Antonino Oliveira Júnior
À ESPERA DE UM MILAGRE foi apresentado pelo Grupo Zumbi dos Palmares, mostrando como tema central a solidão dos que se encontram presos a um leito de hospital, seja pela doença, seja pelo afastamento de amigos e familiares, que, muitas vezes “esquecem” dos que estão sendo consumidos pouco a pouco numa unidade hospitalar.
Ainda que tenha sido uma montagem extremamente amadorística, com algumas deficiências de marcação, de iluminação e até mesmo de dicção do elenco, valeu pelo tema abordado, uma realidade cruel nos hospitais. Um outro ponto importante é a demonstração de amizade de um amigo do doente, ali, presente, procurando dar força e “desmontando” no momento da morte do amigo até então hospitalizado.
O “Zumbi dos Palmares, de Ponte dos Carvalhos cumpriu o seu papel de ocupar espaço em tão importante evento teatral. E a MOCASPE cumpre, mais uma vez, o seu papel de laboratório das artes cênicas no Cabo de Santo Agostinho.
Rafael sempre contribui com a cena cabense quando traz seus trabalhos para a MOCASPE. Acho que pelo tempo de labuta, já é possível desviar do caminho mais fácil. Se resolver escrever um texto, na minha modesta opinião, tudo acerca dele deve ser investigado, suas possibilidades, seu alcance às pessoas. Claro que o importante é comunicar, mas é de responsabilidade do encenador facilitar a compreensão do que está sendo exibido. Por isso, os suportes cruciais de um espetáculo - sonoplastia, cenografia, iluminação - servem como instrumentos preciosos para alcançar esse fim. Então, ir até as últimas possibilidades nas investigações, julgar tudo antes do julgamento final. (Para Rafael) Sinto sua falta nos outros espetáculos. Vi você apenas em seus espetáculos. Não é importante observar a opinião de uma banca examinadora para com outros trabalhos? Gostaria de destacer a convincente interpretação do ator que faz o papel do doente. (Para este) Tá vendo que dá para fazer um personagem que não seja feminino? Ah! Não entendi como esse espetáculo ficou naquela colocação no júri popular. Há algo de errado. Não merecia! Alcy Saavedra.
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