quinta-feira, 4 de novembro de 2010

LIDERANÇA SEM ARROGÂNCIA



Jairo Lima*

No mundo contemporâneo todas as brechas possíveis para a sobrevivência de um líder que exerce sua autoridade com autoritarismo, baseando-se no culto a própria personalidade, estão sendo fechadas pelas mudanças naturais que o amadurecimento nas relações sociais impôs.

A arrogância, que mais desagrega do que une, se projeta em símbolos e rótulos, para se sentir confortável. Quem a exerce pode até ser chefe, mas nunca um verdadeiro líder. Ela pode ter diversos sintomas, dentre os mais detectados, a insegurança, fruto de uma imaturidade emocional, que não permite o reconhecimento de erros, que não respeita opiniões e sugestões.

Os arrogantes são mestres em colecionar fracassos, posto que se acham equivocadamente ungidos pela certeza infalível. Olham o mundo de fora para dentro e consideram-se todos ao seu redor vivendo em função dos seus objetivos, que na verdade nada mais são do que “monstros” que lhe perseguem, ameaçando-lhe a estabilidade emocional que ele pensa ter.

Muitos temem o arrogante, o consideram perigoso e ameaçador, mas quem o conhece mais profundamente se surpreende com um espírito sem paz consigo mesmo e entregue totalmente a um ambiente umbralino, de onde pede silenciosamente socorro.


*Jairo Lima – É membro da Aacdemia Cabense de Letras e diretor da Sociedade Espírita Casa do Caminho

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