Antonino Oliveira Júnior
A psicopatia foi o tema central desse espetáculo, que mostrou o ator Gago Santos em boa presença de palco. Interpretar monólogo não é fácil, uma vez que o ator tem que alternar todas as emoções do texto sem ajudas coadjuvantes.
A violência abordada pelo texto mostra o requinte da violência dos pedófilos e psicopatas, quase sempre envolventes no primeiro momento e profundamente frios e violentos no desfecho. Foi um outro espetáculo muito denso e tenso nesta noite de angústias da MOCASPE, a quarta-feira, dia 23. O trabalho do ator foi bom, mas passou a impressão de estar muito solto e sem displina em relação à direção cênica. Tenho dúvidas se algumas subidas e descidas do palco eram ou não necessárias. Talvez se apresentado com mais sobriedade, o tema tivesse um resultado ainda melhor em relação à sua proposta de levar a platéia à reflexão sobre o tema. Se o ator seguiu à risca o diretor cênico, talvez a opção do diretor em tantos desce e sobe do palco não tenha sido das melhores. A iluminação continua sendo algo destoante nos espetáculos da MOCASPE. É preciso que os Grupos exijam melhores equipamentos e, ao mesmo tempo, procurem meios de terem técnicos capacitados para planejamento e operação de luz. Essa função é técnica e tem influência no resultado final do espetáculo.
Mas foi um bom espetáculo. Poderia apenas ser melhor, se mais trabalhado tecnicamente.
ESTAMSO AQUI 10 ANOS DEPOIS JÚLIO GALVÃO O GAGO SANTOS.,
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