quarta-feira, 22 de setembro de 2010

MEU POEMA DE TRISTEZA



Antonino Oliveira Júnior

É na tristeza do poeta,
no seu coração que sangra,
na solidão só sua,
que a dor se aproveita
e, em forma de inspiração,
tira da garganta a sua voz
e o deixa falar apenas pelas mãos.
É o domínio imaterial,
pelo qual,
a dor que feriu o poeta
segue a sua sina insana
de vagar de coração em coração,
perfurando almas
e iludindo a quem, um dia, como eu,
viu na poesia
a cura do vazio sentimental.


*Antonino Oliveira Júnior é membro da Academia Cabense de Letras

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