sexta-feira, 12 de novembro de 2010

OLINDA - CAPITAL DA LITERATURA



Homenageando a escritora Clarice Lispector, começa hoje a FLIPORTO, que este ano acontece na cidade de Olinda. O evento, que conta com cerca de 40 escritores convidados (brasileiros e de outros países)e 23 mesas temáticas, vai até segunda-feira, 15 de novembro, numa estrutura qu torna a FLIPORTO mais popular.

A FLIPORTO tem a coordenação geral a cargo do escritor Antonio Campos e no escritor cabense Mário Hélio, mebro da Academia Cabense de Letras o coordenador de programação literária.

Além da representação da Academia Cabense de Letras, a cultura do Cabo de Santo Agostinho se faz representar pelo GRUDAGE, que participa coma sua Carroça Encantada, um trabalho dos mais importantes da arte cênica pernambucana, que por certo vai levar a criançada a momentos incríveis.

Outro momento inovador é o Baile no antigo e tradicional Atlântico Clube de Olinda. Será um Baile, cujo tema gira em torno dos ritmos cubanos e brasileiros, com animação a cargo da Orquestra Perfume de Gardênia e do sanfoneiro Cezinha.

A FLIPORTO HOMENAGEIA CLARICE LISPECTOR.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A BATALHA DOS GUARARAPES


Cena final - Foto: Hans Von Manteffeud

Jaboatão dos Guararapes mostrará este ano, mais uma vez, a grande encenação da BATALHA DOS GUARARAPES, de 12 a 15 de Novembro de 2010.

Passados três anos desde a última edição, o Parque Histórico Nacional dos Guararapes será palco do grandioso espetáculo ao ar livre “Batalha dos Guararapes – Assim Nasceu a Pátria” com texto e direção de José Pimentel. As apresentações acontecem nos dias 12, 13, 14 e 15 de novembro, às 20 horas. O público esperado é de 40 mil pessoas, com acesso gratuito.

A sexta edição da “Batalha dos Guararapes – Assim Nasceu a Pátria” conta com patrocínio da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes que, pela primeira vez, assume o projeto como sendo a grande atração histórica, cultural e turística do município. A Empetur e a Fundarpe, também investem na edição 2010 do espetáculo. A montagem leva à cena 64 atores do teatro pernambucano e 250 figurantes das comunidades circunvizinhas.

No elenco, renomados atores da cena local, dentre eles: Reinaldo de Oliveira (Teatro de Amadores de Pernambuco/TAP), Paula de Renor, Ivonete Melo, Alfredo Borba, Sérgio Gusmão, Ana Cláudia Wanguestel, Pedro Francisco de Souza, George Meireles, Manoel Constantino, Didha Pereira e o próprio José Pimentel. A realização é da Métron Produções.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

UMA NOITE DE POESIA, SAUDADE E LÁGRIMAS



O SEXTA DE LETRAS foi sucesso outra vez. Como acontece toda primeira sexta-feira de cada mês, a Academia Cabense de Letras realiza reunião aberta ao público, com palestras sobre temas previamente selecionados e anunciados. O evento acontece na Câmara de Vereadores, a partir das 19 horas e neste 5 de novembro aconteceu a palestra do Acadêmico e poeta Natanael Lima Júnior, sobre a obra e a vida do poeta Paulo Alexandre, conhecido carinhosamnete entre os amigos como Paulo Cultura.

Amigo e companheiro de noitadas e ações literárias, Natanael mostrou a propriedade sobre o tema, analisando a obra intensa de Paulo Cultura e revelando detalhes minunciosos da vida do poeta, falecido ano passado. Foi uma noite diferente no Sexta de Letras, a partir da forma como Natanael fez a palestra, intercalando dados e recitais dos poemas de Paulo Cultura, na interpretação de diversos acadêmicos.

Com a presença dos familiares e amigos de Paulo Cultura, a noitada aconteceu em clima de muita emoção e as lágrimas foram a forma de demonstração de amizade, admiração e saudade do poeta.

No final, tocado por forte emoção, o acadêmico Antonino Oliveira Júnior escreveu um poema, lido e dedicado a Paulo Cultura:

AINDA BATEM EM NOSSOS CORAÇÕES
(A Paulo Cultura, poeta sempre.)
Antonino Oliveira Júnior

Fala, poeta,
A tua voz que não morre;
Fala, poeta,
Teu canto de amor à vida;
Fala, poeta,
Porque, ainda que te deixem longe,
Estarás perto de nós,
Pois teus versos
Não respeitam o tempo,
Não respeitam a distância,
Ignoram a fronteira entre o corpo e a alma
E ainda batem em nossos corações.

5/11/2010

*Antonino Oliveira Júnior é membro da Academia Cabense de Letras.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A COR DA PELE



Antonino Oliveira Júnior

Tempos negros da ditadura,
Preto de raiva,
Tempo feio, escuro,
Negro como a fome,
Preto de alma branca...
Falas do preconceito,
Da injustiça,
Da hipocrisia...

Vejo a negra linda,
O grande dançarino negro,
O batuque dançante,
As lutas da liberdade,
A alegria, o amor, a vida...

África,
Mama África...

E eu, tão sem cor,
Olho estrelas que brilham
E que brilham porque o céu é negro.


*Antonino Oliveira Júnior é membro da Academia Cabense de Letras.

É DIA DE CURTIR A POESIA DE PAULO CULTURA



Hoje é dia do Sexta de Letras na Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho. O evento, promovido pela Academia Cabense de Letras, começa às 19 horas e tem sua programação de hoje voltada para a obra de Paulo Alexandre da Silva, o poeta Pauko Cultura, já falecido.

Tudo começa com uma palestra do acadêmico e poeta Natanael de Lima Júnior, que abordará a obra e a vida do poeta homenageado. Em seguida acontecerá um recital e debate sobre a obra do saudoso Paulo Cultura. Vale a pena conferir. Às 19 horas, na Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR



Antonino Oliveira Júnior*

E mais uma eleição aconteceu. Há cerca de quarenta anos acompanho as campanhas políticas e eleições, no Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco e no Brasil. Achava que já tinha visto de tudo, mas, sinceramente, jamais tinha sido testemunha de uma campanha eleitoral de tão baixo nível, com tanto preconceito explícito, tanta difamação e tanta boataria. Tudo o que pode ser chamado de “negação do bem” foi feito para se realizar uma falsa “cruzada contra o mal”, tentando emplacar uma candidatura arrogante e prepotente, que posou de bom moço, defensor das famílias e arauto cristão, alternando momentos de encenação, ora como um padre à beira de beatificação em vida, ora como pastor enaltecendo a salvação. Em outros momentos, a humildade dos espíritas fluiu no jeito manso e no olhar caridoso. Um poço de hipocrisia. Em momento algum conseguiu convencer o povo do Brasil, principalmente pelo seu olhar de homem frio. Ainda bem. Aliou-se ao que há de mais atrasado no catolicismo (a famigerada TFP) e a crentes acostumados à manipulação de pobres fiéis. E ainda contou com a grande mídia para veicular a boataria pelo país afora. Mas, quem leu ou ainda quiser ler a revista ISTO É, de 27/10 poderá entender ainda melhor a verdadeira face da farsa. Os acordos espúrios nos bastidores, um andar inteiro no seu Comitê Central só para “doar” recursos para “obras sociais” de crentes (tá na revista).

Claro que não podemos generalizar, nem deixar de reconhecer que existem lideranças religiosas sérias, que estiveram com Serra por consciência política, outros poucos por equívoco, mas, uma parte enorme desse bolo, acostumada às benesses surgidas nas campanhas eleitorais, assumiram o papel, nada cristão, de espalhar a boataria contra a candidata Dilma, fazendo verdadeiras lavagens cerebrais nas suas comunidades religiosas, criando uma legião de “sem miolos” a repetir palavras e frases de seus “líderes”. Esqueceram ou não quiseram lembrar que existe uma passagem bíblica, que diz ser o escândalo um pecado, mas, que pecado maior é praticado por quem serve de veículo para a propagação do escândalo. Mas esse tipo de liderança não está “nem aí” para a Palavra, prefere seus interesses pessoais. Distanciam-se cada vez mais de Jesus e de Seus ensinamentos. Mas eu prefiro ficar do lado de Jesus, que na sua época chamava os sacerdotes de então de “raças de víboras” e “sepulcros caiados”. Aliás, foram os sacerdotes os grandes algozes de Jesus. As trinta moedas dadas a Judas não saíram dos cofres do Império Romano, mas, dos recursos dos sacerdotes.

Não sou petista e muito menos contras as religiões, porém, não poderia deixar passar em branco uma perseguição descabida a uma mulher que passou a vida inteira a lutar, em alguns momentos contra a ditadura militar que infelicitou o Brasil, em outros momentos para fazer valer a sua competência nos diversos governos em que participou e, finalmente, contra o preconceito de ser mulher e ousar ocupar o mais alto cargo da política de um país.

Sou radicalmente contra o aborto, por princípios cristãos, mas, foi lamentável ver que tentaram tornar pequeno o debate sobre um país tão importante quanto o Brasil. Padres, Pastores estrelas de TV, Pastores outros, menos famosos, e outras lideranças religiosas, esqueceram o que Jesus pregou.

Não sei como eles estão hoje, depois que as eleições passaram e eles viram o povo ignorar seus gestos anti-cristão. Mas não devem estar tristes e ainda esta semana estarão nos seus templos, falando de Deus, de Jesus e à espera de novas eleições, daqui a dois anos. Aí, eles voltam à cena para novas conversas reservadas. E, na hora H, preferem entrar no racha daquilo que era prá ser só de César.

*Antonino Oliveira Júnior é um cristão convicto e membro da Academia Cabense de Letras.

LIDERANÇA SEM ARROGÂNCIA



Jairo Lima*

No mundo contemporâneo todas as brechas possíveis para a sobrevivência de um líder que exerce sua autoridade com autoritarismo, baseando-se no culto a própria personalidade, estão sendo fechadas pelas mudanças naturais que o amadurecimento nas relações sociais impôs.

A arrogância, que mais desagrega do que une, se projeta em símbolos e rótulos, para se sentir confortável. Quem a exerce pode até ser chefe, mas nunca um verdadeiro líder. Ela pode ter diversos sintomas, dentre os mais detectados, a insegurança, fruto de uma imaturidade emocional, que não permite o reconhecimento de erros, que não respeita opiniões e sugestões.

Os arrogantes são mestres em colecionar fracassos, posto que se acham equivocadamente ungidos pela certeza infalível. Olham o mundo de fora para dentro e consideram-se todos ao seu redor vivendo em função dos seus objetivos, que na verdade nada mais são do que “monstros” que lhe perseguem, ameaçando-lhe a estabilidade emocional que ele pensa ter.

Muitos temem o arrogante, o consideram perigoso e ameaçador, mas quem o conhece mais profundamente se surpreende com um espírito sem paz consigo mesmo e entregue totalmente a um ambiente umbralino, de onde pede silenciosamente socorro.


*Jairo Lima – É membro da Aacdemia Cabense de Letras e diretor da Sociedade Espírita Casa do Caminho

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

UM SEXTA DE LETRAS ESPECIAL




Acontece nesta sexta-feira, dia 5/11, mais uma versão do Sexta de Letras, realização da Academia Cabense de Letras. O evento acontece na Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho, a partir das 19 horas e desta vez terá como palestrante o poeta e membro da ACL, Natanael Lima Júnior. O tema é a poesia de Paulo Alexandre da Silva, o nosso Paulo Cultura.

Sobre o evento de sexta-feira, assim falou Natanael Lima Júnior:

PAULO ALEXANDRE DA SILVA – Um olhar sobre a poesia social, lírica, existencial

Paulo Alexandre da Silva foi detentor de uma palavra vigorosa e despojada de qualquer retórica formal, rançosa e altissonante: “a palavra que nomeia, a palavra que traduz, a palavra que semeia” – estas foram a munição do poeta.

Foi um poeta engajado, adaptava sua ação às suas ideias, e o fazia cotidianamente. Sempre encarou a poesia como meio de expressão legítima de suas crenças humanísticas, sociais, filosóficas e políticas. Por isso sua voz foi sincera, vibrante e capaz de contagiar o leitor em sua concisão viril e nunca panfletária.

Sua poesia se concentra basicamente em três linhas: nos poemas de temática social, nos de feição lírica e existencial.

A variedade temática que ele abordou na sua intensa produção poética multifacetada, não significou dispersão, mas domínio seguro de um fazer poético que de poema para poema se adensa e se refina. Paulo Alexandre tem assim a singularidade, entre todos os novos poetas do Brasil.

EXPOSIÇÃO SOBRE VIDA E OBRA DE PAULO ALEXANDRE DA SILVA
DIA: 05/11/2010
LOCAL: CÂMARA DE VEREADORES DO CABO DE SANTO AGOSTINHO
HORA: 19h30
EXPOSITOR: NATANAEL LIMA JR - Membro da Academia Cabense de Letras

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

EVOÉ - HOJE É DIA DO FREVO-DE-BLOCO



Comemorada hoje, 01 de Novembro, a data foi instituída quando da homenagem ao centenário de nascimento do compositor Edgar Moraes, em 2004.

O Frevo de Bloco é o lado romântico e lírico do carnaval de Pernambuco, geralmente executado por corais, acompanhados por orquestras de cordas.

“Ouvir um Frevo-de-Bloco com os olhos fechados, é ver o carnaval com os olhos do coração” (Antonino Oliveira Júnior.

DEIXANDO DE FINGIR: CRIANDO UMA CULTURA DE AUTENTICIDADE


Erivaldo Alves

“Todavia, não vos escrevo mandamento novo, senão mandamento antigo, o qual, desde o princípio, tivestes. Esse mandamento antigo é a palavra que ouvistes”(Apóstolo João Evangelista em sua 1a. Epistola cap.1 e verso 8).

Todos nós fingimos ser alguém que não somos à semelhança de crianças. Já adultos buscamos ser nós mesmos. O medo da reprovação leva ao fingimento. O desafio que temos pela frente é sermos menos do que perfeitos. Ou seja, sermos sinceros. Isto levá-nos ao respeito por parte dos outros. Um desafio que se impõe: Abrirmos mão da nossa necessidade de fingir. Os líderes religiosos da época de Jesus eram fingidos e Jesus os confronta o tempo todo – “Raças de víboras... Sepulcros caiados...”. Quiseram saber qual o maior mandamento e Jesus lhes respondeu: “Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.”

A igreja precisa de pessoas sinceras que não finjam ser o que não são. A igreja precisa estabelecer um clima onde as pessoas não precisem fingir.
Ser autêntico: Bia era bissexual; Bill era envolvido com drogas; Charles era viciado em sexo. Todos se deram a conhecer e Jesus os salvou e transformou-os. Nós, liderança religiosa, aprendemos pouco nos nossos seminários em como lidar com essas pessoas que nós as chamamos de difíceis.

A autenticidade começa comigo. Os líderes religiosos precisam ser autênticos. Devemos lembrar que não somos melhores do que foram os líderes espirituais da época de Jesus. De fato, não somos melhores do que Pedro. Do que Tiago e João. Do que Paulo. Do que Tomé. Todos esses eram seguidores de Jesus e se deram a conhecer e foram aceitos.

Ser transparente é se permitir ser: Vulnerável, frágil, débil, biruta, torrão de barro. Uma cultura de autenticidade é extremamente libertadora. Requer exposição por parte das pessoas.

A armadilha do isolamento. A ilusão da blindagem conduz a uma vida dúbia com facilidade de criticas ao semelhante e assumindo-se uma postura de juiz e fariseu. Esse procedimento projeta a pessoa por um bom tempo, mas por fim a verdade aparece e essas pessoas saem da redoma que supunham estarem. A autenticidade derruba a barreira que impede as pessoas de procurarem a fé e a igreja. Autenticidade e graça andam juntas. A autenticidade sozinha pode ser perigosa se antes não houver um ambiente de aceitação e graça.

Interação
1. Que temores você deve enfrentar a fim de ser autêntico em sua liderança?
2. Você está disposto a encontrar uma pessoa confiável e abrir o seu coração para ela quanto as suas vulnerabilidades?
3. Você acredita na sinceridade de sua liderança na igreja local?

*Erivaldo Alves é Pastor da Igreja Batista da Cohab e membro da Academia Cabense de Letras.











sexta-feira, 29 de outubro de 2010

LEMBRANÇA PARTIDA



Natanael Lima Júnior*
a Ronildo Albertin e Cristiano Ferreira

ah! amigo

essa saudade é que não passa...

nosso sonho irrevelado

em cada canto da casa

ainda pulsa e vibra de emoção


ah! amigo

essa dor é que não passa...

e a madrugada posta sobre a mesa

embriagada partiu sem cor

morta e sem amor


ah! amigo

essa amizade é que passou...

e a lembrança partida é o que restou

a vida é desse jeito

afasta corta dilacera mutila

e continua o sonho pra sempre...

sem sorriso

sem lembrança

e sem dor



Outubro/2010

*poema inspirado na canção “Asa Partida” de Raimundo Fagner

*Natanael Lima Júnior é membro da Academia Cabense de Letras.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

GRUDAGE - UM GRUPO VENCEDOR



O Grudage, que há quase três décadas nasceu no Cabo de Santo Agostinho, corre o mundo com seus trabalhos competentes e de apelo popular. Por onde passa e se apresenta, o GRUDAGE é sucesso absoluto. Agora, é acessar o youtube e ver cenas, incluindo as trilhas sonoras, dos seus principais espetáculos. A maioria das músicas utilizadas pelo GRUDAGE vem pelas mãos competentes de Osvaldo Costa, compositor, cantor e músico do Cabo de Santo Agostinho.

O GRUDAGE é mais um orgulho das artes cênicas do Cabo de Santo Agostinho.

PÉ-DE-SERRA COM JOÃO SALES



O cantor cabense JOÃO SALES anunciando para breve o lançamento de seu novo CD, que vem com muito xote e o mais autêntido forró pé-de-serra nordestino. João Sales é um dos guerreiros da cultura no Cabo de Santo Agostinho e começou a carreira como cantor romântico.

Agora chegou a hora do mais autêntico forró nordestino.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

OBRIGADO, PELÉ



Antonino Oliveira Júnior*

O mundo inteiro está homenageando Pelé, no momento em que ele cmpleta 70 anos, numa prova inconteste de sua importância, como atleta, no mundo dos esportes, especialmente o futebol. Como único jogador de futebol a fazer mais de mil gols (sem armações), Pelé encantou o mundo com seus dribles e seus gols e foi um exemplo de atleta, dentro e fora de campo, o que o levou a ser reverenciado em todas as praças esportivas em todos os países.

Pelé foi um fenômeno como atleta, sendo considerado, até os dias de hoje, como o melhor jogador de futebol em todos os tempos. Aliás, foi considerado e reconhecido como o "atleta do século". Sou um privilegiado, por ter vivido numa época em que Pelé desfilou seu belo futebol nos campos do mundo todo.

Parabenizamos Pelé pela passagem do 70º aniversário de vida e aproveitamos a oportunidade para agradecer a ele pelo exemplo que sempre foi, como atleta que jamais recorreu a meios escusos para se projetar e/ou sair vitorioso nas disputas em que participou.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

VÉIO MANGABA PROCURA PASTORA



Nesta quinta-feira, 21 de outubro, às 19h, na sala de ensaio do Teatro de Santa Isabel, a Paulo de Castro Produções vai fazer audição para selecionar quatro artistas, maiores de 18 anos, que irão integrar, como pastoras, o espetáculo cênico musical "No Tablado do Véio Mangaba", protagonizado pelo multiartista Walmir Chagas, com direção de Romildo Moreira e direção musical de Beto do Bandolim. As atrizes devem ter noção de canto e dança e irem com roupa adequada para movimentação corporal baseada no pastoril profano, onde a saia é figurino permanente. Maiores informacoes 3082 2830.

Foto de Mayra Marcelino

SOLTE AS AMARRAS


SOLTE AS AMARRAS
*Erivaldo Alves
“Os homens são pássaros que amam o vôo, mas têm medo de voar. Por isso abandonam o vôo e se protegem em gaiolas” Rubem Alves.

Parece muito real o fato que sonhamos o vôo, mas tememos as alturas.
Atualmente, os seguimentos religiosos, parecem uma enorme feira onde se vendem pássaros engaiolados de todos os tipos. Às vezes, esses pássaros saem de uma gaiola (uma religião) e entram noutra.

Fica claro que os hereges, são os pássaros que não se deixam prender. Quando as gaiolas são feitas de ferro, é fácil percebê-las, mas quando são de ensinamentos, doutrinas, dogmas, prendem por dentro. E ai fica difícil escapar. E quando se escapa, as feridas aparecem e as doenças da alma são notórias. Quem já creu e não crer mais que o digam.

Quebrar essas gaiolas internas não é fácil! Pois elas “dão segurança”. Uma espécie de liberdade dentro da prisão. Há muitas gaiolas diferentes. Mas todas elas são gaiolas. Geralmente os donos dessas gaiolas e dos pássaros, são donos da verdade e absolutos em seus posicionamentos

Livrar-se das coisas que nos mobilizam em um só lugar não é tarefa fácil. Em um jogo de cartas, o segredo dos vencedores, está em saber descartar. Na vida, como no jogo de cartas, o que importa é saber descartar – se livrar dos embaraços.

Forças ou hábitos exercem profunda influência. Terei de me livrar deles. Principalmente daqueles que me condicionam. O escritor aos Hebreus põe a questão da seguinte forma: “Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta” (Hebreus 12.1).

Precisamos descartar o que quer que nos atrapalhem.
Precisamos descartar as prioridades erradas que nos impedem de chegar ao que é mais importante. Talvez o problema seja o medo, ou a dúvida, ou o sentimento de inadequação. Deus chamou Moisés para governar seu povo, mas Moisés não queria sair do seu lugar. Sua baixa auto-estima o conduziu às seguintes evasivas: (conf. Êxodo 3.11, 4.1,10)
• “Quem sou eu para apresentar-me a faraó?”
• “E se eles não acreditarem em mim nem quiserem me ouvir?”
• “Nunca tive facilidade de falar”
• “Não consigo falar bem”

Para soltar as amarras, se faz necessário se desprender da necessidade de segurança e proteção.

Às vezes o que nos prende, a corda que nos segura, é um irmão nosso, um de nossos pais, o nosso líder (foi assim com Davi). Conforme O livro de I Samuel 17.28. Há algumas pessoas em nossa vida que são nossas cordas. Isto é, são pessoas que nos prendem. São aqueles que quando levantamos vôo eles se sentem presos e não voam conosco. No de Davi era seu irmão Eliabe que após ver seu irmão sendo ungido como rei de Israel, assim se referiu a ele: “Por que você veio aqui? Com quem deixou aquelas poucas ovelhas no deserto? Sei que você é presunçoso e que o seu coração é mau” (I Samuel 17.28).

Às vezes nossas cordas são imperceptíveis para nós e até gostamos das amarras. Isto porque nos sentimos seguros e não corremos risco. No filme Sonho de Liberdade o personagem interpretado por Morgan Freeman, fala do medo dessa liberdade sentida por quem passou tempo demais preso:
“No começo, essas paredes, você as odeia. Elas te deixam louco. Depois de algum tempo você se acostuma com elas, nem mais nota que elas estão aí. Até que chega o dia em que você se dá conta de que precisa delas”.

Muitos de nós nos queixamos das amarras ao invés de desatá-las. Há quem goste de status de vítima. Se alguém se aproxima e desata-lhe as cordas, ela mesma torna a amarrar-se.
Algumas perguntas que podem ajudar à liberdade:
1. Que cordas estão lhe amarrando?
2. Você deseja arrebentá-las?
3. Ou você já está acostumado? Está com medo da liberdade?
4. Você pode libertar-se sozinho ou precisa da ajuda de alguém?

Reflexão por ocasião do culto de ação de graças do Ministério de Homens da IEBC
17.10.2009 PIEBGarapu -28.04.2010. Pastor Erivaldo Alves.

*Erivaldo Alves é Pastor da Igreja Batista da Cohab e membro da Academia Cabense de Letras.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

ELEGIA AS COISAS QUE FAÇO


Natanael lima jr


no poema que me traço

ameaço e abraço

às vezes me faço sujo

às vezes me faço limpo...



às vezes me faço coisas

restos migalhas lembranças

às vezes as coisas fazem

renascem brotam ressurgem



no poema que me traço

eternamente me busco

passo a passo

frente a frente

lentamente...



no poema que me traço

todas as coisas

um dia existirão...


*Natanael Lima Júnior é membro da Academia Cabense de Letras





Outubro/2010

CABO DE SANTO AGOSTINHO


Jairo Lima*

por não solu~çar quando chora,
sofra mais.
Pois que os apelos movem a compaixão.
Que solidão!
E segue assim, morrendo, minha cidade.
Ai, que maldade...

*Jairo Lima é membro da Academia Cabense de Letras.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

NAS TUAS MÃOS, NO TEU CORAÇÃO



NAS TUAS MÃOS, NO TEU CORAÇÃO
Antonino Olivweira Júnior (Ao meu amigo Gilvan Loureiro)

Quantas vezes
na angústia do não estar bem,
procuramos, no desespero, quase sempre,
o acalanto das mãos,
a firmeza do saber,
a força da esperança
do sentir aliviado,
do vislumbrar horizontes (novos e os já distantes);

Em ti,
encontramos muito mais
que as mãos,
que o saber, bem mais que as drogas que curam,
mas, um coração que acolhe,
que devolve a vida
de dentro e de fora,
um olhar terno
de um homem que cura
e chora com a gente.

PROFESSOR EM PERNAMBUCO



Ivan Marinho*

PROFESSOR EM PERNAMBUCO

Acorda cedo e se assusta

Com a conta da luz

Que economizara,

Brigando com os meninos

Que não apagaram

A luz lá da sala.

Toma o café rotineiro

E, resignado, nem vai reclamar

Dessa torrada sem queijo,

Do adeus sem beijo,

Da conta do bar.

O Uno na oficina,

O cartão do vem é a solução

E a espera no ponto

Parece o Muro da Lamentação.

Sobe, atrasado, no aperto

Pensando num jeito

Pra vida mudar.

Mais apertado é o tempo

Que impede o alento

De poder sonhar.

Então, tomado de orgulho,

Com seu patrimônio de sabedoria

Impõe a pouca leitura

Dessa vida dura

De pouca alegria.

No sindicato discute

A forma eficaz\

De mobilização,

Mas crente que enterraram

Cabeça de burro

Nessa profissão.

De um governo fascista

Recebe algum brinde

No dia da classe,

Como se fosse esmola

O patrão enrola

Com riso na face.

Com dois ou três vínculos

Esquece que a vida

É mais do que pão

E o dia inteiro

Com pouco dinheiro,

Tem vida de cão.

Mas se acostuma

Comendo a merenda

Sempre a reclamar,

Mas reclamação

Quando é solitária

Não pode ecoar.

Na sala de aula

A sua didática

Se adéqua ao contexto,

Pois bem prevenido

Tem desenvolvido

Seu sentido sexto,

Que faz reparar

O cano de ferro

Nos quartos do mala,

Então avalia

Adequando a nota

Ao medo da bala.

Sua autonomia

É a mais valia

Do corruptor,

Que pelo que capta

Faz dos seus ouvidos

O de um mercador.

E condicionado a aprovação

Não pode cobrar

E no fim do ano

Letivo se obriga

A ter que passar,

Pro rato do Estado

Com boa estatística

Poder captar.

E contra à lógica

Pede para o tempo

Lhe antecipar,

Mais perto da morte,

Sua única sorte:

Se aposentar.

(poema selecionado para a coletânea do SINTEP)

*Ivan Marinho é membro da Academia Cabense de Letras

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

ERGONOMIA


Alberto da Cunha Melo*

O grande trabalho é do amor
sem bronzes, sem assinaturas,
no ar do espaço, na hora do tempo,
pólen de Deus nas criaturas,

a palavra quase sem eco
a injetar humos no deserto,

Mãos de franciscos, de terezas,
que repartem, ocultamente,
suas migalhas sob as mesas,

ou energia sem fronteiras,
que acende todas as estrelas.

FEIJOADA COM SAMBA


O grupo Enseada do Samba se apresentará neste domingo, 17/10, no Bar da Piscina da Pousada Caravelas de Pinzon em Gaibu. Eles estão animando a Feijoada Musical oferecida pela Pousada para hóspedes e o público em geral. O trio é formado por: Julio Samico (voz e violão), Vadinho do Cavaquinho, também integrante do grupo Regional Novos Rumos, e Billy King, percussionista brasileiro que já encantou a Alemanha. O grupo anima o domingão, à partir das 12h, com muito samba instrumental e cantado músicas autorais de mestres como Pinxinguinha, Luiz Bandeira (PE), Ari Barroso, Adoniran Barbosa, Paulinho da Viola, Chico Buarque de Holanda, Sergio Sampaio, Martinho da Vila, Benito de Paula, entre outros. A entrada é franca.
Reservas pelo fone:35120463 / 35121194

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

VOSSAS EXCELÊNCIAS


Paulo Cultura*

Cidadãos que se tratam de Vossas Excelências
Mas vivem se agredindo entre si
Respeitem o povo e o que o povo lhes deu
Se rasguem, se mordam, se matem entre si
Porém não deixem que suas brigas
Saiam dos bastidores sujos
Desse circo sujo
O homem comum
O humilde trabalhador
Nada tem haver com a ganância e egocentrismo
De vossas Excelências
Vossas Excelências que pertencem ao partido da opressão
Do egoísmo e da traição
Nunca mais apareçam nas praças da minha cidade
Para pedir voto ao povo
Isto porque: Vossas Excelências nem povo merecem ser
O povo tem memória
E da próxima vez
Vossas Excelências serão
Vossas Excelências nas casas das Vossas Excelências.


Paulo Alexandre da Silva (Paulo Cultura) é o Patrono da Cadeira nº 8 na Academia Cabense de Letras ocupada pelo acadêmico Natanael José de Lima Júnior.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

CRIANÇAS NO TEATRO


Antecipando o Dia das Crianças, comemorado na próxima terça-feira, dia 12 de outubro, que tal programar um passeio aos teatros com a meninada neste fim de semana? Eis algumas opções no Recife:

Ilusão – Um Ensaio Melodramático Circense

Com a Trupe Circus, iniciando temporada neste final de semana, até 28 de novembro, na sede da Escola Pernambucana de Circo (Av. José Américo de Almeida, n. 05, Macaxeira. Tel. 3266 0050), sempre aos sábados e domingos, às 16h30, com entrada franca. Misturando circo (em números de pirofagia, acrobacias, palhaçadas, trapézio, malabares e tecido), teatro, música ao vivo e dança, a montagem acompanha as experiências de uma jovem que conhece o primeiro amor e enfrenta o desafio de largar a família e seguir na vida mambembe circense.

Palhaçadas – História de um Circo sem Lona

Com a Cia. 2 Em Cena. Direção: Alexsandro Silva. O espetáculo conta a tragicômica história de dois palhaços, Risada e Risadinha, que, após o incêndio do circo onde trabalhavam, resolvem ir às ruas para apresentar suas palhaçadas, tentando, assim, reconstruir um novo circo, o Circo Brasil. Em cartaz no Espaço Cultural Inácia Rapôso Meira (Rua da Glória, 465, Boa Vista. Tel. 3421 3503) com duas seções somente aos domingos, às 15 e 17h, até final de outubro. Ingresso: R$ 5 (preço único promocional).

O Menino Sonhador

Com a Marcus Siqueira Produções Artísticas. Texto e direção Didha Pereira. Neste musical infanto-juvenil, o tema da ecologia é vivenciado por um garoto que, rejeitado por outras crianças, tem um barquinho de papel como grande amigo e confidente. Pretendendo colocá-lo para velejar, mas diante da falta d’água no lugar em que mora, ele parte numa aventura e vai encontrando personagens fantásticos como a Mãe da Natureza, a Comadre Fulozinha e a Nuvem Cúmulus. Em cartaz, até final de novembro, sempre aos sábados e domingos, às 16h30, no Teatro Marco Camarotti (Sesc de Santo Amaro. Tel. 3216 1713). Ingresso: R$ 20 e R$ 10 (crianças, estudantes, professores com carteira e maiores de 60 anos).

Trabalhando da melhor forma a disciplina na escola


Nadja Nascimento*

Quando se fala em disciplina, logo nos vem à cabeça submissão, ordens impostas, subordinação, mas é assim mesmo que a disciplina foi traduzida na maioria dos dicionários de língua portuguesa e no cotidiano em que vivemos. Na escola, o assunto preocupa professores e aborrece alunos, pela simples confusão que fazemos ao confundir disciplina com imposição, é preciso que a escola tenha bem claro e definido seu conceito de disciplina, porque é em seu interior que são desenvolvidos e promovidos nossos primeiros valores.
Disciplina é um hábito que se aprende e que facilita as passoas no cumprimento de suas obrigações na vida em sociedade, isso se dá num trabalho que envolve a todos, sendo construído gradativamente de acordo com as necessidades de cada um. O renomado escritor Içami Tiba, define disciplina como a “qualidade que faz o ser humano cumprir suas propostas, mesmo sem ser cobrado por alguém, pois sabe que a responsabilidade é sua.” O professor, assim como toda equipe pedagógica de uma escola, deve estar atento a cada fase do desenvolvimento humano, assim fica mais fácil introduzir as normas disciplinares de forma saudável e natural, sem pressões, muito menos rigidez, criando um ambiente que a autonomia e a autodisciplina caminhem lado a lado.
Todos nós sabemos, que na fase da adolescência os conflitos em sala de aula constumam aumentar, é uma fase marcada por mudanças comportamentais, rebeldias e é o momento onde os professores têm que se desdobrar para manter o equilíbrio e atrair seus alunos. O aluno adolescente, precisa sentir-se seguro, confiante, estimulado e o professor poderá conseguir isso facilmente, começando por tratá-los com estima e respeito, deixando as posturas autoritárias e tradicionais de lado, inovando, criando aulas dinâmicas e atraentes, onde o aluno possa encontrar as respostas que procura para o desenvolvimento da sua identidade. Claro que, limites, direitos e deveres devem ser deixados claros desde cedo, mas as regras se tornam mais facéis de serem cumpridas, quando todos participam ativamente do processo de criação das mesmas, o que chamamos negociação, que vai das atividades, até a melhor forma de avaliá-las. Precisamos de uma escola que forme cidadãos conscientes, críticos e atuantes, que promova a liberdade e a capacidade de sonhar.

Nadja Nascimento é Pedagoga

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

OS OLHOS DOCES DE CAMILA



Frederico Menezes*

Lá estava ela, quase deitada no sofá. Séria e suave. Traços tão delicados que se assemelhavam a um amanhecer. Quatro para cinco anos de idade. Vem me abraçar com uma delicadeza que impressiona. Ela oferece o rostinho para que a beije. Observo seus olhos ali, bem de perto. E espanto-me com o que vejo.

Quem é Camila? De onde vem Camila? De que céu, de que nave, de que édem?

Seus olhos refletem uma doçura não melosa, mas firme. Terna expressão, mas que não incute qualquer idéia de fragilidade. Fala com desenvoltura e parece saber o que quer. Quando nos encontramos na rua, corre e abre os braços de uma maneira tal que parece querer nos guardar em seu coração.

Meu irmão - o avô de Camila - me fala de sua maturidade, das tiradas próprias de uma alma vivida.

Ah, os olhos doces de Camila. Eu os olho e vejo a nova Terra, o novo édem, a nova era. Vejo a volta da limpidez e a sinceridade de retorno. Vejo as promessas proféticas se concretizando e vejo que o amor passeia pelo mundo e o mundo não vê. Sei que Camila tem defeitos, sim. Essa crônica é inspirada pela esperança e pelo coração que varre o infinito na ânsia de ver os anjos descendo. Enquanto não tenho certeza de onde eles estão, deixo-me entregue, feliz, em ver os doces olhos de minha pequena Camila, minha sobrinha-neta.

*Frederico Menezes é membro da Academia Cabense de Letras

Obg, Fred, por tão bela homenagem à minha netinha. (Antonino Oliveira Júnior)

ACADEMIA DE LETRAS E JOSUÉ DE CASTRO



Frederico Menezes fêz palestra e recebeu homenagens.

Aconteceu no dia 01 de outubro mais um Sexta de Letras, realizado pela Academia Cabense de Letras, na Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho. O Plenário esteve cheio e a platéia pode se deliciar com uma excelente palestra de Frederico Menezes sobre Josué de Castro, dando uma verdadeira aula de sociologia e de humanismo.

Além da palestra do Sexta de Letras, houve um momento especial, quando o acadêmico Frederico Menezes recebeu homenagem da Câmara de Vereadores, que o condecorou com a Medalha Josué de Castro, um projeto do Vereador Ricardinho, homenageando o palestrante, que comemora este ano 30 anos de Oratória Espírita. Na platéia,familiares e amigos de Frederico, representantes dos jornais Gazeta Popular, tribuna Popular, Rádio Calheta FM, Rotary Clube, Grande Loja Maçônica de Pernambuco, além, do agora Deputado estadual Betinho Gomes. Uma caravana de espíritas de João Pessoa se fêz presente.

A acadêmica Vera Rocha, Presidente do Grupo Espírita da Paz, de Ponte dos Carvalhos, entregou a Frederico Menezes uma Placa, em nome da instituição que preside, em homenagem às três décadas como Orador espírita.

Após o evento, os acadêmicos foram para o Restaurante e Pizzaria Malagueta, para uma noitada de vinho, pizza e outros petiscos. E muita conversa.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

ONÍRICO



Antonino Oliveira Júnior*

Desejos emanam
com ímpeto e furor,
rimas descem ao papel
como lágrimas que umedecem a face.
A liberdade é como o mênstruo,
certeza viva,
que alimenta a própria razão de ser.
Estradas e ruas de flores,
sentimentos derramados como lava,
a mente maior que o físico,
mão de todas as cores
formando correntes
e a certeza de vitória
nos sonhos concretos do poeta.

*Antonino Oliveira Júnior é membro da Academia Cabense de Letras.

O POEMA



Geraldino Brasil

O poema não pode ser uma conjunto de palavras como este
dando uma definição dicionária.
Nem oferecendo uma indefinição.

Deve ser melhor
do que bom apenas
e não acabar como o sorvete
que se tomou sem a namorada.

As palavras procuradas pelo seu poeta
não serão daquelas que o leitor
tenha de consultar o dicionário
ou, pelas outras do poema,
o deixam desisteressado do trabalho.

O poema deve menos falar e mais dizer.
Pode ter de gritar
a quem tem ouvidos moucos.
Pode falar a quem sabe
ouvir silêncios de uma pessoa que conversa.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

ESSA TRISTEZA...



ESSA TRISTEZA...
Antonino Oliveira Júnior


Ah!
essa tristeza que não sai de mim...

Os raios de sol
chegam como nuvem
nublando meu quarto...

Faz silêncio,
um silêncio ensurdecedor,
como a dor do não ouvir...

Faz escuro,
um escuro incandescente,
como a dor do querer ver...

Ah!
essa tristeza que não sai de mim...

*Antonino Oliveira Júnior é membro da Academia Cabense de Letras