quarta-feira, 24 de novembro de 2010
REVOLTADO
Filarmônica XV de Novembro Cabense (1927) - Theo Silva é o segundo, em pé, da esquerda para a direita. Um mulato adolescente.
REVOLTADO
Theo Silva
(1941)
Olhando a vida, indiferente a tudo,
Eu vou viver d’agora por diante,
Como um cipreste solitário e mudo
À margem de um riacho soluçante.
Como um grito perdido, bem distante,
Perdido na amplidão do mundo afora,
Eu quero ser de tudo ignorante
E em nada mais acreditar agora.
Viver assim com toda indiferença.
Um pálido sorriso de descrença
Para quem me falar em piedade.
Pois se a vitória da vida é o desdém,
Esse punhal eu saberei também
Cravar no coração da humanidade.
*Theo Silva é um dos Patronos da Academia Cabense de Letras
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