quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

COMPUTADORES A LENHA, CHIPS A VAPOR

Malungo

Mãos analfabetas folheiam cordéis digitais.
Paralíticos binários dançam cirandas ancestrais.
Os alto-falantes vomitam os sons dos sintéticos
baiões.
Um bando alienando o povo com seus forrós
charlatões.

Neurônios, fios e tomadas.
Circuitos e impulsos nos pés
Dançando um maracatu elétrico.
Das mãos saem faíscas;
Palmas pro coco de roda!

Um pensamento plugado na eletrosfera
E um cérebro iluminando quarteirões.

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