quinta-feira, 30 de setembro de 2010

ESSA TRISTEZA...



ESSA TRISTEZA...
Antonino Oliveira Júnior


Ah!
essa tristeza que não sai de mim...

Os raios de sol
chegam como nuvem
nublando meu quarto...

Faz silêncio,
um silêncio ensurdecedor,
como a dor do não ouvir...

Faz escuro,
um escuro incandescente,
como a dor do querer ver...

Ah!
essa tristeza que não sai de mim...

*Antonino Oliveira Júnior é membro da Academia Cabense de Letras

AQUI, NESTA NOITE



Natanael Lima Jr

aqui
nesta noite
alguém parou
olhando a lua nova

ela envergonhada
não parou
pra ser olhada

a lua nova
foi estuprada

*Natanael Lima Júnior é membro da Academia Cabense de Letras

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

VOTAR É GOVERNAR



Antonino Oliveira Júnior

Aproveitamos o título de uma mensagem do Dr. Miguel Sales, para saudarmos o país por mais esta festa democrática, que acontecerá no próximo domingo, dia 3 de outubro. Ao povo é dado o direito de escolher Deputadores, Senadores, Governadores e Presidente da República, uma responsabilidade sem tamanho, considerando a quantidade de problemas que a fligem a população.
É um dia importante para a nação brasileira e o eleitor deve agir com inteligência e consciência. É hora de aniquilar de vez com a velha prática de vender o voto ou trocá-lo por favores. É preciso analisar o mandato dos que tentam se reeleger, refletindo sobre sua atuação, quer no executivo, quer no legislativo. E, na nossa opinião, não basta apenas ver quem tem propostas de mandato, pois muitas vezes elas são criadas apenas para captar votos. É preciso, sim,analisar os propósitos de cada candidatura, observando a que e a quem servirá aquele mandato.

Em relação aos reconhecidamente “Fichas Sujas”, façamos nós a justiça e com o nosso voto podemos afastar do poder os que enganam o povo e se locupletam com o dinheiro do povo. Não dá mais para conviver com políticos corruptos e/ou incompetentes e sem compromisso com a população. É chegada a hora de dizer NÃO aos inúteis e aproveitadores e dizer SIM aos que têm propostas e, principalmente, bons propósitos.

Votar é governar, pois nenhum político assume por conta própria os seus cargos. Somos nós que os escolhemos. Se o fizermos com consciência e acertarmos na votação, vamos governar bem; se votarmos mal, passaremos quatro anos a lamentar e a sofrer as agonias das más administrações.

Que o povo saiba exercer seu poder de decisão e que os políticos saibam entender os recados que sairão das urnas. E não esqueçamos: VOTAR É GOVERNAR.

CLUBE DO CHORO, SAMBA E SERESTA



Apresenta nesta QUARTA-FEIRA, DIA 29/09/2010, a partir das 20:00 h.
COM O GRUPO DE CHORO BRASIL SONORO

CONVIDADO DA NOITE O CANTOR:
ARTHUR FELIPE

Participação especial do seresteiro:
MÁRIO PEREIRA

E ainda: D. Neusa, Felix Silva, do violonista Dilson Reis, Morais, Saulo Mendonça e outras belas vozes, interpretando Nelson Gonçalves, Orlando Silva, Dalva de Oliveira, Altemar Dutra, Noite Ilustrada e muito mais.

Av. Luiz Freire, 600 - Cidade Universitária - Recife - PE
(Entre o ITEP e o IFPE)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

É COCO, É EMBOLADA, É MANEZINHO ARAÚJO



Manezinho Araújo, o rei da embolada, completaria ontem 100 anos. Nascido na zona rural do Cabo de Santo Agostinho, Manezinho conseguiu notoriedade nacional quando embarcou para o Rio de Janeiro na década de 40, servindo ao Exército nacional. Era época da segunda guerra mundial e foi num navio, que Manezinho fêz sua primeira apresentação em público, alegrando seus colegas de farda no longo trajeto Recife/Rio.

Dentre os grandes sucessos compostos e cantados por Manezinho Araújo, coco e embolada foram a tônica de sua carreira:
* Adeus, Pernambuco, Hervé Cordovil e Manezinho Araújo - Luiz Gonzaga (1952)
* Ai!, Maria, Luperce Miranda e Minona Carneiro (1944)
* Coitadinho do Manezinho, Manezinho Araújo (1939)
* Como tem Zé lá na Paraíba, Catulo de Paula e Manezinho Araújo - Jackson do Pandeiro (1962)
* Cuma é o nome dele?, Manezinho Araújo (1956)
* Dezessete e setecentos, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1945)
* Há sinceridade nisso?, Dozinho, Carvalhinho e Manezinho Araújo - César de Alencar (1952)
* Mulher rendeira, domínio público (1937)
* O carreté do coroné, Manezinho Araújo (1939)
* O chamego da Guiomar, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1945)
* Pra onde vai, valente?, Manezinho Araújo (1934)
* Quando eu vejo a Margarida, Manezinho Araújo (1939)
* Segura o gato, José Carlos Burle e Manezinho Araújo (1936)
* Vatapá, Manezinho Araújo (1956)

O Dia 27 de setembro, dia do centenário desse grande artista popular, passou quase que despercebido em sua terra natal. No Cabo de Santo Agostinho, apenas o programa do Abidoral o homenageou e aqui no Blog fazemos hoje o registro e a justa homenagem ao artista popular que foi e é destaque nacional, fora daqui,

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ACADEMIA CABENSE DE LETRAS



UM ANO DE CONQUISTAS

Parece que foi ontem, mas, setembro é o mês de aniversário de fundação da Academia Cabense de Letras, um marco cultural no município do Cabo de Santo Agostinho. Ainda que não conte com o apoio do governo municipal, que virou as costas para a Academia desde os primeiros momentos, a ACL vem cumprindo seu papel e cada vez mais contribuindo para uma melhor formação da sociedade cabense, superando os obstáculos naturais e os que lhes são impostos, assumindo uma postura de maturidade e de Instituição de utilidade pública. É uma Academia de Letras diferente, pois, nestes doze meses jamais fechou-se para deleite apenas de seus integrantes, mas, acolheu e foi acolhida pela população, em especial a juventude estudantil. Enumeramos a seguir os principais passos da Academia Cabense de Letras neste seu primeiro ano de vida:

• Conseguiu efetivar a participação de dois expoentes da literatura pernambucana e brasileira em seus quadros, os cabenses Milton Lins e Mário Hélio;

• Formou um quadro de 15 membros, formado por pessoas totalmente ligadas à literatura no município e fora dele;

• Escolheu um quadro de Patronos que homenageia destaques históricos e resgata outros nomes ainda no anonimato diante da população.

• Realizou uma solenidade de posse que entrou para a história do município, com a presença do Presidente da Academia Pernambucana de Letras.

• Participou, com obras de seus membros, da Bienal do Livro de Pernambuco, no Centro de Convenções, dividindo espaço com a União Brasileira de Escritores (UBE);

• Promoveu importante Sessão Solene, em comemoração ao centenário de morte de Joaquim Nabuco, com uma palestra do jornalista, escritor e membro da Academia Cabense de Letras, Mário Hélio, da Fundação Joaquim Nabuco.

• Disponibilizou seus quadros para palestras em escolas públicas do município: Escola Madre Iva (Centro) , Escola José Rodrigues de Carvalho (Cohab), Escola do Engenho Liberdade, Escola Estadual de Gaibu;

• Criou e vem desenvolvendo o Projeto Sexta de Letras, toda primeira sexta-feira de cada mês, na Câmara de Vereadores, com palestras e debates com a assistência, em especial os estudantes e professores das escolas públicas.

• Está contribuindo para a formação da Biblioteca da Escola Marivaldo Burégio, sugerindo, inclusive, o nome de um dos patronos da Academia, poeta José Plech Fernandes, para emprestar seu nome à Biblioteca daquela escola pública.

• Está apoiando, inclusive confirmando participação, o Festival Literário da Escola de Gaibu , o FLEG, que acontecerá em outubro próximo;

• Lançou, em conjunto com a Loja Maçônica Alvorada da Paz, o livro OS ESCRAVOS, de autoria do acadêmico Antonino Oliveira Júnior;

• Fêz o lançamento do livro GRACILIANO RAMOS, do acadêmico Douglas Menezes.

• Quatro de seus membros alcançaram destaque estadual e nacional: Douglas Menezes conquistou prêmio estadual com trabalho sobre Graciliano Ramos; Ivan Marinho foi laureado em Concurso do Sintep, com a poesia de sua autoria, sendo publicado em coletânea nacional; Natanael Lima Júnior foi classificado no Concurso Toc140, com poema de sua autoria e terá sua obra publicada em coletânea nacional. E Milton Lins foi laureado como o maior tradutor literário do Brasil, recentemente.

A Academia Cabense de Letras ainda projeta para este ano, as seguintes ações:

• Solicitação à Câmara de Vereadores, no sentido de que sejam adicionados a alguns logradouros públicos, os títulos de poeta, escritor, etc, citando como exemplos: a Praça Theo Silva passa a se chamar PRAÇA POETA THEO SILVA; A rua José Plech Fernandes, passa a se chamar Rua POETA JOSÉ PLECH FERNANDES, etc.

• Ampliar seus quadros de 15 para 20 membros

• Publicar uma coletânea com trabalhos dos acdêmicos e dos patronos.

Em resumo, Um ano de vida, cumprindo seu papel. Parabéns.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

UMA CIDADE DE MUITAS HISTÓRIAS



A foto é da Rua Vigário João Batista (Rua da Matriz) em 1928.

Uma importante parceria começa a se desenhar entre a Casa da Memória do Cabo e a Fundação Joaquim Nabuco. O Coordenador do Projeto, Antonino Oliveira Júnior anuncia para Novembro uma Exposição intitulada "UMA CIDADE DE MUITAS HISTÓRIAS", já com apoio da Fundaj e, também a parceria com o Shopping Costa Dourada, Supermercados Arco-Íris, ACEC, etc.

Antonino pretende expor todo o acervo da Casa da Memória do Cabo, através de fotos, documentos, objetos, livros, etc., que contam a rica história da cidade, de Pinzón aos grandes empreendimentos de hoje.

POEMA PARA UMA MENINA


Antonino Oliveira Júnior

O que é mais menina nesse rosto?
O sorriso?
O olhar?
Ou a própria menina?
O amanhecer chegou e trouxe um sol revigorante,
um vento brando e suave...e esse rosto,
com esse olhar e esse sorriso...


*Antonino Oliveira Júnior é membro da Academia Cabense de Letras

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

POETA CABENSE CLASSIFICADO NO CONCURSO TOC 140



O poeta Natanael de Lima Júnior, membro da Academia Cabense de Letras, está classificado na segunda semi-final do Concurso Nacional Toc 140, promovido pela Coordenação da Fliporto 2010, utilizando o pequeno espaço dos 140 toques do Twitter.
Natanael classificou o poema:Efêmeros/O sentido perdeu o sentido/E a vista não avista além do vasto.Os três mais votados receberão respectivamente 3, 2 e 1 mil reais, bem como livre acesso a toda a programação literária da Fliporto 2010.

Dos 391 inscritos, estiveram em julgamento mais de 1000 poemas em RT (Retweeted) disponibilizados no endereço: http://twitter.com/fliportope onde permanecerão.

A comissão julgadora, formada pelos poetas Antônio Campos, advogado, escritor e curador da Fliporto, Antônio Miranda, professor de Ciência da Informação e diretor da Biblioteca Nacional de Brasília, Delasnieve Daspet, advogada, Presidente Internacional de Poetas del Mundo e pela coordenadora da Fliporto Digital, Cláudia Cordeiro, professora de Literatura Brasileira, ensaísta e webdesigner, agradece a todos os participantes e espera encontrá-los, em Olinda, em novembro próximo, na VI Festa Literária Internacional de Pernambuco.

Os cem melhores serão publicados na Coletânea "OS CEM MELHORES POEMAS DO TOC140"

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

AS ÁRVORES ME DIZEM


Mariana Arraes

Estou de novo sem raízes,
E o templo de meu ser de novo se singulariza,
Caminho por uma floresta alta e fresca.

A liberdade é porque me sinto aqui de passagem;
Tudo me vem do altíssimo,
As coisas de que necessito têm um significado preciso.

Minha alma sabe de novo de coisas indizíveis
Quando contemplo as árvores
Imersas no tempo da eternidade.


*do Livro A Vida das árvores.

MEU POEMA DE TRISTEZA



Antonino Oliveira Júnior

É na tristeza do poeta,
no seu coração que sangra,
na solidão só sua,
que a dor se aproveita
e, em forma de inspiração,
tira da garganta a sua voz
e o deixa falar apenas pelas mãos.
É o domínio imaterial,
pelo qual,
a dor que feriu o poeta
segue a sua sina insana
de vagar de coração em coração,
perfurando almas
e iludindo a quem, um dia, como eu,
viu na poesia
a cura do vazio sentimental.


*Antonino Oliveira Júnior é membro da Academia Cabense de Letras

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O PAPEL DE UM REPRESENTANTE RELIGIOSO



Nadja Nascimento

O que mais me chama atenção nas religiões é a oportunidade de chegarmos cada vez mais perto do Criador, o conhecendo melhor e assim dessa forma, tentando seguir seus propósitos. E é Jesus o personagem principal, que veio exatamente para modificar a maneira na qual se via a Deus. A figura do Pai que castiga, que escolhe e seleciona os seus. Antes da entrada de Cristo na história, se vivia um período de extrema segregação, onde a religião era quase que um processo político de exclusão de pessoas, uma sociedade de pessoas que, quando não atendia aos requisitos eram jogadas à margem, rotuladas, denominadas impuras e indignas. Jesus vem, quebrando esse paradigma, dando a todos o direito de entrar no Templo, no lugar sagrado, participando igualmente no Reino prometido pelo Pai.

O tempo passou e hoje como nossos representantes religiosos estão conduzindo seus rebanhos? Como estão acolhendo àqueles que os procuram? Questiono, pois é cada vez mais comum, ver pessoas que iniciaram em alguma religião ainda na infância e em certo momento na vida, se deparam com uma questão crucial, não se sentem preenchidos espiritualmente, assistem atentamente às reuniões, mas saem vazios, com a sensação de terem escutado um discurso vazio e sem sentido.

Muitos dos nossos representantes religiosos se distanciaram do propósito de Cristo, fazendo do que deveria ser uma missão, uma profissão, um trabalho burocrático, como tantos outros. Particularmente, não consigo visualizar Cristo, a frente de uma igreja demasiadamente apegada ao dinheiro, a política, interesses próprios e tantas outras coisas extremamente terrenas. Talvez exista algo a ser modificado, porque é na igreja que muitas vezes buscamos respostas para nossas angústias, que seja estimulado o verdadeiro dom, isso já ajuda muito. Quantas ideias de suicídio foram dissolvidas após uma bela pregação que falava do amor divino? Quantas pessoas saem estimuladas a fazer o bem, depois de ouvir a história de Jesus?

Assim, como cada um de nós temos de alguma forma, responsabilidade com os que nos rodeiam, nossos representantes religiosos têm uma responsabilidade ainda maior, já que escolheu assumir um papel de pastor, de líder daquele que conduz. Cada nova pregação, novo discurso deve ser pensado com carinho e escrito com o coração, jamais para “passar o recado” a quem bem convém. O propósito divino, nunca foi este, já que Ele mesmo nos deu o direito de comungar com Ele, mesmo nós sendo quem somos e Ele sendo quem é.

*Nadja Nascimento é Pedagoga.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

E EU ME FIZ DEUS



Antonino Oliveira Júnior

Aninhado em teus braços
ocupei o espaço entre a noite e o dia
no leito imaculado que guardavas,
na esperança febril
de entregar-se aos primeiros suspiros,
oferecendo os sonhos
sonhados num leito ainda vazio,
repleto de esperas, de ânsias
e de amor...
tanto amor que não cabia em ti...

Em leves e seguros toques
penetrei como o sol que invade a noite
e no cerne de tuas emoções
fiz derramar em ti
vibrações que se eternizam
em sementes que brotam de nós...

E me fiz Deus,
reinventando a criação
e me refazendo no amor.


*Antonino Oliveira Júnior é membro da Academia Cabense de Letras.

QUEM VAI CONTER A VIDA


QUEM VAI CONTER A VIDA
Natanael Lima Jr

Quem vai conter a vida

se é sutilíssimo

o seu excesso

em cada amanhecer?



Aqui ninguém é dor

ninguém passa a limpo o tempo

é voz a sua flor.



Em nós há primaveras

e manhãs insuladas

ninguém há de conter

a vida transitória.

*Natanael Lima Jr é membro da Academia Cabense de Letras

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

UM BOM ROTEIRO DE DANÇA E TEATRO



Entre Nós (foto)* - Com a Cia. Vias da Dança, última apresentação nesta sexta-feira, dia 17 de setembro, às 20h, no Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos, s/n, Pina. Tel. 3355 6398). Ingresso: R$ 7 (preço único promocional). O amor descrito nas canções e poemas interpretados por Maria Bethânia ganha versão pela dança contemporânea.

Lua Cambará - Com o Ária Social. Última apresentação nesta segunda-feira, dia 20 de setembro, às 20h, no Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos, s/n, Pina. Tel. 3355 6398). Ingresso: R$ 20 e 10 (estudantes, professores com carteira e maiores de 60 anos). Megaespetáculo de dança e música ao vivo, concebido a partir da obra de Ronaldo Correia de Brito e Assis Lima, com música de Antônio Madureira, sobre uma mulher condenada pela morte a vagar eternamente. No elenco, além de seis instrumentistas, 52 jovens que dançam e cantam ao vivo.

Palhaçadas – História de Um Circo Sem Lona - Com a Cia. 2 Em Cena, em temporada no Espaço Cultural Inácia Rapôso Meira (Rua da Glória, 465, Boa Vista. Tel. 3421 3503) com duas seções somente aos domingos, às 15 e 17h. Ingresso: R$ 5 (preço único promocional). Com incentivo do Funcultura, o espetáculo vem podendo destinar ingressos gratuitamente a ONGs, escolas públicas e comunidades que não têm acesso a espetáculos teatrais, no entanto, é preciso um agendamento prévio com Alexsandro Silva 8826 6406 / 8537 7607 (a viabilização do transporte fica por conta deste projeto da Cia. 2 Em Cena). O espetáculo conta a tragicômica história de dois palhaços que, após o incêndio do circo onde trabalhavam, resolvem ir às ruas para apresentar suas palhaçadas, tentando, assim, reconstruir um novo circo.

*Foto: Rogério Alves.

IRAH CALDEIRA CONCORRE AO PRÊMIO ACINPE



Irah Caldeira concorre ao prêmio ACINOE, que é um importante prêmio da música em Pernambuco.

Em 2009 Irah ganhou como melhor Cantora de Forró e melhor DVD. Esse ano ela está concorrendo à categoria de CD CULTURA POPULAR: CANTORA, com o CD “Marias... Das Dores... DáLuz! Mulheres Compositoras do Nordeste”. Esse CD é um projeto aprovado pelo FUNCULTURA, onde pela primeira vez na história da música brasileira foi feito um CD com apenas canções de mulheres compositoras do nordeste.

Como o voto popular é computado, quem quiser votar no reconhecimento do trabalho de Irah, deve acessar: http://trofeuacinpe2010.blogspot.com/

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

ANGELINA: UM CHARME NA PASSARELA, TCHÊ



Angelina Vitória e seu olhar fatal.

As passarelas erguidas nos pampas costuma mostrar um rosto e um corpo em permanente estado de harmonia. É Angelina Vitória, estudante de arquitetura, nascida gaúcha, 20 anos apenas, mas, que expressa a segurança e a competência de uma experiente modelo.

Exemplo de dedicação, Angelina divide o seu tempo entre a faculdade de arquitetura e os compromissos com a profissão de modelo, preservando, ainda, o tempo necessário para o afago da família, a diversão com os amigos, a degustação do tradicional chimarrão e o amor ao Internacional, o colorado dos pampas.

Trabalhando desde criança como modelo, Angelina é uma profissional do elenco da Mega Models Produções, que cuida de sua agenda profissional. Agenda que logo será dividida com as suas atividades de arquiteta. Morando em Porto Alegre, Angelina tem a força e a emoção do bom vinho da serra gaúcha e traz nos olhos a doçura das uvas geradas nos parrerais do Sul.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

CLARA



Antonino Oliveira Júnior
(Para a pequena Clara, filha do amigo Wilson Firmo, que acaba de chegar)

Ainda semente
Irradia alegria
E dá forma ao amor;
É semente
De luz
Que chega,
É a vida,
Que chega pura,
Sorrindo, feliz,
É a vida de Clara.

*Antonino Oliveira Júnior é membro da Academia Cabense de Letras.

CONTRARIANDO O POETA



Antonino Oliveira Júnior

Espera,
Logo vou ultrapassar essa estrada,
Cuja bruma densa
Deixa opaca a retina dos meus olhos...
Sei que devo encontrar-te
E será logo, Mas não serei breve;

Espera,
Meu coração camaleônico
Toma agora uma forma única,
Estagnado na cor que reflete
O negro dos teus olhos,
O calafrio emotivo de tua pele,
A maciez rósea dos teus seios,
O mistério do teu ventre acolhedor;

Espera,
Vou entregar-me cegamente
Como quem voa um vôo sem descida,
E, uma vez em teus braços,
Gritarei para o mundo
Meu discordar do poeta,
O meu brado de entrega:

Que este amor que me incendeia
E me aquieta o coração
Não seja infinito enquanto dure,
Mas, que dure por ser ele infinito.


*Antonino Oliveira Júnior é membro da Academia Cabense de Letras.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

JANEIRO DE GRANDES ESPETÁCULOS




Termina nesta quarta-feira o prazo para inscrição de espetáculos de teatro adulto, para crianças, de bonecos, rua ou dança, interessados em participar da edição 2011 do Janeiro de Grandes Espetáculos, tanto aqueles que cumpriram temporada neste ano, ainda estão em cartaz, ou já integraram o evento em edições anteriores, de todo o estado de Pernambuco.

A ficha de inscrição e necessidades de cada projeto devem ser verificadas no site www.janeirodegrandesespetaculos.com. Espetáculos que ainda vão estrear devem inscrever-se até 14 de outubro. O 17º Janeiro de Grandes Espetáculos vai acontecer de 12 a 30 de janeiro do próximo ano. Maiores informações na Apacepe: (81) 3082 2830 / 3421 8456.

NA ESCURIDÃO DA NOITE


Theo Silva

Trevas...
Um silêncio profundo.
Nada ouço.

Depois...
uma pequena réstea de luz
e o rosto pálido de um moço...

Uma janela abre-se e
um vulto de mulher aparece...

O idílio começa.

Juras de amor. Súplicas de um beijo.
Depois...
Silêncio...
Novamente trevas...

E nada mais vejo...

(1926)
*Theo Silva é um dos Patronos da Academia Cabense de Letras.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

FORUM DE GESTORES DE CULTURA



Olinda sedia a posse dos gestores de cultura.

No dia 15 de setembro de 2010, quarta-feira, no Palácio dos Governadores, em Olinda, será realizada a solenidade da posse da Diretoria e do Conselho Fiscal do Fórum de Gestores Públicos de Cultura da Região Metropolitana do Recife, na qual estarão presentes representantes dos 14 municípios, além de autoridades de instituições ligadas a Cultura, artistas e produtores em geral.

Desde a sua formação, o Fórum vem discutindo sobre políticas e programas de cultura no intuito de potencializar ações dos municípios nessa área. O objetivo é, sobretudo, estabelecer um intercâmbio de informações e criar um canal permanente para debates sobre a cultura do Estado. Além disso, representa um espaço para promover a articulação e troca de diálogos entre as cidades com o Estado e a União, sobre discussões que envolvem o Sistema Nacional de Cultura e às Leis que regem as políticas públicas para a cultura no país.

É a seguinte a Diretoria a ser empossada no dia 15:

Presidente: MÁRCIA SOUTO, representante do município de Olinda.
Vice-Presidente: EDVALDO JUNIOR, representante do município de Itamaracá.
Secretário Geral: RENATO LINS, representante do município de Recife.
Secretário de Finanças: IVAN BEZERRA, representante do município de Jaboatão dos Guararapes.
Presidente do Conselho Fiscal: SERGIO AROUCHA, representante do município de Abreu e Lima.
Vice-Presidente do Conselho Fiscal: DANIEL PASSOS, representante do município de Camaragibe.
Secretário do Conselho Fiscal: JOSÉ LUIZ DA SILVA, representante do município de Moreno.
1° Suplente do Conselho Fiscal: RINALDO COSTA, representante do município de Cabo de Santo Agostinho.
2° Suplente do Conselho Fiscal: ADALBERTO EPAMINONDAS, representante do município de São Lourenço da Mata.
3° Suplente do Conselho Fiscal: ADENÉZIO MENEZES, representante do município de Itapissuma.

ABDORAL: BEBENDO NA FONTE



Programa do Véio Abdoral, na Cabo FM

Essa "bagunça" aí na foto é, nada mais nada menos, do que o Programa de Abdoral, na Rádio Cabo FM. O jovem talento comanda e lidera a audiência nos primeiros momentos da manhã no Cabo de Santo Agostinho, a partir das cinco horas. Ouvir o programa de Abdoral é beber na fonte da mais pura cultura popular nordestina e, em especial, pernambucana, uma vez que a prioridade da programação é o repentista, o embolador, o forrozeiro pé-de-serra, os poetas populares de todas as frentes.

Para encerrar, vai uma frase da vinheta de Viola, Minha Viola, apresentado por Inezita Barroso na TV Cultura, que aplico ao Programa de Abdoral:
"EITA PROGRAMA QUE EU GOSTO!!!!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

FOLHA DE SÃO PAULO: DEVOÇÃO AO SANTINHA




O jornalista Xico Sá, da Folha de São Paulo, publicou na sua coluna desta sexta-feira um belo texto falando sobre a paixão da torcida do Mais Querido. Confira:

Devoção ao Santinha
Coisa igual à romaria de 50 mil fãs no Arruda só o fenômeno corintiano na estiagem de taças

AMIGO TORCEDOR, amigo secador, fui conferir entre a massa coral, nas arquibancadas do Mundão do Arruda, o maior fenômeno de fidelidade de uma torcida, algo que só encontra correspondência histórica na devoção corintiana na estiagem de títulos que durou até a safra 1977.

Estamos tratando, meu chapa, de um time que enfrenta, no subsolo da quarta divisão do futebol, martírio digno dos chilenos presos na mina de cobre. Série D, de dantesco, você sabe lá o que é isso?! Você acha que a galera de outras equipes tradicionais aguentaria esse baque?

A do Palmeiras, do Grêmio e do Corinthians viveram experiências na B e passaram com orgulho no teste, embora sem o comparecimento equivalente aos fãs do Santinha, como os devotos chamam carinhosamente o clube.

O Fluminense desceu à terceira e a torcida esteve presente, mas nem pensar em chegar aos pés do tricolor do Recife, que, até o final de semana, mantinha a maior média de público de todas as divisões do Brasileiro -30.238 torcedores.

Aos números e recordes, porém, este cronista já andava habituado. Tocante é testemunhar as manifestações da romaria de 50 mil fãs no Arruda, como no último domingo.

Se o Corinthians é uma torcida que tem um time e não um time que possui uma torcida, como se diz em São Paulo, o Santa Cruz é uma massa que nem precisa de time. E naquela tarde, o abusado Guarany de Sobral (CE), o Cacique do Vale, parecia jogar sozinho mesmo: 0 a 2, com inacreditáveis dois gols contra do mesmo zagueiro, Leandro. Coisas que só ocorrem hoje em dia com o tricolor pernambucano. Nem o Botafogo é vítima de infortúnio do gênero.

"Não faz isso comigo não, meu Santinha", rogava o camelô Geraldo Ferreira, 60, que via o jogo ao meu lado. Aquele homem negro chorava livre de todas as cerimônias, aos soluços, como quem acaba de receber o aviso de uma fatalidade na família.

Seu Ferreira choraria do mesmo jeito ao final, de joelhos aos pés de Margarete, sua mulher, mas agora feliz com a virada: um heroico 4 a 3. "Se tem duas coisas que amo na vida é minha "nega veia" e o Santinha", confessou.

Com ela, amor recíproco e de 30 anos. Com o time do peito. Um amor mal correspondido, como costumam ser os amores mais perversos. No divã, receberia, fácil, fácil, o atestado de masoquista, mas nada disso importa, afinal, meio amor não é amor, como diria o tio Nelson.

Xico Sá
Jornalista - Folha de São Paulo

SE NÃO TIVESSE AMIGOS



Erivaldo Alves*

(Homenagem ao meu amigo Daniel Xavier, presidente da Associação das Pessoas com Deficiência de Ponte dos Carvalhos).
Marcos 2.1-12
“Sem amigos, ninguém gostaria de viver, mesmo que possuísse todas as coisas da vida”
Aristóteles

Imagine como devia ser a vida de um homem paralítico no mundo antigo! O tempo todo deitado em uma maca medindo 90 x 180 cm. Dependendo dos outros para tudo – beber, vestir, comer, tomar banho, conduzi-lo... Sem conhecer o que significa ser independente, uma condição que todos nós prezamos muito. Ele sonha que tem um corpo perfeito. Mas é só um sonho. Sem emprego, sem dinheiro, sem influência.
Acontece que ele tinha algo em seu favor: Tinha quatro amigos. Excelentes amigos! Verdadeiros amigos. Sua história existe por causa desses amigos extraordinários. Não teria se aproximado de Jesus, jamais teria sido curado, jamais teria recebido perdão, não fossem os amigos.

ELE NÃO SE ISOLOU, MAS BUSCOU VIVER SUA DOR NA COMUNIDADE.

Em razão de sua condição física, não era fácil ter amigos. Sua etiqueta declarava: “Mercadoria com defeito.” Imagine que pessoas tidas como normais têm dificuldade de ter amigos verdadeiros, quanto mais pessoas com deficiências físicas!
Na antiguidade, a coisa era muito mais difícil para aqueles que tinham algum tipo de deficiência ou condicionamento físico ou mental.

Os gregos defendiam a eliminação de recém nascidos com algum tipo de anomalia física. Segundo Aristóteles, “Deve haver alguma lei que impeça que as crianças deformadas sobrevivam”.

Os romanos, no século V a.C., legislavam sobre o assunto da seguinte maneira: “Matar rapidamente uma criança deformada”.

Os judeus atribuíam ao pecado, o fato da deficiência.

Hoje apesar das inúmeras dificuldades enfrentadas por quem tem alguma deficiência, existem respeito e direitos que foram adquiridos através da mobilização de entidades representativas.

Os amigos daquele paralítico se reuniam com ele todos os dias para: Cantar-orar-adorar a Deus comer estudar. Não é de admirar que fossem tão unidos! Alguém já disse que “as pessoas sábias não têm pressa quando o assunto é amizade”.

Talvez a maior barreira que a maioria de nós tem para ter um relacionamento mais intenso com as outras pessoas seja simplesmente o ritmo de nossa vida. Não precisamos ter pressa para ouvir. Não podemos ter pressa para chorar. Não temos que ter pressa para carregar a maca de alguém.

ELE TINHA UMA MACA

Necessitava de alguém que o carregasse (isso era muito constrangedor). As pessoas o viam e sentiam sua fragilidade,suasfraquezas. Cada um de nós tem uma maca e precisamos de alguém que nos ajude a carregar -
• É um temperamento difícil de ser controlado,
• É a incapacidade de construir relacionamentos duradouros,
• É o medo de que as pessoas te conheçam com tu és verdadeiramente,
• É a desconfiança nas pessoas,
• É a mentira,
• É baixa auto-estima (por se achar incapaz, feio, solitário),
• É o descontrole financeiro.

Com quem você pode contar para carregar a maca? Você deixa transparecer para seus amigos suas fraquezas e lutas interiores? Você pede a alguém que ore por você e diz pelo que orar? Quem tem permissão para ver suas fragilidades e mesmo assim tê-lo como amigo? Se você deseja ter amizades, não pode ser sempre à parte mais forte. Às vezes, terá de permitir que alguém carregue sua maca.

ELE TINHA AMIGOS DEMOLIDORES DE TELHADOS

Jesus chega a cidade dele. Seus amigos ficam sabendo. Um deles diz: “Não podemos ir até lá sozinhos. Temos que levar nosso amigo. Ele ficará muito contente. Talvez Jesus possa curar nosso amigo. Vamos levá-lo”! Mas atrasaram... Ao chegarem ao local da reunião, o salão estava totalmente repleto de pessoas e não havia mais lugar nem mesmo à porta. Acontece que seus amigos não desistem e têm uma idéia arriscada: “Vamos arrombar o telhado e apresentá-lo a Jesus”. E assim fizeram. Desceram o paralítico e o Senhor elogiou a fé daqueles homens e também curou o paralítico. Se não fossem os amigos, aquele paralítico não teria se aproximado de Jesus e consequentemente não teria sido curado.

*Erivaldo Alves é Pastor da Igreja Batista da Cohab e membro da Academia Cabense de Letras

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

UMA JUSTA HOMENAGEM


Poeta Zeca Plech

A Escola Marivaldo Burégio, no centro da cidade do Cabo de Santo Agostinho, começa a estruturar a sua Biblioteca, que servirá, dentre outros benefícios, para fomentar nos alunos o gosto pela leitura e ter uma base para pesquisas literárias, segundo a professora Francisca, entusiasta do projeto.

Participando da última reunião da Academia Cabense de Letras, a professora falou da iniciativa e revelou a dúvida para colocar o nome da Biblioteca, demonstrando o desejo de homenagear um poeta cabense. Os acadêmicos deram a sugestão do nome a ser homenageado, que foi prontamente acacatada pela professora. Em breve será inaugurada a Biblioteca José Plech Fernandes.

Zeca Plech foi um dos grandes intelectuais do Cabo de Santo Agostinho em todos os tempos, deixando centenas de poemas e sonetos do mais alto nível. A homenagem é um resgate e um grande reconhecimento.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

HÁ TRINTA E TRÊS ANOS...



A cidade ainda curtia a ressaca do desfile cívico do 7 de setembro. O 8 de setembro de 1977 amanhecia calmo, sol aberto e o povo retomando a sua rotina de trabalho, em especial, o comércio, as indústrias e os serviços públicos. Às 8 e 30 os artistas do teatro cabense começavam a chegar ao local de encontro, em frente ao Ginásio Industrial (hoje Escola Epitácio Pessoa), para partir em passeata pelas ruas da cidade, denunciando o descaso com a cultura no município e a falta de apoio ao teatro. Era um protesto contra o governo municipal da época, mas, contrariou as normas do governo Federal, que proibia passeatas. Eram os tempos de chumbo, com o Brasil sendo governado sob a ditadura militar.

Pssava um pouco das nove horas quando partimos, duas dezenas de atores, pelas ruas da cidade, carregando uma faixa em murim, distribuindo uma carta aberta à população e empunhando a bandeira de um movimento que apenas exigia respeito e apoio à cultura.Todos foram presos, a pedido do prefeito de então. E a cidade entrou em estado de ebulição e as famílias corriam para a frente da Delegacia local para pressionar a polícia e tentar soltar os atores encarcerados. A imprensa estadual começou a destacar o fato e a Assembléia Legislativa parou para debater a prisão dos jovens atores cabenses.

No final, a pressão popular e o trabalho dos políticos de oposição e da imprensa evitaram o pior, que seria a remoção dos jovens atores para o DOPS, a temível Delegacia de repressão, que tratava a oposição como permanente ameaça.

Como se vê, não é coisa de agora a luta pelo apoio à cultura. O teatro cabense começava a firmar seu nome no cenário pernambucano e nacional. Daí em diante, gerações se sucederam, até chegar ao que hoje se apresenta nos palcos daqui e de fora. A história registra a coragem e a determinação do movimento teatral cabense da época, além de seu compromisso com o fazer teatral e com as liberdades democráticas.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

PATRIOTISMO A MEU MODO



Alberto da Cunha Melo

Minha bandeira
é meu coração,
mas olho com amor
a pupila azul
da bandeira da pátria
procurando por mim;
minha pátria
é meu coração;
mas olho com pena
as pálpebras verdes
da bandeira da pátria
se fechando por mim.

*Alberto da Cunha Melo é um dos Patronos da Academia Cabense de Letras (Cadeira Nº 2)

INDEPENDÊNCIA OU MORTE



Ivan Marinho

INDEPENDÊNCIA OU MORTE


Meu povo,
Deixai de ser meu!

*Ivan Marinho é membro da Academia Cabense de Letras

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Pupillo, mentor de uma nova geração



PPupillo: tudo em que ele toca fica bom. Foto: JF Diório/AE


Jornal O Estado de São Paulo (ESTADÃO.COM.BR/CULTURA), 2 /9/2010
PUPILLO, MENTOR DE UMA NOVA GERAÇÃO.
O baterista da Nação Zumbi se torna um dos produtores mais criativos no País e ganha fama de Midas

LUCAS NOBILE - SÃO PAULO - Romário Menezes de O. Jr. dificilmente atende o celular antes das 14h quando se trata de trabalho. Todos os dias acorda depois deste horário guiado por "aventuranças". Há tempos, dorme com a consciência tranquila e pula da cama de peito aberto. A cara ainda é de moleque, nem parece que faz 15 anos, quando tinha apenas 21, que ele ajuda a Nação Zumbi a escrever o capítulo mais recente de algo realmente revolucionário na música brasileira.

Desde os 12 anos, Romário conserva o verdadeiro nome apenas na carteira de identidade e para seus familiares. Para todo o resto, atende por Pupillo, graças a um ex-cunhado que, apenas quatro anos mais velho, não era nenhum gênio da bateria, mas gabava-se de ter um discípulo, no fim dos anos 80, no Recife.

No meio desta semana, obviamente após as 14 horas, ele abriu a porta de sua casa como raramente faz a desconhecidos. Na camiseta verde, escrito Baixio das Bestas. Não é apenas sinal de que ele gosta do longa-metragem de Cláudio Assis, de 2006. O título revela uma seara pela qual Pupillo tem se aventurado faz um bom tempo: trilhas sonoras para cinema. Tocando, produzindo ou assinando composições com os companheiros de Nação ou outros amigos, como Otto e Fernando Catatau, ele já levou sua música para as telas com os estrangeiros Partes Usadas, Solo Diós Sabe e os nacionais Árido Movie, Amarelo Manga, Besouro, Linha de Passe e o próprio Baixio das Bestas.

O rosto ainda é amassado de sono, mas o pensamento é desperto e a fala articulada revelam o porquê de Pupillo, hoje com 36 anos, ter crescido ao lado de uma geração de músicos tão importante quanto as anteriores, e despertar hoje como um dos nomes mais requisitados do momento para encabeçar uma infinidade de projetos. No momento, ao lado de Rica Amabis (parceiro de 3NaMassa e com quem divide apartamento) e Tejo, ele trabalha na trilha do longa-metragem de animação Lutas, que conta a história dos momentos mais marcantes do Brasil em 510 anos, desde seu descobrimento pelos portugueses.

Entre um trabalho e outro, Pupillo leva a vida pessoal resguardada com os amigos. Avisa que a Nação Zumbi nunca deixou de ser a prioridade artística. Entre os integrantes impera uma permissividade benéfica de respirar o frescor de outros ares. O resultado desses "passeios" de Pupillo são uma turnê pelos EUA em julho e mais três discos com gente que assim como ele anda na contramão das mesmices do mercado.
Intuição - Pupillo guia-se pela intuição. Não lê partituras e justamente por isso, pelo fato de ser dotado de uma musicalidade saliente, recebeu um elogio de uma grande referência em sua carreira. "Em uma viagem para Londres, numa homenagem aos Mutantes, o seu Wilson das Neves (baterista) ficou impressionado por eu tocar daquele jeito sem ler nada. Vindo dele, é uma honra."

Seu maior estudo é a cabeça aberta. Ele fala sem parar e ouve com respeito opiniões alheias. Nenhuma informação parece descartável. Em sua casa, quase 2 mil vinis, boa parte empilhada no chão, e o computador, constantemente ligado, são suas apostilas. Se interessa por gente que ainda engatinha na música, sem pré-julgamentos, garimpa raridades, como as composições do esquecido Noriel Vilela, e ignora fronteiras e gêneros. "Já ouviu isso aqui, monstro?", pergunta ao percussionista Gustavo da Lua, botando pra tocar uma banda de rock da Nigéria.

Com ouvidos profundos como plataforma de petróleo, Pupillo sabe que ainda há muito a escutar, a aprender e a criar. "O computador é meu violão", comenta revelando bases e temas já prontos de seus novos projetos. Seu apartamento virou multifuncional. Além de lar, é também uma espécie de QG informal de músicos em estado de ebulição. "Essa semana estavam aqui Seu Jorge, Lirinha... Direto a galera vem pra cá, (Jorge) Du Peixe, Céu...".

Outro endereço certeiro para Pupillo é o estúdio do amigo Yuri Kalil. Lá, ele gravava a primeira faixa, "Distraída Solidão", do novo disco de Junio Barreto, álbum no qual também atua como produtor. A função também já se tornou comum para o baterista. Com Otto, dividiu a produção de Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos, um dos melhores álbuns de 2009. Da mesma maneira, trabalhou com o pessoal do Mombojó, cujo disco deve ser lançado em maio.

Cercado de amigos, Pupillo vai descamando suas peles. O projeto mais recente chama Almas, banda em que toca com o guitarrista Lúcio Maia (Nação Zumbi, Maquinado e Los Sebosos Postizos), o baixista Antônio Pinto e Seu Jorge. O disco do grupo, gravado em 2008 em duas semanas, estava na gaveta devido à falta de tempo dos integrantes para se dedicarem ao projeto. Será lançado em junho nos Estados Unidos, para onde, acompanhados de Gustavo da Lua, eles seguem, um mês depois, para uma turnê de um mês. Em agosto, o disco, composto apenas por covers, chega ao Brasil, com um repertório absurdamente variado e com interpretações autênticas.

Na lista, temas de Nelson Cavaquinho (Juízo Final, que havia entrado na trilha de Linha de Passe), Michael Jackson (Rock With You), Vinicius e Baden Powell (Tempo de Amor), Tim Maia (Cristina), João Donato (Cala Boca Menina) Noriel Vilela (Saudosa Bahia) e Kraftwerk. "Tenho o maior respeito, principalmente quando se trata de mexer na música dos outros. Você tem que fazer algo diferente da gravação original, mas sem abusar, se não vira um Frankstein".

Outro disco que teve o toque de Pupillo, e deve ser lançado até junho, é o do Los Sebosos Postizos, banda formada com os comparsas da Nação Zumbi para tocar composições de Jorge Benjor. As músicas, que circulavam há tempos na internet em registros ao vivo, foram gravadas com qualidade e estão sendo mixadas por Mario Caldato. Entre os temas, Os Alquimistas Estão Chegando, Jovem Samba e O Nascimento de Um Príncipe.

Por fim, com o vento de seus moinhos criativos soprando pela liberdade, Pupillo começou a mandar para amigos letristas as bases do segundo CD do 3NaMassa, dividido com Rica Amabis (teclados) e Dengue (baixo). As composições ganharão as vozes de Céu, Nina Becker, Ana Cañas, Marina de la Riva, Pitty, entre outras, desta vez com letras de Du Peixe, Arnaldo Antunes, Otto, Junio Barreto e Fábio Trumer.

sábado, 4 de setembro de 2010

CUMPRINDO SEU PAPEL




A Academia Cabense de Letras cumpre o seu papel de fomentar o gosto pela literatura, principalmente entre os jovens. Na última sexta-feira, 3 de setembro, o acadêmico Douglas Menezes fêz palestra sobre a vida e a Obra de Graciliano Ramos, com precisas intervenções dos demais acadêmicos e participação efetiva de professores e jovens estudantes, que, mais uma vez, lotaram o Plenário da Câmara de Vereadores.

O palestrante da segunda edição do Projeto Sexta de Letras, professor Douglas Menezes, deu um banho de conhecimento e transmitiu de forma leve a importância de Graciliano Ramos para a literatura brasileira, levando a professora Inez, da Escola estadual Madre Iva a declarar: "Parabéns, Douglas, por essa maneira como você nos trouxe Graciliano. Tenho certeza que todos, a exemplo de mim, saem enriquecidos".

Douglas Menezes lançou ainda a publicação de seu trabalho sobre Graciliano Ramos, premiado em primeiro lugar em Concurso promovido pelo Diário de Pernambuco e Governo do Estado, sob o título: "GRACILIANO RAMOS - A VISÃO DE MUNDO DO ESCRITOR-CIDADÃO".

O Sexta de Letras acontece toda primeira sexta-feira de cada mês, na Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

LANÇAMENTO DE LIVRO NO SEXTA DE LETRAS



Douglas Menezes

É nesta sexta-feira, 03 de setembro, às 19 horas, a palestra do professor e acadêmico Douglas Menezes sobre a Obra de Graciliano Ramos, dentro do Projeto SEXTA DE LETRAS, da Academia Cabense de Letras. A noite é reservada, também, para o lançamento da publicação de um trabalho sobre Graciliano, com o qual Douglas Menezes recebeu prêmio do Diário de Pernambuco, cujo título é "GRACILIANO RAMOS - A VISÃO DE MUNDO DO ESCRITOR CIDADÃO".

O professor e acadêmico Douglas Menezes é um estudiosoda obra do escritor alagoano e anos atrás participou de um concurso promovido pelo Diário de Pernambuco, conseguindo o primeiro lugar. Agora, aproveitando o momento de sua palestra dentro do projeto Sexta de Letras, faz o lançamento da publicação, que será vendido ao preço simbólico de apenas R$ 5,00.

Douglas Menezes é professor da rede estadual de educação e de colégios da iniciativa privada. Foi Secretário de Cultura do Cabo de Santo Agostinho nos anos de 2001 e 2002; foi membro do Conselho Municipal de Cultura, lançou vários livros de contos e crônicas e ocupa a cadeira Nº 11 da Academia Cabense de Letras, tendo como patrono o poeta Zeca Plech.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

SEXTA DE LETRAS




Acontece nesta sexta-feira, às 19 horas, a segunda edição do Projeto Sexta de Letras, da Academia Cabense de Letras. O evento acontece na Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho, e terá a palestra do Professor e acadêmico Douglas Menezes, sobre a Obra de Graciliano Ramos.

É mais uma oportunidade para que a população chegue mais perto da Academia Cabense de Letras. Após a palestra, segue-se o debate, com intervenções dos acadêmicos e, num terceiro momento, com a participação dos presentes.

ALT FEST ! FLIPORTO




Acontece hoje, 2 de setembro, às 16 horas, a primeira Reunião para formação do Coletivo Alt Fest !, que atuará junto à Coordenação Geral e à Produção Executiva do Alt Fest ! Fliporto | Poesia, Prosa, Artes Visuais e Integradas | Ações ColaborAlternAtivas! – Olinda, 12 a 15 de novembro de 2010. O encontro será às 16h, no Coreto da Praça da Preguica, Carmo, Olinda, de onde todos seguirão para o lugar da reunião. O Coletivo Alt Fest ! elaborará propostas de ações e encaminhará a realização das mesmas, servindo também de instância consultora da Coordenação Geral e da Produção Executiva.

EXCEÇÃO (REBELDIA)



Zeca Plech

Espraio o olhar cansado, espaço em fora,
e encontro a mão da Vida agindo em tudo,
numa eclosão contínua de pletora,
em perpétuo evolver solene e mudo.

E quanto mais o olhar arguto esflora
os mistérios vitais que em calma estudo,
mais vejo a lei que eu tudo mora,
seja no céu, no mar, no cimo agudo.

Humilde relva, cedro gigantesco,
Palmeira egréria, tímida bonin,
une a todos o mesmo parentesco.

Somente o homem torce a lei divina,
e colérico, estúpido, grotesco,
os irmãos inocentes extermina.

*Zeca Plech é um dos Patronos da Academia Cabense de Letras.