Nelino Azevedo
O vinho tinto que transborda
Da taça que é minh’alma
Verte-se em tinta e
Picha minha calma
Anunciando segredos
Escritos no muro
Que é minha cara
Encobre meus medos e
Afasta os fantasmas
Que me habitam e me afogam
Nas horas serenas e doentias
Em que não tenho o sabor púrpuro
Do líquido que me embriaga.
*Nelino Azevedo é membro da Academia Cabense de Letras
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