segunda-feira, 18 de julho de 2011

CENTELHAS

Valéria Saraiva


Lembra daquele dia, da poesia,

Do meu lugar comum.

Lembra das ondas quebrando,

Dos pássaros cantando,

Do céu azul.

Lembra que tudo era um sonho,

O mundo era medonho,

Uma jaula e o domador.

O céu era negro, a brisa era fria

E as estrelas fugiam de mim.

Lembra que o tempo regenera

O coração ferido,

Apaga as mágoas de que foi esquecido

Congela as centelhas do amor perdido.

Ah! Se o vento fosse só a maresia,

Se o som do mar fosse acordar o dia,

Se a minha mente pudesse navegar.

Ah! Um sonho às vezes toma vida,

Transforma o vento em brisa,

Afasta as nuvens para a lua brilhar.

Lembra, quando eu fechava os olhos

para ouvir o mar

e quando olhando o céu

reaprendi a amar.

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