terça-feira, 26 de abril de 2011

QUE JESUS É ESSE?

Antonino Oliveira Júnior*

Costumo sempre meditar e refletir sobre o Evangelho de Jesus e a sua importância para a humanidade. Cada vez que leio, mais apaixonado fico pelo Evangelho que expressa o pensamento do Homem especial que Deus nos enviou. Exemplo de amor, justiça, igualdade, Jesus trouxe para o mundo em que vivemos o exemplo que resume a vontade do Pai Supremo.

Como cristão aprendi que o amor deve ser a tônica da existência humana, a razão do existir, o começo, o meio e o fim de todas as vidas, para que a humanidade consiga conviver em harmonia e respeito mútuo. Combater o bom combate, ser mensageiro de luz e condutor do amor, segundo meus entendimentos, deveria ser a base para uma vida cristã.

Infelizmente, chego à triste conclusão de que estamos vivendo uma fase de decadência do cristianismo, uma vez que constatamos, dia após dia, que os segmentos religiosos afastam-se de Jesus, da humildade, do perdão, da renúncia, para enveredar pelos caminhos da vitória numérica, como se estivessem a disputar um espaço no mercado dos negócios, mais parecendo a disputa entre Coca-Cola X Pepsi-Cola ou, ainda, a cerveja Brahma X o cervejão. Certo dia assisti uma liderança evangélica tremendo de emoção ao relatar que realizaram uma ação evangelística e conseguiram “salvar” para Jesus as almas de cinco católicos e três espíritas. Seria cômico, se não fosse trágico. Quando todos irão entender que nossos irmãos cristãos não são os nossos inimigos? Que salvar almas para Jesus é, na verdade, trabalhar os que se encontram nas trevas da ignorância e do desamor? Cristão é Cristão, católico, evangélico ou espírita, cada um com seus equívocos, com seus erros e acertos. Respeitar o irmão de outra religião é condição primeira para uma convivência cristã, o grande desafio do novo milênio, em nossa humilde observação. Por que é tão difícil conviver com respeito? Afinal, que Jesus é esse adorado pela maioria, que insiste na criação de um Evangelho que atenda suas necessidades de afirmação (de qualquer espécie)? Que Jesus é esse, formado nas cabeças doentias e/ou equivocadas de “líderes” religiosos que pregam o crescimento físico/quantitativo em detrimento do crescimento da fé e da religiosidade? Que Jesus é esse, adorado pelos que acham importantíssimo o seu segmento chegar a 45%, enquanto o outro, também cristão, caiu de 60 para 52%?

Será muito difícil ganharmos a batalha final contra o mal, se as forças do bem continuarem divididas e enfraquecendo a maior bandeira no combate ao mal, o Evangelho de Jesus.

Entendo que é chegado o momento de dar um basta. Como evangélico e batista por convicção, insisto na possibilidade de unidade, de ações realizadas com as religiões cristãs unidas, atuando em harmonia para enfrentar com força e possibilidades reais de vitória, ao poderoso exército do mal que atormenta a humanidade. Ninguém precisa deixar de ser Crente, nem Católico, nem Espírita. Todos precisam apenas ser cristãos, trabalhando a formação de uma consciência única, de respeito, de convivência de irmãos, para que tenhamos a força necessária, não força física, mas, a força maior do amor deixado por Jesus, para, finalmente, ver triunfar o que há de mais verdadeiro e importante, o Evangelho de Jesus.

E, para finalizar, um ensinamento bíblico: “Se nos amarmos uns aos outros, Deus habita em nós”.

*Antonino Oliveira Júnior é da Igreja Batista da Cohab e da Academia Cabense de Letras.

Um comentário:

  1. cara parabéns jamais eu imaginava que de uma pessoa evangelica, teria uma mente abençoada de sabedoria sobre os evangelicos e demais religiões te dou nota dez veio.

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