terça-feira, 6 de dezembro de 2011

JOSÉ LINS DO REGO ( II )




JOSÉ LINS DO REGO:

A DOCE AMARGURA DO FINAL DE UM CICLO

BANGUÊ: A ESTÉTICA DO OCASO

DOUGLAS MENEZES


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Mas inegável, também, é confirmar que O livro nos aproxima da visão de uma estética da decadência: Banguê. Nele, o tratamento dado é de uma linguagem que combina com a intenção maior: explicitar o momento decadente da zona canavieira nordestina. E mais ainda, vislumbrar a perplexidade do povo, vítima de uma fatalidade que dura séculos. Explica-se o fator econômico de forma extremamente literária. Literatura, nada mais que isso: entender a economia de uma região e de um ciclo de uma forma figurada, com personagens bem delineados, e alguns até com densidade psicológica. Injusto encontrar o autor nessa obra. A não ser no cenário vivenciado por ele na infância. Banguê éobra de ficção madura, sensível, dentro do espírito do Regionalismo Moderno, notadamente no discurso oral da linguagem, que nos aproxima da fala do homem comum. Olivro, uma música. A sinfonia do melancólico. Um canto que nos faz sentir o cheiro da cana, o doce do melaço, o gosto sensível dos frutos daqui. E que, ao mesmo tempo, nos traz o aroma de suor do pobre homem do eito.

O odor acre do sangue derramado, daqueles que fazem a riqueza dos outros e não têm nada. O perfume nauseabundo das crianças amarelas e famintas, sujas no corpo, exalando a diarreia que a fome e os vermes entranharam em suas vidas; elas limpas na alma, essas crianças, porém.

A verdade é que, em Banguê , a tristeza é a tônica. O autor, obcecado em fixar a decadência de um período, deu unidade temática aoromance. O desânimo contagia a obra. Desânimo intencional que não tira o vigor do livro. Os seres principais envolvidos no enredo evidenciam a postura ideológica de José Lins do Rego. , Carlos Melo, José Paulino, entre outros, são agentes sociais, são a fala do autor, são os pensamentos vivos de quem nasceu e viveu grande parte da existência naquele mundo regional, tão particular, mas, porque as dores do homem estão em todo canto, ao mesmo tempo universal. Miseráveis e injustiçados são vítimas em qualquer lugar do mundo.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

JOSÉ LINS EM CAPÍTULOS ( I )

JOSÉ LINS DO REGO:

A DOCE AMARGURA DO FINAL DE UM CICLO

BANGUÊ: A ESTÉTICA DO OCASO

DOUGLAS MENEZES

A linguagem telúrica, o conteúdo melancólico, a tristeza que paira em cada página que circunda os personagens,o apocalipse de um ciclo socioeconômico que aprofundou o capitalismo dependente do início do século vinte e aumentou a miséria do camponês, levando à falência centenas de senhores de engenhos na zona canavieira nordestina. Este o universo do escritor paraibano. Triste como o povo. Sofrido como o povo. Arte simbolizando decadência. A doce amargura do final de um período.

José Lins do Rego não só no enredo, mas na ênfase às paisagens, na formação dos personagens, buscou, na obra Banguê, evidenciar, em tudo, a dolorosa transformação das pequenas fábricas de açúcar em poderosas usinas, afirmando o capitalismo e tornando o povo mais miserável.

Analisar esse romance é também vislumbrar um painel histórico e viajar por uma época poética, fazendo-nos sentir o gosto do mel, o cheiro do açúcar, mesmo que esse cheiro e gosto sejam amargos para a gente sofrida, para aqueles que preferiam viver como escravos, porque as máquinas das usinas lhes tiraram tudo, até mesmo o “pirão” dado de esmola pelos donos de engenho.

Estudar a arte da decadência em Banguê,é fazer uma reflexão, que embora passadista, nos faz pensar no tempo de hoje. Tempo ainda escuro, injusto, concentrador de renda. Um tempo que precisamos contar e cantar com isenção, trazendo a marca de que ser omisso, é concordar com o sofrimento de uma gente que padece há mais de quinhentos anos.

Esse livro não vai morrer tão cedo, pois é vivo enquanto história e enquanto houver gente com fome. Nele, a beleza no aparente feio; a fealdade no belo apenas para os olhos.

A doce amargura do final de um ciclo. Juntos, em sua obra, a memória e a ficção. A conotação que serve à sociologia. A transfiguração do real é, na verdade, o suporte para que entendamos sua voz.

Entendamos essa realidade tão viva que ora é tratada como sociologia, ora é a mais pura ficção, cuja literariedade está, justamente, em tecer uma linguagem aproximada do tempo e espaço onde sua obra é produzida.

Injusto dizer do paraibano ser ele apenas um memorialista, um menino de engenho relaxado em relação ao ofício de ficcionista. Certo dizer que em sua obra a memória é constante. Em tudo o que se escreve há um pouco da vida do artista. Pode-se mesmo constatar: em seus livro há muito do que ele viveu, notadamente na infância.

sábado, 3 de dezembro de 2011

VIAGEM NOS TEMPOS

Antonino Oliveira Júnior*


Nada de nosso amor é de hoje.
Nas viagens que fiz nos tempos
jamais estive sozinho.
Em todas as paradas lá estavas:
eras Márcia, Marluce, Verônica,
e te amei como Mary, te amei como Maryllin,
como Yoko em meus braços
deliravas de paixão
E como Jonh, como Antonio, Luis,
Johnny, Phill, Crhistophe
curti você em Paris;

Nas viagens que fiz nos tempos
amamos como dois loucos
nos trens malucos da vida...

E nesta Parada de agora
festejo o maior dos amores,
agora como o eu de hoje
nos braços amorosos da amada,
nos braços de você agora, Luiza.


*Antonino Oliveira Júnior é da Academia Cabense de Letras

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O ÚLTIMO SEXTA DE LETRAS DO ANO


Hoje é o último SEXTA DE LETRAS de 2011, projeto da Academia Cabense de Letras, que acontece na Câmara de Vereadores, a partir das 19 horas. Hoje o poeta e acadêmico IVAN MARINHO fará palestra sobre A POESIA MARGINAL DE PERNAMBUCO.

Na mesma noite, a Câmara de Vereadores outorga o título de Cidadão Cabense ao escritor NELINO AZEVEDO, presidente da A cademia Cabense de Letras. O projeto de Título de Cidadania a Nelino Azevedo é de autoria do Vereador Ricardo Carneiro (Ricardinho).

DEBATENDO O TEATRO

Leidson Ferrz debate o Teatro.


O sábado, 3 de dezembro, será o momento de dabeter, com Leidson Ferraz, a quantas anda a produção teatral em Pernambuco. O debate, que acontecerá na V Mostra Capiba de Teatro, no SESC Casa Amarela, em Recife, a partir das 16 horas, e o tema será: E A QUALIDADE DO TEATRO PERNAMBUCANO?

"Pretendo abordar o que podemos entender como qualidade no teatro, investigando, através de exemplos, o cuidado estético de interpretação, de produção e de proposta que vai à cena", resume o jornalista e produtor Leidson Ferraz.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

CURTA-CABO PREMIA OS VENCEDORES

"Cartas para uma desconhecida" foi o grande vencedor do Festival.


A noite da quarta-feira, 30/11, foi dedicada à premiação dos vencedores do I Festival de Filmes Curtas-Metragens do cabo de Santo Agostinho, realizado no teatro Barreto Júnior. Foi uma noite leve, divertida e muito agradável. Os atores Belly Nascimento e Luiz Navarro fizeram o papel de Mestres de Cerimônia, enquanto o músico e cantor Marcelo Briany ocupava os pequenos intervalos apresentando músicas de um repertório bem cuidado e criteriosamente escolhido para a ocasião. Até mesmo as falas das autoridades, dos jurados, etc., aconteceram de forma a não cansar o público, ávido por saber os resultados, que foram os seguintes:

* Melhor Roteiro: Yago Carvalho (A menina da estação)

* Melhor Montagem: Alisson ventura (Relações invisíveis)

* Melhor Som: Yuri Fernando (Relações invisíveis)

* Melhor Trilha: Jonatas Douglas - JD (Antes de partir)

* Melhor Fotografia: Emily Almeida (relações invisíveis)

* Direção de Arte: Thierry Fernandes (Rosas com espinhos)

* Melhor Ator: Marcos Bracha (Cartas para uma desconhecida)

* Melhor Atriz: Corine Fagundes (Rosas com espinhos)

* Melhor Direção: Hugo Leonardo (Cartas para uma desconhecida)

* Melhor Filme: Hugo Leonardo (Cartas para uma desconhecida)

* Prêmio especial do Juri: Noiva (pela paisagem mostrada)


O Festival pode ser considerado um sucesso, pelo nível das produções apresentadas, fruto de uma Oficina de cinema realizada em setembro. Dois meses depois, os alunos deram mostra do aprendizado e da capacidade de cada um. Todos merecem aplausos, principalmente quando levamos em conta o fato de serem iniciantes, porém, gostaria de deixar aqui uma observação que faço sobre determinados trabalhos, que destaco e acredito numa evolução mais rápida que outros. O roteiro de Relações invisíveis é de uma segurança técnica quase que indiscutível e, apesar de ser assinado por um estreante, Yuri Fernando, facilitou um maior entendimento da proposta do próprio filme, tal a segurança como foi desenvolvido. Se houvesse uma premiação para ator coadjuvante, com certeza eu torceria pelo nosso ARARIBA, que foi, na verdade, uma espécie de pilar para que o Marcos Bracho deslanchasse na sua interpretação. Arariba foi quase perfeito ao dar vida a uma personagem cujo objetivo era ser a muleta do protagonista, um admirador subserviente. E ele o fez com competência. O prêmio de atriz foi bem entregue, mas, destaco, também a interpretação da menina que fez o espírito da jovem que morreu na estação e continuava sem encontrar seus caminhos após a morte. Muito boa a sua interpretação. Os prêmios de Direção e Melhor Filmes são indiscutíveis, uma vez que Hugo Leonardo, com o seu CARTAS A UMA DESCONHECIDA, chegou ao Festival mostrando um trabalho que primou pela criatividade, pela segurança do trabalho de atores e uma direção que mesclou antigas tomadas do "cinema novo" com as técnicas modernas da era digital. Parabéns pelos merecidos prêmios. Mas, encerro destacando um outro filme, muito interessante: RELAÇÕES INVISÍVEIS, que nos mostrou o jovem talento de Yuri Fernando na confecção do roteiro, a fotografia de Emily Almeida, os trabalhos de atotr de Ghita Galvão e Matheus Machado, além da direção de Alisson Ventura, que, se não chegou a ser uma perfeição, chegou a mostrar segurança e um pouco de técnica que deve ter visto na Oficina em que participou.

No entanto, parabenizo a todos os que se dedicaram à produção dos filmes, desejando que continuem a buscar os caminhos que possam levá-los a uma carreira no disputado e difícil universo do cinema. Aos realizadores do Festival os nossos parabéns pela garra demonstrada diante dos obstáculos, superando-os e levando o evento ao sucesso que foi.

Antonino Oliveira Júnior.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

FALTOU ESPAÇO PARA O PÚBLICO NO CURTA-CABO

ROSAS COM ESPINHO, de Thierry Fernandes
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A segunda noite do Festival de filmes em curtas-metragens do Cabo de Santo Agostinho, Curta-Cabo, mostrou duas coisas muito importantes: a primeira é que o sucesso do Festival é inquestionável, e a outra é que a cidade precisa urgentemente de um espaço digno para sua produção cênica.
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Passava um pouco das 19 horas, quando teve início a segunda noite do Festival, com o teatro Barreto Júnior superlotado e cerca de 120 pessoas na calçada, sem poder entrar. A solução encontrada pela coordenação foi promover uma outra sessão de exibição a partir das 21 horas, quase que lotando os 150 lugares do Teatro.
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Seguindo a programação, a noite iniciou com a exibição de tres filmes convidados: OSSOS DO OFÍCIO, de Yuri Serbedzija, RETRATOS, de Rafael Negrão e Leo Tabosa, e A MENINA E O GIGANTE, de Ademir di Paula, com destaque especial para RETRATOS, pela abordagem do tema (Os travestis que não se prostituem) de forma séria e profunda. OSSOS DO OFÍCIO surpreendeu pela maneira direta e sem floreios com que falou sobre a miséria extrema e as reações humanas diante desse fato, enquanto A MENINA E O GIGANTE divertiu por se tratar de uma ficção de aventuras, bem ao gosto dos adolescentes.
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Na Motra competitiva, tivemos NOIVA, de Cesar Rasc, ANTES DE PARTIR, de Jonatas Douglas, CARTAS PARA UMA DESCONHECIDA, de Hugo Leonardo, e A MENINA DA ESTAÇÃO, de Dennys D'Lima. As produções mantiveram o bom nível da noite anterior, com destaque para CARTAS PARA UMA DESCONHECIDA, de Hugo Leonardo, muito aplaudido pela público.
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Nesta quarta-feira haverá a premiação aos vencedores da Mostra competitiva. É esperado um grande público nesta noite. A cidade merece um Teatro maior, para maior conforto do público dos artistas.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

JOSÉ LINS DO REGO

A partir de segunda-feira, 5 de dezembro, aqui, no Blog, uma obra literária de Douglas Menezes: JOSÉ LINS DO REGO - A doce amargura do final de um ciclo - Banguê: a estética do ocaso.

Você vai poder acompanhar a publicação do texto de Douglas Menezes dividido em quatro partes, nos dias 5, 6, 7 e 8 de dezembro. Uma oportunidade para você conhecer melhor a obra de uma dos maiores nomes da literatura brasileira, interpretada com profundidade pelo professor e membro da Academia Cabense de Letras, Douglas Menezes. É um verddeiro presente de final de ano

CURTA-CABO COMEÇOU DE FORMA BRILHANTE

A Menina da Estação, direção de Dennys D'Lima


A noite de abertura do I Festival de Curtas-Metragens do Cabo (Curta-Cabo) foi um sucesso absoluto. Teatro lotado e uma produção de filmes que surpreendeu pela qualidade. A mostra competitiva mostrou que a Oficina de Cinema realizada em setembro, deu frutos e dos bons. Os filmes produzidos pelos alunos surpreenderam.

Na Mostra paralela, com filmes convidados, duas excelentes produções agradaram ao público: GIGANTES, de Raoni Moreno, e O TERCEIRO OLHO DA MONALISA, de Ademir de Paula.

Raoni Moreno, diretor de GIGANTES, é filho do jornalista Roberto Menezes, homenageado pelo Festival, que, por motivo de saúde, se fez representar pela filha, Lilith Reis Menezes. Roberto Menezes enviou mensagem agradecendo a homenagem e parabenizando a cidade pela iniciativa.

O Curta-Cabo prossegue hoje, com início às 19 horas, no teatro Barreto Júnior, com a competição e a Mostra de filmes convidados. Um dos filmes convidados é RETRATOS, dirigido pelo jornalista Rafael Negrão.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

É HOJE O DIA !!!

Homem Morto, de Luiz Cesar, compete no Curta-Cabo



Começa hoje, 28 de novembro, o I FESTIVAL DE FILMES DE CURTAS-METRAGENS DO CABO DE SANTO AGOSTINHO (CURTA-CABO). O evento é grátis e tem início às 19 horas, no Teatro Barreto Júnior, Cabo de Santo Agostinho.

Sete filmes concorrem a prêmios: CARTAS PARA UMA DESCONHECIDA, de Hugo Leonardo, ROSAS COM ESPINHOS, de Thierry Fernandes, RELAÇÕES INVISÍVEIS, de Alisson, A MENINA DA ESTAÇÃO, de Denis, HOMEM MORTO, de Luiz Cesar, A NOIVA, de Heyder e ANTES DE PARTIR, de Jonatas Douglas. Todos os concorrentes são jovens alunos da Oficina de Cinema realizada em início de Setembro, no Cabo de Santo Agostinho, e realizam o primeiro trabalho totalmente produzido por eles.

Paralelamente acontecerá uma Mostra de filmes convidados, a exemplo de RETRATOS, de Rafael Negrão, e GIGANTES, de Raoni Moreno.

O I Festival de Curta do Cabo homenageia o jornalista cabense Roberto Menezes, que na década de 60 produziu e dirigiu os primeiros filmes realizados no Cabo, como: O PROGRESSO, em 1963, e A CHEGADA DE LAMPIÃO NO INFERNO, em 1969, com trilha sonora assinada por Alceu Valença, exclusivamente para o Curta.

O Festival é uma realização da Secretaria Executiva de Cultura, numa iniciativa da Gerência de Cultura, com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

I CURTA-CABO COMEÇA NA SEGUNDA

"Antes de partir", de Jonatas Douglas, compete no Festival de Curtas.

Segunda-Feira, 28 de novembro, às 19 horas, o Cabo de Santo Agostinho será a capital pernambucana de filmes em Curta-metragem, com a abertura do CURTA-CABO, no Teatro Barreto Júnior.

"O I festival de Curtas do Cabo de Santo Agostinho é o resultado da Oficina de cinema que a Secretaria de Cultura promoveu aqui, em setembro passado. Apostamos no projeto, que germinou e já dá frutos para a cidade", afirma Antonio Moraes, Gerente de Cultura e idealizador do Festival.

Serão sete filmes, produzidos por alunos da Oficina, que concorrerão na Mostra competitiva, enquanto filmes convidados participarão da Mostra Paralela que acontecerá no CURTA-CABO, a exemplo de "GIGANTES", de Raoni Moreno.

O I FESTIVAL DE CURTAS-METRAGENS DO CABO é uma homenagem ao Jornalista Cabense Roberto Menezes, que já na década de 60, produziu filmes em curta-metragem, na cidade do Cabo.

EU QUERO MAIS

Foto: Wellington Dantas


O Bloco Carnavalesco Lírico EU QUERO MAIS, que completa 20 anos no carnaval de 2012, será homenageado nesta sábado, em Recife (Praça do Arsenal), na quarta e última edição, este mês, do Projeto Alegres Bandos - Encontro de Blocos, com a participação do Coral Edgard Moraes e a Orquestra do maestro Beto do Bandolim. O evento acontece das 16 às 19 horas, e é grátis.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ELES NÃO VOAM

Antonino Oliveira Júnior


Vem,

Dá-me a tua mão;

Por mais que a falta de luz

Cubra-lhes a mente e o coração,

Tornando-os algozes do nosso amor,

Haveremos de voar

Cada vez mais alto,

Cada vez mais distante da fúria,

Do desamor que os cega;

Não tema,

Tudo o que eles possam atirar

Não nos atingirá,

Protegidos que somos

Pela redoma de sentimentos puros e nobres;

O nosso vôo está apenas começando,

Sequer abrimos nossas asas,

Mas voamos como colibris apaixonados

Vencendo os olhares, o preconceito,

As palavras e os gestos que nos perseguem;

Vem,

Toma a minha mão...

“Não tema nossa sorte nessa guerra...

Eles são muitos, mas não podem voar...”

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CURTA-CABO COMEÇA SEGUNDA-FEIRA

"Cartas para uma desconhecida", de Hugo Leonardo (Foto: Divulgação)

Segunda-Feira, dia 28, é a abertura do I Festival de Curtas-metragens do Cabo de Santo Agostinho, que é composto por um grupo competitivo e uma Mostra de filmes convidados. O Festival Curta-Cabo será de 28 a 30 de novembro, sempre às 19 horas, no Teatro Barreto Júnior, promoção da Secretaria Municipal de Cultura, numa iniciativa da Gerência de Cultura, que coordena o evento, contando com a co-participação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e apoio da Fundarpe e Publikimagem.

A parte competitiva do Festival terá os seguintes filmes concorrendo:
Rosas com Espinhos, de Thierry Fernandes
Relações Invisíveis, de Alison Ventura
Cartas para uma desconhecida, de Hugo Leonardo
Noiva, de Cesar Rasec
Homem morto, de Heyder Sanfer
A menina da Estação, de Dennys D'Lima
Antes de partir, de Jonatas Douglas.

A entrada é grátis, através de convites que serão distribuídos pela Secretaria de Cultura.
O Festival homenageia o Jornalista e cineasta cabense Roberto Menezes.

ENCONTRO ZÉ DA BANHA


Acontece no próximo domingo, o ENCONTRO ZÉ DA BANHA DE BACAMARTEIROS, no Cabo de Santo Agostinho, com uma intensa programação, que começa às 8 horas, com uma missa na Igreja do Livramento, seguida de cortejo até o Mercadão, onde haverá evoluções pelo grupo e apresentações com tiros de bacamarte, culminando com apresentação do poeta e cantor Maciel Melo, com participação da cantora Sevi Nascimento.

sábado, 19 de novembro de 2011

VOZ DA LIBERDADE

*Antonino Oliveira Júnior
(em homenagem ao Dia da Consciência Negra)

Vai,
voz negra,
sobe bem alto no espaço,
rompe também outros laços
pelas terras onde passares,
lembrando que escravo é rei
no quilombo dos Palmares.

*Antonino Oliveira Júnior é da Academia Cabense de Letras.