segunda-feira, 12 de abril de 2010

TEMPO ÁCIDO



Malungo


No Bairro dos Coelhos,
Becos e vielas
Trafegam dentro de mim.
E me embrenho pela Rua da Glória:
Meio torto, meio saudoso
Do que nunca vivi.

A Cilpe em frangalhos:
Escombros, ruínas,
Ferros retorcidos, desemprego
E o “leite” derramado;
Escorrendo pelo Capibaribe.

Nas margens do rio,
Palafitas à margem de tudo:
Fome e miséria.

As lágrimas azuis das crianças
Enferrujando a velha “Ponte de Ferro”.

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