Dia 14/03 eu li na Coluna do Jornalista José Teles um texto que se referia a Daniela Mercury, cantora baiana, que acertou participação no Galo da Madrugada e não compareceu. O jornalista foi muito feliz, quando precisou acalmar a diretoria do “Galo”, irada por conta do “bolo”, afirmando que a ausência da cantora baiana não foi notada e nem sentida por nenhum folião.
Vale lembrar que Daniela Mercury, apesar de boa cantora, faz muito tempo que não emplaca sucesso algum, há, pelo menos, dez anos. Vive do sucesso de outras épocas. Foi, realmente, uma ausência que não foi notada e nem sentida. E não fez e nem faz falta ao Galo da Madrugada e ao carnaval de Pernambuco. Os foliões do “Galo” sentiriam sim, muita falta, da Orquestra de Spok, do maestro Forró e sua irreverência, do Asas da América, André Rio, Som da Terra, Marrom Brasileiro, etc., e artistas tipo Fafá de Belém, que canta frevo e curte o carnaval de Pernambuco com muita intensidade e participação.
Nada existe de preconceito ou bairrismo nas minhas observações, mas, apenas, um relato do que penso quando vejo o endeusamento por essas personalidades, ou melhor, celebridades, que aumentam o custo final do evento, mas nada acrescentam à alegria do folião pernambucano. Mais parece aquele jogador de futebol, que foi craque e vive do nome.
Com todo o respeito que a cantora merece, sem qualquer tipo de preconceito (quem me conhece sabe que não existe isso em mim), mas que o “bolo” dado por Daniela Mercury na Diretoria do Galo da Madrugada sirva de lição. O Galo não precisa de Daniela, de Calypso e outros medalhões. A turma de casa é muito boa e suatenta o baque, ou melhor, o frevo.
Ela faltou e ninguém nem percebeu. E o folião, então...
*Antonino Oliveira Júnior é da Academia Cabense de Letras.
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