quarta-feira, 30 de novembro de 2011

FALTOU ESPAÇO PARA O PÚBLICO NO CURTA-CABO

ROSAS COM ESPINHO, de Thierry Fernandes
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A segunda noite do Festival de filmes em curtas-metragens do Cabo de Santo Agostinho, Curta-Cabo, mostrou duas coisas muito importantes: a primeira é que o sucesso do Festival é inquestionável, e a outra é que a cidade precisa urgentemente de um espaço digno para sua produção cênica.
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Passava um pouco das 19 horas, quando teve início a segunda noite do Festival, com o teatro Barreto Júnior superlotado e cerca de 120 pessoas na calçada, sem poder entrar. A solução encontrada pela coordenação foi promover uma outra sessão de exibição a partir das 21 horas, quase que lotando os 150 lugares do Teatro.
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Seguindo a programação, a noite iniciou com a exibição de tres filmes convidados: OSSOS DO OFÍCIO, de Yuri Serbedzija, RETRATOS, de Rafael Negrão e Leo Tabosa, e A MENINA E O GIGANTE, de Ademir di Paula, com destaque especial para RETRATOS, pela abordagem do tema (Os travestis que não se prostituem) de forma séria e profunda. OSSOS DO OFÍCIO surpreendeu pela maneira direta e sem floreios com que falou sobre a miséria extrema e as reações humanas diante desse fato, enquanto A MENINA E O GIGANTE divertiu por se tratar de uma ficção de aventuras, bem ao gosto dos adolescentes.
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Na Motra competitiva, tivemos NOIVA, de Cesar Rasc, ANTES DE PARTIR, de Jonatas Douglas, CARTAS PARA UMA DESCONHECIDA, de Hugo Leonardo, e A MENINA DA ESTAÇÃO, de Dennys D'Lima. As produções mantiveram o bom nível da noite anterior, com destaque para CARTAS PARA UMA DESCONHECIDA, de Hugo Leonardo, muito aplaudido pela público.
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Nesta quarta-feira haverá a premiação aos vencedores da Mostra competitiva. É esperado um grande público nesta noite. A cidade merece um Teatro maior, para maior conforto do público dos artistas.

2 comentários:

  1. Parabéns pelo BLOG Antonino! muito bom! Em especial as postagens sobre o CURTA CABO. Trabalho em cinema já a alguns anos porém fazendo meus primeiros trabalhos fora do Cabo.Sou o diretor de OSSOS DO OFICIO produzido pela AURORA FILMES e SAT MAIS. Ficam registrados meus elogios ao filme RELAÇÕES INVISÍVEIS, o único filme que realmente me chamou a atenção no festival, roteiro original, inteligente e de muito bom gosto. Fica então a dica, produção de áudio visual é bem mais do que "uma camera na mão e uma ideia na cabeça" quem participou da oficina tem uma pequena ideia de como é a produção logística e artística de um filme, agora é se profissionalizar fazendo cursos técnicos em áreas especificas da produção de um filme ou em geral e até entrar no curso de cinema da federal. A galera é muito criativa e inteligente, precisam agora é de um aparato técnico e humano profissional para impulsionar todo mundo para dentro da competitiva e até cruelmente capitalista INDUSTRIA CINEMATOGRAFICA.

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