quinta-feira, 20 de maio de 2010

O POETA EM JABOATÃO


Alberto da Cunha Melo

OUTROS canaviais, entre dois rios
cercaram o poeta de treze anos
após sobrevoar os céus vazios
de um verão de Vivaldis e sopranos.

Era Jaboatão, em verdes cios,
a ansiar numa voz a dos profanos
e a dos beatos, com seus calafrios,
a carne intumescida sob os panos.

Toda essa voz chegou, voz de menino,
mas a falar por todas as cidades,
onde a Fé briga feio com o Destino;

veste palavras: céus, saudades...
leves para o suor de sol a pino,
e boas, para todas as idades.

Um comentário:

  1. Obrigada, Antonino, por pontuar a poesia de ALBERTO em suas páginas.
    Ricocheteei para o Tributo ao poeta nas Trilhas Literárias: http://blog.trilhasliterarias.com/
    Atenciosamente,
    Cláudia Cordeiro

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