quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Uma insatisfação geral com a educação atual
Nadja Nascimento
Se perguntarmos a qualquer professor, seja ele de qual for a modalidade, se ele está plenamente satisfeito com a educação atual, a resposta com toda certeza será negativa. Caso um profissional afirme o contrário, peço que, por favor, divulgue sua metodologia de trabalho. Do contrário, admitiremos sem falso moralismos nossas insatisfações, a grande maioria dos professores que tenho tido notícias, está fortemente desgastada, “matando um leão por dia”, lutando contra dificuldades para conseguir se manter bem em suas profissões. Nem precisa ser atuante na área, para que vejamos que a educação brasileira está declarando falência.
Com todos os avanços no âmbito da tecnologia, sabemos que os alunos não são os mesmos, portanto os professores não podem mais se manter indiferentes a esta realidade, não podem mais acreditar que são “detentores do saber” e que seus alunos vão assimilar os conteúdos facilmente, como estava planejado e provando através das mais tradicionais avaliações.
Infelizmente, educação passou a ser secundário nos sistemas políticos, mas ainda não é esse o agravante, chega a ser pior, por exemplo, o profissional de educação trabalhar único e exclusivamente pelo que ganha. O quero dizer com isso? Aquele profissional que se mantém alheio ao que está fazendo, ao seu papel primordial como formador de pessoas, se preocupando somente com questões meramente financeiras e burocráticas. O educar deixou de ser prioridade, desta forma deixamos de atingir metas fundamentais e o que diga os números do IDEB, que não me deixa mentir. Os maiores prejudicados nesse quadro são, sem dúvida nossas crianças, que não têm a opção de estudar, mas os professores sim, eles têm a opção de escolherem ou não essa profissão.
Esse quadro gera as mais diversas consequências, a curto e longo prazo. Questiono, se o futuro está na mão de nossas crianças e jovens, será que a escola está preparando esses alunos para receber o Brasil que vamos deixar? O ponto alto desta mudança deverá partir de quem está mais perto, não dá para sempre responsabilizar algo ou alguém, por uma coisa que podemos sim, fazer a diferença. É o professor se enxergar diferente, revendo sua própria identidade. Fazer a diferença é ser lembrado positivamente para sempre na memória e no coração dos seus alunos e isso o salário não compra.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário