sábado, 1 de junho de 2013

MAR


Vinicius de Morais

Na melancolia de teus olhos
eu sinto a noite se inclinar
e ouço as cantigas antigas
do mar.

Nos frios espaços de teus braços
eu me perco em carícias de água
e durmo escutando em vão
o silêncio

e anseio em teu misterioso seio
na atonia das ondas redondas
náufrago entregue ao fluxo forte
da morte.

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