terça-feira, 16 de novembro de 2010
O POETA NÃO MORREU; FOI A DOR
Paulo Cultura
Se um dia disserem que morri de dor
Não, não fui eu que morri;
Foi a dor que morreu.
A dor doeu tanto
Que não agüentou e morreu
E continuarei vivo
Vivo para sempre
Nos meus versos
Nos meus pensamentos
No sentimento de um dia
Ter tido coração...
“E meus passos continuaram a passear...”
Poemas que eu nunca fiz
Serão recitados por outros poetas
As brisas da praia
A roçar no copo que ficou sozinho
Sem cerveja, sem poeta.
Caiu da mesa vazio e quebrou
E o poeta partiu
Prá nunca mais voltar
Se deixou saudades
Se deixou versos por fazer...
Se deixou mulheres sem amar...
Não deixou a dor
Porque o poeta é tão imortal
Que matou a morte
E desencarnou a dor.
*Paulo Cultura é um dos Patronos da Academia Cabense de Letras.
Em 24/07/2002
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