianística e técnicas pianísticas expressivas tendo, ainda, produzido e realizado grande número de programas musicais para a TV Educativa. É concertista, recitalista e camerista com múltiplas apresentações no país e no exterior. Por isto, e por ter sido Diretor Geral do Núcleo de Rádio e Televisão da UFPE, Diretor Cultural da Fundação Centro Educativo de Comunicação Social do Nordeste e Membro do Sistema Nacional de Televisão Educativa, atualmente ministra aulas a alunos talentosos desprovidos de condições financeiras.

Andréia da Costa Carvalho (pianista)
Pernambucana de Olinda, professora de Piano. Da UFPE, foi professora do Curso de Bacharelado e Licenciatura em Música, além de Coordenadora de Extensão da área musical no Centro de Artes e Comunicação, onde dirigiu vários projetos. Atuou no Conservatório Pernambucano de Música como professora de Piano por muitos anos. Colaborou ativamente com o Centro Musical de Olinda, ensinando História da Música e Piano; ministou várias Master Classes e, atualmente, ensina e prepara vários alunos de piano em caráter particular para vestibulares, cursos e concursos. Quando estudante, teve o privilégio de estrear com a Orquestra Sinfônica do Recife em Concerto Oficial, no Teatro de Santa Isabel, sob a batuta do Maestro Eleazar de Carvalho, um dos maiores expoentes musicais do mundo, tocando páginas primorosas de Ludwig Van Beethoven. Após o Festival, pretende dedicar-se a estudo mais aprofundado de obras de Beethoven e Brahms, dois gênios musicais que também a fascinam.
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UM POEMA DE ALBERTO DA CUNHA MELO



NOBREZAS
Alberto da Cunha Melo

Vista-se de jambo,
a cor irmã
do sangue velho,
e das frutas
caindo abandonadas
no lamaçal
da delícia degradada,
porque esse traje
de machucada mortalha
tem a cor da vida
que vamos, juntos,
ressuscitar.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

SEXTA DE LETRAS COMEÇA A TODO VAPOR






Quem foi à Câmara de Vereadores do Cabo na sexta-feira passada, dia 6 de agosto, pode ver a arrancada do Projeto SEXTA DE LETRAS, da Academia Cabense de Letras, que estará, toda primeira sexta-feira de cada mês repetindo um evento literário de excelente nível. O primeiro, acontecido na sexta-feira passada, teve palestra do professor e Presidente da Academia Cabense de Letras, Nelino Azevedo, sobre a EDUCAÇÃO LIBERTADORA DE PAULO FREIRE, seguindo excelente debate com a participação dos demais acadêmicos e do público presente, formado, na sua maioria, por estudantes e professores, lotando o Plenário da Casa Vicente Mendes, com cerca de duzentas pessoas.

O público tem, ainda, a oportunidade de presenciar uma reunião da Academia Cabense de Letras, com os acadêmicos usando seus Fardões e sempre abordando temas que possam contribuir para o desenvolvimento cultural da população, em especial a juventude.

Dia 3 de setembro acontece a segunda SEXTA DE LETRAS, às 19 horas, na Câmara de Vereadores, com uma palestra do professor e acadêmico Douglas Menezes, que falará sobre A OBRA DE GRACILIANO RAMOS. Vale a pena conferir.

MEIO SÉCULO DE MIRÓ




Parabenizamos ao grande poeta Miró, de Muribeca, que está fazendo 50 anos de idade-poesia lançando livro novo, o Quase crônico. Miró é poeta recitador e seus trabalhos têm forte apelo social. A poesia/verdade de Miró busca as entranhas de um Recife que não se conhece, fala de um povo quase invisível. A seguir, umas das pérolas de Miró:

"Recife,
Cidade das pontes e das fontes de miséria
Poetas mendigando passes pra voltar pra casa
e sua poesia passando despercebida.
Aliás, nem passa".


"Merece um tiro
quem inventou a bala!"


(Miró)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

NELINO AZEVEDO ABRE O SEXTA DE LETRAS


Nelino Azevedo

Começa hoje o Projeto SEXTA DE LETRAS, às 19 horas, na Câmara de Vereadores do Cabo, com uma palestra do acadêmico e professor NELINO AZEVEDO, que abordará "A EDUCAÇÃO LIBERTADORA DE PAULO FREIRE".

O evento acontecerá toda primeira sexta-feira do mês, sempre com uma palestra e debate entre os acadêmicos, além de um momento para intervenção do público. Vale a pena conferir. Dessa forma, a Academia Cabense de Letras começa a chegar mais perto da população, um de seus objetivos.

UNIVERSO NO TEU CORPO



UNIVERSO NO TEU CORPO
(Taiguara)

EU DESISTO, NÃO EXISTE ESSA MANHÃ QUE EU PERSEGUIA
UM LUGAR QUE ME DÊ TRÉGUA OU ME SORRIA
UMA GENTE QUE NÃO VIVA SÓ PRÁ SI
SÓ ENCONTRO GENTE AMARGA MERGULHADA NO PASSADO
PROCURANDO REPARTIR SEU MUNDO ERRADO
NESSA VIDA SEM AMOR QUE EU APRENDI

POR UNS VELHOS VÃOS MOTIVOS
SOMOS CEGOS E CATIVOS
NO DESERTO DO UNIVERSO SEM AMOR

E É POR ISSO QUE EU PRECISO
DE VOCÊ COMO EU PRECISO
NÃO ME DEIXE UM SÓ MINUTO SEM AMOR

VEM COMIGO MEU PEDAÇO DE UNIVERSO É NO TEU CORPO
EU TE ABRAÇO, CORPO IMERSO NO TEU CORPO
E EM TEUS BRAÇOS SE UNEM EM VERSOS A CANÇÃO

E EM QUE EU DIGO QUE ESTOU MORTO PRÁ ESSE TRISTE MUNDO ANTIGO
QUE MEU PORTO, MEU DESTINO, MEU ABRIGO
SÃO TEU CORPO, AMANTE AMIGO, EM MINHAS MÃOS.

Colaboração: Tony Dionísio

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

SEXTA DE LETRAS




AMANHÃ, SEXTA-FEIRA, 6 DE AGOSTO, ÀS 19 HORAS, LANÇAMENTO DO PROJETO SEXTA DE LETRAS, DA ACADEMIA CABENSE DE LETRAS. PALESTRAS E DEBATES. CONHEÇA DE PERTO A ACADEMIA CABENSE DE LETRAS. PARTICIPE.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

SEXTA DE LETRAS




Será nesta sexta-feira, dia 6 de agosto, às 19 horas, o lançamento do Projeto "SEXTA DE LETRAS", da Academia Cabense de Letras. O evento acontece na Câmara de Vereadores do Cabo e se repetirá toda primeira sexta-feira de cada mês.

O Projeto abre as portas das reuniões da Academia, possibilitando à população conhecer as reuniões dos acadêmicos. Na primeira sexta, dia 6 de agosto, haverá palestra do Acadêmico Nelino Azevedo, sobre "A Educação Libertadora de Paulo Freire" e um debate entre os acadêmicos e um espaço que será dedicado à participação do público.

A programação até Dezembro de 2010 é a seguinte:

6 de agosto: A EDUCAÇÃO LIBERTADORA DE PAULO FREIRE (Nelino Azevedo)

3 de setembro: A OBRA DE GRACILIANO RAMOS (Douglas Menezes)

1 de Outubro: JOSUÉ DE CASTRO E A GEOGRAFIA DA FOME (Frederico Menezes)

5 de Novembro: A OBRA DE PAULO CULTURA (Natanael Lima Júnior)

3 de Dezembro: ESPERANTO LÍNGUA INTERNACIONAL (Vera Rocha.

QUANDO O SOL VEM À JANELA




O público do Cabo de Santo Agostinho terá domingo, dia 8 de agosto, uma nova oportunidade para assistir "QUANDO O SOL VEM À JANELA", belíssimo espetáculo escrito e dirigido por Luiz de Lima Navarro, com Evânia Copino e Nice Albano no elenco. A apresentação será às 19 horas, no Teatro Barreto Júnior.

A peça mostra, de forma poética, a relação de amizade entre duas mulheres que se dedicaram uma à outra, anos a fio. Doente, uma delas é a expressão da carência afetiva, mas encontra na outra o porto abrigo que precisou em seus momentos mais difíceis. O final, surpreendente, é um dos momentos mais bonitos dos palcos pernambucanos.

ANIVERSÁRIO DE IRAH CALDEIRA




A cantora Irah Caldeira não podia comemorar de maneira mais apropriada seu aniversário: com muito forró na Sala de Reboco. A mineira radicada em Pernambuco há onze anos cantará o repertório da temporada 2010 que vai desde as raízes mineiras da cantora até os grandes sucesso de Luiz Gonzaga, mas com uma particularidade que promete agradar ao público, maior interação entre Irah e os forrozeiros.

O show será mais intimista e segundo a cantora, a descontração vai possibilitar que os pedidos dos fãs sejam atendidos. O aniversário da cantora é no dia 08 de agosto, mas devido a outros compromissos, a comemoração com o público foi antecipada para o dia 05. A expectativa é grande, pois para Irah essa é melhor maneira de retribuir o carinho dos fãs. "Meu presente é meu público, é poder dar alegria aos meus fãs por meio da minha música e na comemoração do meu aniversário quero fazer o que mais amo, cantar para pessoas queridas", afirma Irah Caldeira.

O forró começa às 22h, com o Quinteto Sala de Reboco, Irah Caldeira entra em cena a partir da meia-noite e contará com as participações especiais das cantoras Andrezza Formiga e Ilana Ventura. Mais informações pelos telefones: 3228.7052 / 9677.2525 / 8822.0203

terça-feira, 3 de agosto de 2010

LILÁS (Ao Centro das Mulheres do Cabo)



Antonino Oliveira Júnior*

Teu lilás cintilante
expressa a fecundez de teus atos
e na forteza terna
de tua voz firme
(um brado brando)
alças voos de mistérios e verdades,
abraçando, acolhendo
e abrindo horizontes de vida.

*Antonino Oliveira Júnior é membro da Academia Cabense de Letras.

TROUPE CARA & CORAGEM PREMIADA OUTRA VEZ



Belly Nascimento - melhro atriz no Festec
Foto: Wedson Gomes

A Troupe Cara & Coragem participou do IX FESTEC (Festival de Esquetes de Caruaru) com o espetáculo AS MENTIROSAS OCAS, de Luiz de Lima Navarro. O Festival foi realizado no teatro João Lyra Filho, em realização da Associação de Teatro de Caruaru e a premiação aconteceu no próprio Teatro João Lyra, dia 31 de julho e AS MENTIROSAS OCAS foi a grande vencedora do Festival, trazendo para o Cabo de Santo Agostinho os prêmios de Melhor Texto, Melhor Direção, Melhor Espetáculo e Melhor Atriz para Belly Nascimento.

A Troupe Cara & Coragem agora arruma as malas para viajar até a cidade de Guaçuí, no Espírito Santo, para participar do XI Festival Nacional de Teatro daquela cidade capixaba, com FLICTS, uma adaptação de Aderbal Freire Filho da obra de Ziraldo. O Grupo apresenta FLICTS no próximo domingo, às 16 horas, no Teatro Barreto Júnior do Cabo de Santo Agostinho, com ingresso custando apenas R$ 5,00.

domingo, 1 de agosto de 2010

MORRE AMÍLCAR DÓRIA MATOS



O coração de todos os que apreciam a boa leitura está de luto. A morte nos levou, na noite do dia 29 de julho, o escritor AMÍLCAR DÓRIA MATOS, membro da Academia Pernambucana de Letras. Cuidadoso ao extremo ao escrever, Amílcar sempre demonstrou zelo no uso das palavras corretas e muita responsabilidade com o que escrevia. Premiadíssimo nacionalmente, escreveu mais de dez livros de qualidade indiscutível.

O Brasil perdeu mais um grande escritor. Como pernambucano, fiquei triste com sua partida e, como leitor, igual a tantos outros que gostam da leitura de qualidade, sinto o coração de luto.