A Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que aproximadamente três mil pessoas se matam por dia. E que esse número nos últimos 50 anos cresceu 60%, especialmente nos países em desenvolvimento. A OMS alerta ainda que o suicídio já é uma das três principais causas de morte entre os jovens e adultos de 15 a 34 anos. Esta prática é observada em diversas culturas. E se faz presente em todas as classes sociais, bem como nos países desenvolvidos. Por isso, a OMS reservou o dia 10 de setembro como sendo o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.
Infelizmente esta data precisa ser lembrada e enfatizada por nós pernambucanos (brasileiros). Pois em nosso estado o índice de casos de pessoas que cometem ou que tentam praticar este ato é assustador. Segundo o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (CREMEPE) e o Sindicato dos Médicos, em alguns municípios do nosso estado, como Petrolândia, Itacuruba, Manari e Inajá, os dados estatísticos são alarmantes. Em Itacuruba, por exemplo, em quase todas as residências existe no mínimo um caso de suicídio ou tentativa de suicídio.
O Brasil se enquadra na lista dos dez países com maiores números absolutos de suicídio. Acontece que aqui muitos pensam que a pobreza é o principal fator que motiva uma pessoa a esta prática. Entretanto os casos ocorridos nos países ricos revelam que existem outros fatores. Por exemplo, o Japão e a Rússia fazem parte do seleto grupo de países mais ricos e desenvolvidos do mundo (o G8). Apesar disto entre estes ocorre a prática do suicídio, sendo que a Rússia está em primeiro lugar e o Japão em segundo.
Apesar do Japão ficar em segundo lugar nas taxas de suicídios, ele é sempre apontado como referência. É como se ele ocupasse o primeiro lugar. Nós ocidentais costumamos ver a prática do suicídio no Japão como sendo algo que faz parte da cultura local. Mas o governo japonês não vê assim e muito menos aceita esta idéia. Lá o suicídio é encarado com sendo um grave problema.
No ano de 2007, por exemplo, no Japão, o número de pessoas que praticaram o suicídio foi maior do que o número de nascimentos. Como o Japão enfrenta a pior taxa de natalidade, estes números acabaram contribuindo para que ele tente fazer algo para reverter este quadro. A meta do governo japonês é diminuir o número de suicídios em 20 por cento até 2016, através de medidas como instrumentos para detectar pessoas deprimidas e a promoção da saúde mental.
Independente dos números ou de qualquer outro motivo, o Japão encara o problema e nos deixa lições importantes. Devemos fazer algo contra esta prática. Inclusive cobrar do governo medidas preventivas. Por exemplo, o Programa da Saúde da Família (PSF) deveria incluir psicólogo e psiquiatra. A parte operacional deveria ser capacitada para detectar pessoas com quadros de depressão e fazer os devidos encaminhamentos. Já as instituições religiosas precisam fazer alguma coisa urgentemente. Por exemplo, elas poderiam falar sobre a depressão e ampliar o aconselhamento pastoral para a comunidade, entre outras alternativas.
Infelizmente existem pessoas que em certos momentos da vida desejam a morte. Outros preferem morrer cedo a ter uma velhice em que venham a depender de outros. E existem ainda aquelas pessoas que estão praticando o suicídio aos poucos, devagarzinho. Fazem isto através das drogas, do alcoolismo, da falta de hábitos alimentares saudáveis e do tabagismo (do cigarro) entre outras práticas. Consulte as seguintes passagens: 1 Rs 19.1-5; Jn 4.1-4; Jó 6.8-9; Nm 20.3; Jr 20.14-18; Fl 1.23-25.
Deus está sempre pronto a nos animar e encorajar a seguir em frente. Um dia não mais haverá a morte. Como disse o poeta: “a vida é bonita e é bonita”. Não importa a situação, a vida deve ser vivida. Jamais ela deve ser interrompida.
Oremos para que o dia 10 de setembro não precise mais ser lembrado. E não nos esqueçamos das palavras de Jesus quando ele disse: “Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo. (...) No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo (Jo 14.27; 16.33)”. Amém.
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