quinta-feira, 30 de junho de 2011

SEXTA DE LETRAS

Escritor Jairo Lima

A Academia Cabense de Letras prossegue com o Sexta de Letras 2011, nesta sexta, dia 1 de julho, a partir das 19 horas, na Câmara de Vereadores do Cabo. Desta vez o tema será "OS IMPACTOS DO CRESCIMENTO ECONÔMICO SOBRE A CULTURA REGIONAL", apresentado pelos acadêmicos Jairo Lima e Frederico Menezes e a intervenção dos demais acadêmicos em debate que será aberto ao público.

O Sexta de Letras é um Projeto da Academia Cabense de Letras e acontece sempre na primeira sexta-feira de cada mês e está em sua segunda edição, tendo alcançado sucesso de público na primeira versão, em 2010.

OFICINAS DE DANÇA

Foto: Giordani Gork


Ainda há vagas para algumas oficinas que serão oferecidas durante a 9ª Mostra Brasileira de Dança que acontecerá no Recife, no período de 11 a 15 de julho, com produção de Iris Macedo e Paulo de Castro, e patrocínio dos Correios, Caixa Econômica Federal, Governo Federal e Prefeitura do Recife. Das totalmente gratuitas e para iniciantes, ainda é possível participar de Contato/Improvisação, com José W. Júnior; Movimento e Ciência: a Dança Baseada em Evidência, com Giordani Gorki (foto);Cavalo Marinho, com Paulo Henrique Albuquerque; e Danças Africanas, com Tiago Ferreira. Para os alunos de nível avançado, com oficinas ao preço de R$ 30 cada, ainda há vagas para Ballet Clássico, com Flávio Sampaio (CE); Hip Hop: The Next Level, com António Silva (Portugal); e Composição Coreográfica Contemporânea em Danças de Salão, para casais, com Jomar Mesquita (MG). Informações: (81) 3082 2830 / 3421 8456.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A VOZ DO POETA

Juareiz Correya

Quando escrevemos, pensamos no Homem
e falamos diretamente com Deus.
O que um padre
na imensidão da sua Igreja
reza e comunica ?
Histórias já conhecidas versículos memorizados de leituras exercícios
esgotados estudos bíblicos.
E um pastor, na ampla habitação
do seu Templo,
o que ora e comunica ?
O mesmo que os padres rezam e comunicam,
com outros modos outra moda outro modelo.
Podem os mestres espíritas
ir além do Evangelho
e da palavra de Cristo
como síntese do Mundo dos Espíritos
Encarnados e Iluminados ?


Os poetas não diferenciam
a existência da Humanidade da existência de Deus.
Deus é a divindade do Homem
e o Homem é a Humanidade de Deus,
pura e simplesmente,
em cada palavra verso estrofe
fábula imprecação oração canto poema
dito sussurrado pranteado gritado
do interior do coração
no inferno ou no céu
onde o poeta possa estar
de onde o poeta possa falar
aos ouvidos e ao coração de Deus.
E Ele ouve e sempre ouvirá.

(Palmares,27/11/2002).

quinta-feira, 23 de junho de 2011

CARTA A UM AMIGO QUE SE FOI

Meu amigo Valdir Soares, na foto com o escritor Gilberto Freyre.


Caro amigo, Valdir, não imagina você o quanto de tristeza trago comigo neste momento. Saber de sua partida já foi um grande abalo no coração de seu velho amigo aqui. Recebi a notícia como um forte impacto e em poucos segundos vi passar um filme em minha mente, as cenas inesquecíveis de nossas lutas culturais por toda a década de 70, quando, companheiros do Teatro de Amadores do Cabo (TAC) percorríamos Pernambuco e boa parte do nordeste mostrando o talento dos jovens artistas cabenses. Já na década de 80, lembra amigo, ainda lutamos pela cultura do município, agora abrigados na Secretaria de Cultura, com o amigo Zé à frente dela. Mas ali a turma já dispersava e enfraquecemos. Ter o poder nas mãos ou fazer parte dele não foi uma boa para o movimento. Não esqueço que um dia você me falou isso. Tava conversando com Lu hoje pela manhã e a gente lembrava que você era o "organizado" da turma, sempre se vestindo elegantemente e com imensa capacidade burocrática, além de ser um bom ator. Estamos tristes, eu e Lu. Choro neste momento, inclusive, porque não me perdoo em não atender seus chamados e recados mandados através de Fred, que queria me ver. Fui um merda, amigo. Tive medo de chorar na sua frente, como se fosse feio chorar. A esperança que tenho é que você me entenda e me perdoe por minha fraqueza. De resto, resta uma coisa boa nisso tudo, que é o fato de só ter na minha mente, na minha lembrança, a sua figura elegante, sua gentileza, seu carinho ao chamar-me apenas de "Júnior". Fica a lembrança de sua importância para o que chamei um dia de "momento divisor de águas" para a cultura do Cabo de Santo Agostinho. Quase anônimo, você foi peça das mais importantes e vitais para que a resistência cultural de então pudesse dar frutos à cidade.

Vou parar por aqui, meu amigo, porque já não consigo raciocinar bem, tanta é a tristeza que sinto. Espero que esta carta o encontre num lugar de luz que tanto você é merecedor. Receba um abraço de saudade de seu amigo

Tuninho.*

PS: Se encontrar Paulo Cultura, fala pra ele que sinto saudade dele também.

*Tuninho é apelido de infância de Antonino Oliveira Júnior.













domingo, 19 de junho de 2011

ACADEMIA COMEÇA A RESGATAR THEO SILVA

Teo Filho, filho do poeta Theo Silva

A Academia Cabense de Letras vem desenvolvendo ações para resgatar os grandes nomes da literatura cabense, tirando alguns do anonimato e tornando populares outros já reconhecidos, através do Projeto Sexta de Letras, que acontece toda primeira sexta-feira do mês, na Câmara de Vereadores do Cabo. Zeca Plech, Theo Silva, Gabriel Dourado, etc., são nomes que serão resgatados e colocados nas mãos da população.

O Dia 03 de junho marcou a homenagem da Academia Cabense de Letras ao poeta Theo Silva, nascido na cidade do Cabo em 29 de maio de 1908, falecendo em 1950. Na noite do dia 3 de junho, com a presença do filho do poeta, Teo Silva Filho e familiares, a Academia entregou Certificado que registra a homenagem ao poeta, oficializando seu nome como um dos Patronos da Instituição. Na oportunidade, aconteceu palestra dos acadêmicos Antonino Oliveira Júnior e Ivan Marinho, sobre a vida e a Obra de Theo Silva.

Foi um evento marcado pela emoção dos familiares, do público presente e dos acadêmicos. Por inciativa do palestrante Antonino Oliveira Júnior, a Academia solicita da Câmara de Vereadores a aprovação do Projeto de Lei que institui o dia 29 de maio, data em que nasceu Theo Silva, como o Dia do Poeta Cabense.

O Presidente da Academia, escritor Nelino Azevedo, anunciou o lançamento do projeto de publicação da Coleção de Escritores cabenses, inciando com a Obra do poeta THEO SILVA. As pubvlicações são parte do convênio da Academia com a Editora Bagaço.


segunda-feira, 13 de junho de 2011

CRÔNICA DO INVERNO

DOUGLAS MENEZES

Tem dia assim. A gente amanhece peito apertado. Vontade de não ver ninguém. Uma tristeza de descrença. Melancolia de criança roubada de seu melhor brinquedo. Dor que vem não sei de onde, nem de qual motivo. Apenas se instala o inverno. Uma mágoa que é só sua, que a ninguém a gente dá direito de compartilhar. Porque “a dor é minha dor”. E é bom que fique aqui dentro o sentimento de que tudo foi em vão, pois a vida não merece a morbidez desse momento.

Explicar como? Tanto barulho, as pessoas rodopiando na praça, o som junino enchendo a gente de alegria, e esse caminhar alheio, esses ouvidos que não ouvem, essa voz que não quer falar. Aqui e ali, um sorriso formal, uma brincadeira de futebol dita sem graça, entusiasmo nenhum, apesar de ser campeão. Só a fala de Mateus pedindo a cacunda cansada consegue ser audível e o aniversário de Caio, sem graça e sem festa, apesar do menino bom e carinhoso.

Chuvisco frio, neve na alma. Um mundo que não se quis, mas um mundo possível é o que se tem. E aí se dorme depois, aos sobressaltos, pensando no que pode vir, na violência enraizada, no medo que ela atinja os seus e roube uma das razões dessa vivência, que no momento é glacial e quase sem vida.

Mas, enfim, chega o sono pesado, a morte de algumas horas. E a esperança de uma manhã que se não for de luz radiante, seja, pelo menos, o início de um nebuloso dia de sol.

13 de junho de 2011.

*Douglas Menezes é da Academia Cabense de Letras

sábado, 11 de junho de 2011

PARA OS NAMORADOS ENAMORADOS


CONTRARIANDO O POETA

Antonino Oliveira Júnior


Espera,

Logo vou ultrapassar essa estrada,

Cuja bruma densa

Deixa opaca a retina dos meus olhos...

Sei que devo encontrar-te

E será logo, Mas não serei breve;

Espera,

Meu coração camaleônico

Toma agora uma forma única,

Estagnado na cor que reflete

O negro dos teus olhos,

O calafrio emotivo de tua pele,

A maciez rósea dos teus seios,

O mistério do teu ventre acolhedor;

Espera,

Vou entregar-me cegamente

Como quem voa um vôo sem descida,

E, uma vez em teus braços,

Gritarei para o mundo

Meu discordar do poeta,

O meu brado de entrega:

Que este amor que me incendeia

E me aquieta o coração

Não seja infinito enquanto dure,

Mas, que dure por ser ele infinito.

terça-feira, 7 de junho de 2011

MEU POEMA DE TRISTEZA (a Theo Silva)

Antonino Oliveira Júnior


É na tristeza do poeta,

No seu coração que sangra,

Na solidão só sua,

Que a dor se aproveita

E, em forma de inspiração,

tira da garganta a sua voz

e o deixa falar apenas pelas mãos.


É o domínio imaterial,

Pelo qual,

A dor que feriu o poeta

Segue a sua sina insana

Vagando de coração em coração,

Perfurando almas

E iludindo a quem, um dia, como eu,

Viu na poesia

A cura do vazio sentimental.

LUA CAMBARÁ

Foto: Sebastião Lucena


O musical dramático Lua Cambará fará duas únicas sessões no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, nas próximas terças-feiras, antes de turnê pelo Sudeste, em julho. Com 49 pessoas na equipe de viagem, é a primeira vez que o Aria Social sai do Nordeste, com apresentações agendadas no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Toda a renda das apresentações é revertida em prol da construção de um ateliê de corte e costura para parentes das crianças e jovens atendidos pelo Aria Social, no município do Jaboatão dos Guararapes.

Nas duas próximas terças-feiras, dias 07 e 14 de junho, com sessões às 20h, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu (Av. Boa Viagem, s/n. Tel. 3355 9823), o elogiado espetáculo “Lua Cambará”, musical dramático do Aria Social, estará despedindo-se do Recife, antes de partir pela primeira vez para uma ousada turnê pelo Sudeste do país, em julho. Os ingressos custam R$ 20 e R$ 10 (estudantes, professores com carteira e maiores de 60 anos).

O musical dramático “Lua Cambará” reúne a grandiosa equipe do Aria Social, que, para as viagens, será composta de 45 bailarinos, 06 músicos, 02 coreógrafas/diretoras, 02 técnicos (luz e som), 01 camareira e 03 pessoas na equipe de produção, ou seja, uma ousada proposta para ir ao Rio de Janeiro, no dia 06 de julho, para o Teatro Carlos Gomes; São Paulo, nos dias 09 e 10 de julho, para o Teatro Paulo Autran/SESC Pinheiros; São João Del Rey (MG), no dia 12 de julho, para o Teatro Municipal de São João Del Rey; e Ouro Preto (MG), no dia 14 de julho, para o Teatro de Ouro Preto, no Centro de Convenções da UFOP. Com coreografia e direção de Ana Emília Freire e Carla Machado, direção musical e regência de Rosemary Oliveira, coordenação geral de Cecília Brennand, cenário e figurinos de Beth Gaudêncio e iluminação de Saulo Uchôa, “Lua Cambará” estreou em agosto de 2010, no Teatro de Santa Isabel, desde então vem recebendo elogios constantes.

Concebida a partir da obra de Ronaldo Correia de Brito e Assis Lima, com música de Antônio Madureira, a montagem traz coreografias em dança contemporânea sobre uma mulher apaixonada que, envolvida em assassinatos, é condenada pela Morte a vagar eternamente. No elenco das apresentações locais, seis instrumentistas, além de 52 jovens que dançam e cantam ao vivo e participação especial da bailarina Cecília Brennand. É um espetáculo para se sentir, tamanha a quantidade de belas imagens em seqüência, tudo com música ao vivo.

“Lua Cambará” já cumpriu sessões disputadas nos teatros de Santa Isabel, Barreto Júnior e Luiz Mendonça, no Recife, e integrou a programação do II Festival de Artes Cênicas de Garanhuns, sendo aplaudida ainda no município do Paulista e na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Em janeiro último, a montagem recebeu um prêmio especial no Janeiro de Grandes Espetáculos edição 2011, pelo cuidado em produção, concepção e execução artística. Até então, a experiência com turnês do Aria Social foi apenas pelo Nordeste (Maceió, Aracaju, Natal, João Pessoa e várias cidades do interior de Pernambuco), tanto com “Lua Cambará”, quanto com o espetáculo anterior, “Três Compassos”.


domingo, 5 de junho de 2011

A SAGA DE UMA CAMINHADA HISTÓRICA

A SAGA DE UMA CAMINHADA HERÓICA

Antonino Oliveira Júnior


Nasci no agreste,

Pequenino, frágil,

Mas corajoso.

Ainda um pequeno filete,

Recebi pisadas e ameaças diversas,

Mas segui adiante,

Tomando corpo,

Criando brilho próprio,

Encantando as cidades por onde passei.

Segui meu curso

Em busca de novos ares,

Na ânsia de chegar ao litoral,

De me entregar ao mar,

Como todo aquele que deixa o árido

Em busca do frescor tropical.

A caminhada da felicidade

Tornou-se dolorosa

E chorei,

Sofrendo as dores da tortura,

Da falta de ar, da vida se esvaindo,

Fugindo de mim.

O chegar à cidade tornou-se um sofrer,

Uma certeza que o mal estava a caminho:

Espumas tóxicas, dejetos humanos,

Lixo contaminado matando meus frutos...

Que dor horrível!

Os peixes, coitados, morrendo afogados...

Que dor horrível!

Pessoas morando pertinho de mim,

Suspensas em varas, distantes da vida...

Mas eu sigo a viagem,

Mulheres guerreiras, pedaço homem, pedaço mulher,

Lavando as roupas, cantando cantigas alegres

Em rostos felizes que escondem a tristeza

Da alma que teima viver diante da morte...

Aqui, acolá,

Crianças brincando em gritos e risos,

Inocência, pureza,

Sem ver a sujeira que eu carregava;

Levo doenças, sofrimento e até a morte.

A canoa vai,

A canoa vem...

O homem olha triste para mim

E não entende...

Sua vida está ali...

A minha agonia

É a fome dos seis,

Dos sessenta, dos seiscentos.

O peixe afogado,

O pescador sem sorriso,

As crianças com fome...

Que dor horrível!

A espuma amarela

A cor da doença,

Prenúncio de morte...

E eu sigo a viagem,

Quase não respiro

E tento (em vão) limpar-me com lágrimas...

O mangue!!!!

Tenho que ali chegar vivo,

Ajudar a nascer novas vidas

De peixes, crustáceos, de plantas...

Estou chegando,

Muito fraco, ofegante,

Mas chegando,

Levando espumas amarelas,

Esgotos humanos,

Restos de fábricas...

Reencontro mulheres guerreiras,

Pretas da pele e do mangue;

Mulher e mangue se abraçam...

Estou feliz...

Ainda que muito ferido e abatido,

Levei a vida

Ao mangue que resiste,

À mulher que teima em viver;

E vou um pouco mais além...

Que alegria!!!

Vejo o mar,

Sinto a brisa tropical,

Chego fraco, abatido,

Ajoelho-me diante do mar

Tão forte, tão imponente, tão envolvente...

Estou chegando mais perto

E volto a lembrança lá atrás...

As casas suspensas em varas,

O triste olhar do pescador,

A espuma amarela,

Os dejetos,

Os peixes afogados,

As mulheres guerreiras,

O mangue tinhoso...

Não há tempo para nada...

Estou sendo tragado...

Estou sendo engolido...

Cheguei ao final,

Estou maior,

Virei infinito...

Agora sou Mar...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

SEXTA DE LETRAS 2011

A Academia Cabense de Letras dá continuidade ao projeto SEXTA DE LETRAS, nesta sexta-feira, 3 de junho, a partir das 19 horas, na Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho. O tema do evento desta sexta-feira é THEO SILVA, poeta cabense, falecido precocemente aos 42 anos de idade.

THEO SILVA foi um poeta além de seu tempo, uma vez que na década de 20 já fazia, no Cabo, uma poesia identificada com o Movimento que originou a Semana de Arte Moderna, protagonizada por Oswald de Andrade, Mário de Andrade e outros escritores e poetas radicados no sudeste, cerca de 1.600 quilômetros da cidade do Cabo, numa época sem qualquer comunicação que pudesse influenciar na sua produção literária. THEO SILVA já era um poeta do Movimento, ainda que sem influências. Seu avanço era coisa de seu interior, de sua cabeça poética avançada no tempo e na geografia física.

A Academia resgata a figura de THEO SILVA, debatendo sua vida e sua obra, com o objetivo de entregar à cidade que o viu nascer a sua identidade como grande poeta que foi. No centro da cidade existe uma praça que leva seu nome, entre o Centro da cidade e o bairro do Mauriti. Chegou a hora de revelar à população a personalidade cultural de seu filho, fazendo justiça a um homem de vida simples, que além de poeta, era músico e boêmio.

CONSELHO
Theo Silva

Bem sei que é impossível
entre nós dois uma aproximação.
No entanto, por que teus olhos
conversam tanto com os meus?

Evita eu te querer! Mata essa ilusão!
Sofre como eu...

O que será de nós se a cidade conhecer
essa força do destino a jogar entre nós dois?
O que será de ti! O que será de mim!
O que será, enfim, do nosso amor depois...

Censura!...Escândalo!...Maldade!...
Tudo há de surgir escandalosamente
como recompensa dessa felicidade.

Sofre, como eu, a ventura desse bem,
JESUS também amou a MARIA MADALENA,
sofreu mais do que nós dois
e nunca disse a ninguém.

(1937)