segunda-feira, 1 de novembro de 2010

DEIXANDO DE FINGIR: CRIANDO UMA CULTURA DE AUTENTICIDADE


Erivaldo Alves

“Todavia, não vos escrevo mandamento novo, senão mandamento antigo, o qual, desde o princípio, tivestes. Esse mandamento antigo é a palavra que ouvistes”(Apóstolo João Evangelista em sua 1a. Epistola cap.1 e verso 8).

Todos nós fingimos ser alguém que não somos à semelhança de crianças. Já adultos buscamos ser nós mesmos. O medo da reprovação leva ao fingimento. O desafio que temos pela frente é sermos menos do que perfeitos. Ou seja, sermos sinceros. Isto levá-nos ao respeito por parte dos outros. Um desafio que se impõe: Abrirmos mão da nossa necessidade de fingir. Os líderes religiosos da época de Jesus eram fingidos e Jesus os confronta o tempo todo – “Raças de víboras... Sepulcros caiados...”. Quiseram saber qual o maior mandamento e Jesus lhes respondeu: “Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.”

A igreja precisa de pessoas sinceras que não finjam ser o que não são. A igreja precisa estabelecer um clima onde as pessoas não precisem fingir.
Ser autêntico: Bia era bissexual; Bill era envolvido com drogas; Charles era viciado em sexo. Todos se deram a conhecer e Jesus os salvou e transformou-os. Nós, liderança religiosa, aprendemos pouco nos nossos seminários em como lidar com essas pessoas que nós as chamamos de difíceis.

A autenticidade começa comigo. Os líderes religiosos precisam ser autênticos. Devemos lembrar que não somos melhores do que foram os líderes espirituais da época de Jesus. De fato, não somos melhores do que Pedro. Do que Tiago e João. Do que Paulo. Do que Tomé. Todos esses eram seguidores de Jesus e se deram a conhecer e foram aceitos.

Ser transparente é se permitir ser: Vulnerável, frágil, débil, biruta, torrão de barro. Uma cultura de autenticidade é extremamente libertadora. Requer exposição por parte das pessoas.

A armadilha do isolamento. A ilusão da blindagem conduz a uma vida dúbia com facilidade de criticas ao semelhante e assumindo-se uma postura de juiz e fariseu. Esse procedimento projeta a pessoa por um bom tempo, mas por fim a verdade aparece e essas pessoas saem da redoma que supunham estarem. A autenticidade derruba a barreira que impede as pessoas de procurarem a fé e a igreja. Autenticidade e graça andam juntas. A autenticidade sozinha pode ser perigosa se antes não houver um ambiente de aceitação e graça.

Interação
1. Que temores você deve enfrentar a fim de ser autêntico em sua liderança?
2. Você está disposto a encontrar uma pessoa confiável e abrir o seu coração para ela quanto as suas vulnerabilidades?
3. Você acredita na sinceridade de sua liderança na igreja local?

*Erivaldo Alves é Pastor da Igreja Batista da Cohab e membro da Academia Cabense de Letras.











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