
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
PASTOR ERIVALDO LANÇA LIVRO NA "CASA DO CAMINHO"

segunda-feira, 29 de agosto de 2011
ALIANÇA DIVINA

sexta-feira, 26 de agosto de 2011
FESTIVAL ESTUDANTIL DE TEATRO E DANÇA

9º Festival Estudantil de Teatro e Dança, no Recife, faz últimas sessões de sexta a sábado desta semana
Este final de semana marca as últimas sessões do 9º Festival Estudantil de Teatro e Dança, realizado no Recife pelo produtor Pedro Portugal, no Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife. Tel. 3355 3318), com ingressos a R$ 5 (preço único). Nesta sexta-feira, excepcionalmente no horário das 19h30, será apresentada “Retrato de Família”, espetáculo voltado para o público infanto-juvenil, com o Grupo Teatral Se Der Certo Continua e Escola Municipal Casa dos Ferroviários, do Recife. Texto e direção: Anderson Abreu.
A peça aborda a difícil trajetória de uma criança que, abandonada pelos pais, vive em um orfanato, mas não esquece do seu poder de imaginação e da crença de ainda ser adotada por uma família que lhe ame e aceite da maneira que ela é. Com trilha sonora ao vivo, a peça busca, de forma lúdica e poética, mas com críticas também, mostrar a realidade de famílias, sem esquecer uma interação constante entre atores e plateia.
No sábado, às 16h30, o poético e divertido “Menino Minotauro”, indicado para maiores de oito anos, encerra a programação cênica com 25 crianças e jovens atendidos pelo Ponto de Cultura O Resgate Multi Cultural Manarí Via Progresso, do município de Manarí. Texto: Luiz Felipe Botelho. Direção: Allan Shymytty. No enredo, o encontro do menino Guga com o seu Minotauro, que lhe expõe seus desejos nas primeiras descobertas do sexo, do amor e da velhice que virá.
A entrega dos prêmios acontecerá no domingo, 04 de setembro, a partir das 18h, no Teatro de Santa Isabel, quando, além da participação de artistas profissionais do teatro e da dança, será realizada homenagem especial aos professores Carlos Varella, de teatro, e Flávia Barros, de ballet, com longa carreira formando artistas.
MÚSICA ERUDITA GRÁTIS

No sábado, acontece o grande momento do evento, às 18h, no mesmo Teatro da UFPE, com participação da Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música, sob regência de Henrique Gregori, José Renato Acioly e Sérgio Barza, tendo como solistas o violinista Gilson Cornélio e, em seguida, seis pianistas simultâneos. Foram convidados, Maria Clara Fernandes, Gilberto Tinetti, Fernando Müller, José Henrique Martins, Yuri Pingo e Elyanna Caldas para executar a difícil peça musical para seis pianos e orquestra, “Hexameron – variações sobre a Marcha da ópera I Puritani de Bellini”, escritas por Liszt, Thalberg, Pixis, Herz, Czerny e Chopin. Esta obra foi apresentada, antes, apenas três vezes no Brasil.
No domingo, o Festival Liszt/Mendelssohn ocupa, pela última vez, o Teatro da UFPE, às 19h30, com os pianistas convidados Yuri Pingo e Eudóxia de Barros. Entrada franca. A última sessão do Festival acontece na terça-feira, dia 30, às 20h, no Teatro de Santa Isabel, com as cantoras líricas Adriana Clis e Gabriela Pace, tendo ao piano Gilberto Tinetti (SP). Lá, é preciso pegar ingresso gratuito 1h antes da apresentação. A entrada é sempre franca. Maiores informações sobre o evento: 3222 0025.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
RÉQUIEM PARA UM POETA QUE SE FOI

CARA & CORAGEM BRILHA NO ESPÍRITO SANTO

Foto: Léo Olla
A Trupe Cara & Coragem com o espetáculo "Concerto Para Um Dia de Ir Embora" foi o grande vencedor na categoria teatro adulto no XII Festival Nacional de Teatro de Guaçuí - ES. O Festival aconteceu de 15 a 20 de agosto. O espetáculo recebeu os seguintes premios: Melhor Espetáculo Melhor Direção (Luiz Navarro) Melhor Atriz (Evânia Copino) Melhor Atriz Coadjuvante Melhor Cenário Melhor Sonoplastia Melhor Iluminação e indicações para: melhor texto, melhor maquiagem e melhor atriz coadjuvante para Belly Nascimento.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
CRÔNICAS DE UMA PENSÃO

PASTOR FALA SOBRE LIVRO NA TRIBUNA LIVRE

sábado, 20 de agosto de 2011
SEXTA DE LETRAS ESPECIAL

A CIÊNCIA DA ABELHA É UM SEGREDO, FAZER MEL SEM TER TACHO E SEM CALDEIRA. (Uma homenagem ao poeta João do Vale)

Alberto Oliveira
Fio doce a correr pelos meus dedos
Levo à língua a porção desse manjar,
Natureza por certo há de explicar
A ciência da abelha e seu segredo,
E também como veste o arvoredo
Bota o néctar na flor da aroeira
Faz buraco na velha gameleira
Prá coleia ali se abrigar
Mãe rainha põe zangões prá trabalhar
Fazer mel sem ter tacho e sem caldeira.
A abelha não faz qualquer roçado
Prá plantar nem sequer um pé de cana,
Piojota ou os colmos da caiana
É mistério ou milagre anunciado,
A natura dá conta do traçado
Tanto mel prá guardar na garrafeira
O produto daquela taifeira,
A ciência da abelha é um segredo
É tão grande que até me mete medo
Fazer mel sem ter tacho e sem caldeira.
Fazer mel sem ter tacho e sem caldeira
Nem engenho pra cana esmagar,
Alambique pro caldo depurar
Não precisa coar pela peneira,
Com certeza alquimia verdadeira
Nunca vi o seu mel sair azedo
Começando o trabalho logo cedo
Pois é grande o poder da natureza
Diga lá donde vem essa grandeza
A ciência da abelha e seu segredo.
Batalhões de abelhas operárias
No ofício e labuta do trabalho
Parecendo o ferreiro no seu malho
Não se vê entre elas qualquer pária
Não recebem tostões pela diária
Seja aqui ou em terra estrangeira
O zumbi quando ouvi a vez primeira
Eu fiquei meditando no lajedo:
A ciência da abelha é um segredo
Fazer mel sem ter tacho e sem caldeira.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
CADÊ MEU BOI?
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
DEPURANDO AGOSTO
Juliana não nasceu em julho. Agosto prenuncia a primavera. Os ventos fortes não só movem moinhos, mas afastam os males todos da vida. Assim é Agosto de Mauro poeta Mota, poeta maior. Frio caloroso, como abraço infantil. Nas vozes da descrença, a crença otimista em “quando setembro chegar”. Na lembrança do menino velho os ensaios alegres para o Sete de Setembro, manhãs cheirosas na estrada de Barreiros. Também em Agosto, o segredo da primeira paixão, nunca revelado, a voz do alumbramento inicial, na frase que foi uma senha: “Como você é tímido!” Também em Agosto o olhar peixinhos no canal que corta o Epitácio Pessoa. Ela junto, também em silêncio. Recolhimento que sempre marcou o menino retraído.
Agosto dos meus sonhos de futuro, nem sempre realizados. Agosto que trouxe o título ao meu time dez anos depois. Agosto de dona Tereza, a mãe, e do irmão. Também do menino ansioso nas noites anteriores às manhãs radiantes das filmagens do filme O Progresso do irmão Roberto, nos canaviais ainda doces do Cabo dessa minha infância. O menino ator, junto com a prima Marisa. O menino sentindo-se valorizado em mais um sonho que não se fez verdade. O menino de rumo incerto, com medo de papafigo e alma de outro mundo se imaginava ator, e Agosto fez isso.
Agosto é bom. É só querer que seja. Nele, os primeiros acordes de violão mal tocado. Nele, a algazarra dos adolescentes no retorno ao aprendizado das aulas. Chuva pouca, em Agosto, com cheiro de terra molhada e fruto verdoso. Mês do gosto maior, na abertura do sol brilhante de meses. Nunca tempestuoso. Enseada agitada, um pouco, preparando a tranquilidade acolhedora dos corpos morenos.
Nele, o destemor das chuvas. Nele, o reconstruir de julho, voz de esperança dos que perderam tudo. Agosto sem o céu carrancudo dando carão na gente. Agosto dos namorados sem guarda-chuvas, já nas praças colorindo a vida. Agosto branco, puro, depurado, anunciando a primavera.
*Douglas Menezes é da Academia Cabense de Letras.
O ANJO CANGACEIRO

Nesta quarta, às 19h30, no Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife. Tel. 3355 3318), quem sobe ao palco do 9º Festival Estudantil de Teatro e Dança é “O Anjo Cangaceiro”, resultado do Curso de Iniciação Teatral da Cia. do Ator Nu e Grupo Teatral Deu Babau, de Goiana. O texto de Felipe Andrade, baseado na mais polêmica obra do goianense José do Carmo Souza (Zé do Carmo), conta com a direção de Edjalma Freitas. No enredo, um artista cria uma escultura denominada ”o Anjo do Sertão” e enfrenta problemas com a sociedade pelas colocações de uma líder religiosa contra tal obra de arte. Ingresso: R$ 5 (preço único).
Questões da criatividade artística, e o preconceito que a ronda, são postas em xeque no espetáculo, assim como os contrastes entre o bem e o mal. A obra é inspirada num fato real: em 1980, Zé do Carmo quis presentear o papa João Paulo II, em visita ao Brasil, com uma escultura intitulada “O Anjo do sertão”, mas a Igreja Católica recusou-se a receber a obra, que ficou famosa e deu ao artista um reconhecimento internacional. Interpretada por sete atores, toda a trama, pontuada entre o onírico e o real, aqui é contada por um anjo existencial. A Cia. do Ator Nu, que esteve em cartaz no Recife com “Encruzilhada Hamlet”, tem, assim, sua primeira turma de iniciação teatral.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
MÚSICA ERUDITA GRÁTIS

Foto: Divulgação
Nesta terça e quarta, nos teatros de Santa Isabel e Luiz Mendonça, o “Festival Liszt/Mendelssohn” apresenta a Orquestra Sinfônica do Recife com dois solistas, Jussiara Albuquerque e Leonardo Guedes. A entrada é franca.
O Teatro de Santa Isabel recebe nesta terça-feira, às 20h, apresentação da Orquestra Sinfônica do Recife, com regência do carioca radicado no Recife, Osman Gioia, e tendo como solistas os artistas recifenses Jussiara Albuquerque (piano) e Leonardo Guedes (violoncelo), como atrações do "Festival Liszt/Mendelssohn", promovido pela Revista Continente, com produção de Paulo de Castro. Na quarta, o mesmo espetáculo será apresentado no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, também às 20h. Em ambos os lugares serão distribuídos 450 entradas gratuitas a partir das 19h, um ingresso por pessoa. Maiores informações: 3082 2830.
O quinto concerto noturno da Orquestra Sinfônica do Recife começa com “Os Prelúdios”, de Franz List, e, em seguida, “Concerto Para Piano e Orquestra op. 25 nº 1 em sol menor”, de Felix Mendelssohn, com a participação da pianista Jussiara Albuquerque. Por fim, a presença do violoncelista Leonardo Guedes, junto a Orquestra, com “Schelomo – Rapsódia Hebraica para Violoncelo e Orquestra”, de Ernest Bloch (1809-1959), única exceção para outro compositor no “Festival Liszt/Mendelssohn”, evento que faz homenagem a dois ícones da música clássica, símbolos do Romantismo mundial: o compositor húngaro Franz Liszt, cujo bicentenário de seu nascimento será em outubro de 2011, e Felix Mendelssohn, compositor alemão que, em 2009, completou 200 anos de nascimento também.
Com entrada sempre franca, o “Festival Liszt/Mendelssohn” é promovido pela Revista Continente, com direção artística da pianista Elyanna Caldas e produção de Paulo de Castro e Centro de Diversidade Cultural Teatro Armazém. Patrocínio: Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e Chesf, com apoio da Prefeitura do Recife, Apacepe e TV Globo Nordeste. Informações: (81) 3082 2830 / www.continenteonline.com.br
Festival Liszt/Mendelssohn
Programação – 2ª etapa do evento. Entrada sempre franca
Dia 16 de agosto (terça), no Teatro de Santa Isabel, e dia 17 de agosto (quarta-feira), no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu), ambos às 20h
Orquestra Sinfônica do Recife, com regência de Osman Gioia e tendo como solistas Jussiara Albuquerque (piano) e Leonardo Guedes (violoncelo)
Dia 23 de agosto (terça), na Igreja da Capunga
Levi Guedes (órgão) e Sílvio Milanês (órgão)
Dia 26 de agosto (sexta), às 19h30, no Teatro da UFPE
Fernando Müller (piano) e Maria Clara Fernandes (piano)
Dia 27 de agosto (sábado), às 18h, no Teatro da UFPE
Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música, com regência de Henrique Gregori, José Renato Accioly e Sérgio Barza, tendo como solistas Gilson Cornélio (violino), Maria Clara Fernandes, Gilberto Tinetti, Fernando Müller, José Henrique Martins, Yuri Pingo, Elyanna Caldas (pianos)
Dia 28 de agosto (domingo), às 19h30, no Teatro da UFPE
Yuri Pingo (piano) e Eudóxia de Barros (piano)
Dia 30 de agosto (terça), às 20h, no Teatro Santa Isabel
Gabriella Pace (soprano), Adriana Clis (mezzo soprano) e Gilberto Tinetti (piano)
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
"CONEXÕES URBANAS"

Com pequenas histórias sobre a cidade e seus tipos urbanos, o texto traça um retrato do homem cosmopolita, através de dez tramas aparentemente desconectadas, mas que se interligam de alguma forma. No jogo cênico, o elenco usa roupa base neutra, mas vai se utilizando de acessórios para montar os diferentes arquétipos que habitam as grandes cidades. Com oito atores estreantes no elenco, esta é a primeira turma de iniciação teatral da Cênicas Cia. de Repertório, equipe que recentemente esteve em cartaz no Recife com “Senhora dos Afogados”. O ingresso custa R$ 5 (preço único promocional).
MENESTREL DA ESPIRITUALIDADE (a Frederico Menezes)

De onde vem tanta luz,
Que faz a escuridão desaparecer
A esperança irrigar almas áridas
O amor inundar os corações carentes?
De onde vem tanta paz,
Que faz pessoas chorarem de alegria
Ambientes se aromatizarem com o
Inimaginável perfume do além?
És a mistura de Chico e Paulo,
Caminhando pela pátria do espiritismo
Emprestando teu corpo e tua voz
Para expressar as mensagens de Cristo
Os milhares de aplausos e elogios,
Não te removem da tua humildade franciscana,
Não te afastam das tuas obrigações fraternas e curadoras.
Por isto, és tão amado pelo povo que te reverencia.
FRED, Menestrel da Pátria Espiritual,
Espírito iluminado e missionário da paz.
Ainda que soframos os males da vida e caiamos,
Teu cajado ajuda-nos a levantar e seguir em frente.
Ainda que o mundo carnal nos seduza,
Tuas mensagens guiam-nos para o mundo melhor.
Obrigado Deus por você existir.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
POR QUE NÃO EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA?

Douglas Menezes*
Nas ruas, nos transportes coletivos, no trânsito, as pessoas trocam agressões: verbais, físicas ou com gestos. Definitivamente, a tão outrora decantada gentileza brasileira não existe mais. O homem cordial deu lugar a um ser que parece não saber, direito, como direcionar os bens materiais adquiridos recentemente, no sentido de uma vida verdadeiramente humana, e mais solidária. É preocupante observar as conversas de pessoas simples, principalmente nos celulares, que parecem estar sempre se preparando para uma guerra, ou falando com um inimigo letal. Muitos, aos gritos, expressam um ódio, tão intenso, ao telefone, que nos sugerem uma tragédia prestes a acontecer. São ameaças e promessas de vinganças, com o agravante de que não se preocupam com quem está ouvindo, como um fato corriqueiro, numa “animalização” que tira a capacidade de raciocínio e de sensibilidade inerentes aos seres humanos.
Claro, e isto é bom, que as pessoas, hoje, comem mais, vestem melhor e compram bens que não tinham há algumas décadas atrás. O avanço econômico e tecnológico é evidente. A transferência de renda uma necessidade para um país com uma enorme dívida social. No entanto, como diz o poeta, “ a gente não quer só comida”. O brasileiro precisa rever princípios éticos e morais, inclusive não ter receio de, em alguns casos, voltarmos ao passado. A nossa democracia, ainda incipiente, entende, equivocadamente, a liberdade como um fazer tudo sem preceitos nem regras, mas elas devem ser rígidas e necessárias, às vezes. E a falta de educação ética e moral leva, principalmente os jovens, a ações que sempre deságuam nas drogas e na violência desenfreada, fruto, sobretudo, da desintegração das famílias. Todos os anos milhares de vidas de jovens são cortadas neste país, de modo estúpido e banal. É a existência desvalorizada ao último grau.
Sem querer ser saudosista ou fazer apologia à ditadura militar, Deus nos livre, sentimos falta dos alunos que cantavam o Hino Nacional no pátio da escola, antes do início das aulas; dos estudantes que se levantavam em sinal de respeito à chegada de alguém estranho no seu ambiente de estudo, além do tratamento respeitoso aos professores e autoridades escolares. Símbolos nacionais eram tidos como sagrados, a exemplo da bandeira, que hoje é vista pelos mais jovens como um pedaço de tecido desenhado, apenas. Até a seleção brasileira, um dos nossos orgulhos em décadas passadas, quando o Brasil parava à hora dos jogos, agora não atrai a atenção que deveria atrair, por conta também do mercantilismo, dos interesses meramente comerciais que giram em torno do futebol. A seleção deixou de ser a pátria de chuteiras, como bem dizia Nelson Rodrigues.
Os gestos gentis escasseiam. A guerra civil instalada só não tem o nome oficial. A hostilidade é regra, quando deveria ser exceção. Ser educado é ser ultrapassado, é sentir saudade de um país que morreu. Evitar discussão desnecessária é acovardar-se. Ser digno é se impor ao outro, numa relação de domínio. Admirado é o esperto, que enriqueceu roubando e ascendeu socialmente de modo ilícito. E essa frouxidão de princípios éticos atinge diretamente a política, com os sucessivos escândalos, já tão comuns, causando essa anestesia da população, já acostumada e descrente de que seu dinheiro seja respeitado e usado como deveria ser um dia.
O Brasil, urgentemente, precisa de um choque ético, e o Poder Público possui uma responsabilidade central nessa questão. E isto deve ser feito mesmo que tenhamos que recorrer ao passado, naquilo que ele possa ter representado de bom. Afinal, o tempo que passou não deve impedir o presente, mas, com certeza, serve de balizamento e de imensa contribuição para o futuro que as novas gerações irão promover.
* Douglas Menezes é da Academia Cabense de Letras
O AMOR DE ZÉ E MARIQUINHA

O espetáculo “O Amor de Zé e Mariquinha – Uma Comédia Regional” faz única apresentação nesta segunda-feira, dia 15 de agosto, às 19h30, no Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife. Tel. 3355 3318 / 3319), com o Grupo Teatral JR. PE e alunos do Colégio Municipal Pedro Augusto, do Recife, como parte da programação do 9º Festival Estudantil de Teatro e Dança, promovido pelo produtor Pedro Portugal. O texto de Anderson Leite, com direção de Júnior Pernambuco, mostra a história de amor de Zé e Mariquinha em pleno sertão nordestino. Os dois têm que enfrentar o pai da moça, o Coronel Odório, homem valente que promete matar qualquer um que se engraçar por sua filha, e as invejas da empregada Carmelita, que mesmo enamorada do fiel amigo de Zé, o esperto Bastião, faz de tudo para que o romance dos dois jovens não dê certo. Com 13 atores no elenco e alguns trechos de música ao vivo, a peça aposta na estética do teatro popular nordestino, com maquiagem feita apenas com barro, em referência à seca e às casa de pau a pique desta região. Ingresso: R$ 5 (preço único promocional).
Contato do diretor Júnior Pernambuco. 8784 8248, 8262 6178, 9443 8169.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
NO DIA DO ESTUDANTE, "OS ESCRAVOS"

terça-feira, 9 de agosto de 2011
DICAS INTERESSANTES PARA AGOSTO

O 9° FESTIVAL ESTUDANTIL DE TEATRO E DANÇA acontece de 11 a 28 deste mês, com programação teatral no Centro Apolo Hermilo e de dança no Teatro Boa Vista. Realizado pelo produtor Pedro Portugal, participam espetáculos de várias cidades pernambucanas, produções com alunos de escolas públicas ou particulares e cursos livres. Os ingressos custam R$ 5 (preço único promocional). Informações: 3355 3318. Programação completa www.festivalestudantil.blogspot.com
O FESTIVAL LISZT/MENDELSSOHN retoma programação de música erudita gratuita a partir desta sexta, numa promoção da Revista Continente. Informações: 3082 2830. Será distribuído um ingresso por pessoa apenas 1h antes de cada apresentação, totalizando 450 ingressos gratuitos por sessão. Programação completa: www.continenteonline.com.br
Em homenagem aos 75 anos de morte do poeta Federico García Lorca, o espetáculoUM RITO DE MÃES, ROSAS E SANGUE, com direção de Claudio Lira, faz nova temporada no Centro Apolo Hermilo (tel. 3355 3319), aos sábados, às 21h, e domingo, às 20h. Ingresso: R$ 15 e R$ 7,50 (meia). A peça parte das três tragédias rurais do dramaturgo e poeta espanhol tendo a Mãe como foco central.
A todos os ARTISTAS DO TEATRO PERNAMBUCANO: estou recebendo fotos dos espetáculos adultos ou infanto-juvenis de todas as cidades de Pernambuco por e-mail, nas DÉCADAS DE 1980 E 1990, assim como as críticas que foram publicadas nos principais jornais da época. Quem puder colaborar, agradeço. É para contribuir com o acervo da oficina que estarei ministrando na abertura do Seminário Internacional de Crítica Teatral, no Recife, dias 27 e 28 de agosto, das 9 às 12h, no Teatro Hermilo Borba Filho. Em breve divulgaremos as inscrições gratuitas. A oficina está intitulada "A Intensa Produção Teatral em Pernambuco nas Décadas de 1980 e 1990 e o Diálogo, Por Vezes Bem Tumultuado, com a Crítica Jornalística". Conto com vocês!
Leidson Ferraz 3222 0025 / 9292 1316.
sábado, 6 de agosto de 2011
A CERTEZA DA ARANHA

É minha última companhia
Que tece os fios invisíveis
De uma melancólica manhã
Aranha que tece o tempo
Enquanto junta seus fios
Que parecem fortes
como as correntes
Que me prendem como bicho
Nesta escura cela fria
Por lutar contra reis e poderes
No refúgio inútil da utopia
Minha amada, estás longe
E eu aqui sem liberdade
Só posso na imaginação
Tocar ,lamber,cheirar,beijar
Teu corpo, tua intimidade.
Julgado e condenado
Cravo minha unha na parede
Para apagar o teu nome
Escrito num desatino
Porque não quero pra ti
Esse meu cruel destino.
Na cela fria e escura
onde espero a morte
Uma aranha tece poemas
pra mim
E deixa neles a certeza
De que está perto
o meu fim.
Sim
Já ouço os passos
Dos meus algozes e um padre
Pra encomendar minha alma.
Penso em ti, minha amada,
Nas tuas coxas,no teu sexo,nos teus pelos.
E minha língua e nariz são os donos
Dos teus gostos e cheiros mais ocultos.
Me sobrevém uma grande calma
E encaro o sacerdote
que abria um missal :
“Padre,como posso
salvar a sua alma
Da hipocrisia e do mal ?”
Um soldado me esbofeteia
E me empurra pra fora da cela
Agora mais fria porque vazia.
Só ficou a aranha e sua alegria
Rindo do padre, rindo de mim
Tecendo a teia sem parar
para seu próximo companheiro:
Um outro prisioneiro
Que na certa vai chegar
Madrugada de 21/março/2011
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
O CORRE-CORRE

O corre-corre separa as pessoas
As leva a evitar olhar nos olhos umas das outras
As conduz à superficialidade
As empurra ao distanciamento
As leva a acharem normal negar os sentimentos reais e verdadeiros
E às vezes à reflexão sobre a hipocrisia de deixar de viver o que se gostaria de fazer
Assim, a hipocrisia maior não é dizer algo e não fazer, mas deixar de fazer o que é bom e que se deve fazer mesmo quando o risco é diabólico.
*Erivaldo Alves é da Academia Cabense de Letras e Pastor da Igreja Batista da Cohab
Festival Liszt/Mendelssohn

quinta-feira, 4 de agosto de 2011
SEXTA DE LETRAS ADIADO

segunda-feira, 1 de agosto de 2011
MAIS DO QUE LARANJA E BUSCAPÉ

Antonino Oliveira Júnior
Uma pequena cidade incrustada no agreste de Pernambuco, reúne os ingredientes necessários para se viver bem. SAIRÉ, situada entre Bezerros e Bonito, conhecida como a “terra da laranja” e do “buscapé”, merece ser descoberta por Pernambuco e receber mais atenção dos Órgãos de Turismo e Agentes de Viagem, ainda que não seja como destino, mas, como opção para um dia agradável em meio a programações das grandes cidades de seu entorno.
Cidade de clima frio e gostoso, Sairé é a típica cidade de interior, com suas ruas estreitas e, ainda, algumas edificações que chamam atenção por sua arquitetura, além de pequenos bares, no mais tradicional estilo de “boteco” que se destacam pela simplicidade, porém, aconchegante atendimento, a exemplo do Bar de seu Arlindo, que serve um saboroso Filé de Traíra, servido com um acompanhamento importante, a simpatia de “seu” Arlindo. Aos que se aventuram numa estrada de barro, que passa por chácaras, plantações de laranja e açudes, há cerca de 5 km da cidade, no meio do mato, o Bar de Guaru é um outro ponto de acolhimento, servindo uma deliciosa Costela de porco, uma galinha de capoeira preparada na hora, além do saboroso cupim bovino, que parece ter sido preparado nas nuvens, de tão macia é a carne servida. Tudo com uma cachacinha e uma cerveja estupidamente gelada.
Sairé precisa acordar e ousar em atitudes que possam atrair para si o desenvolvimento que merece. Uma cidade de clima frio e uma população cujo calor humano serve para aquecer os visitantes e dar o equilíbrio necessário para uma convivência harmoniosa para com os que chegam.
Sairé não é um destino, mas, uma excelente opção para um dia antiestresse, de convívio com a exuberante natureza que a rodeia e com uma gente simples e amável, que transpira ternura e demonstra imensa felicidade em ser visitada, mas, que necessita despertar, para trabalhar os caminhos que possam facilitar sua aproximação dos horizontes e perspectivas de desenvolvimento e uma melhor qualidade de vida para si.