Frederico Menezes*
Agora já se esvai mais um domingo...a saudade do teu amor,
atravessando séculos e sonhos, como um domingo que amanhece,
teima em permanecer.
E permanece o manancial de ternura e a força do teu amor, que o tempo,
esse escravo do teu magnetismo, não consegue apagar.
Agora, já se esvai o domingo, nessa noite chuvosa a despertar
um perfume de nostalgia,
um anseio de amanhã, um cheiro de algo já vivido.
E permanece esse impulso indecifrável, esse quase desmaiar de tarde
nos olhos tocados pela espera doce.
Espera que o tempo, escravo do teu poder,
não consegue diluir.
Agora, já se esvai mais um domingo e me acena o outro dia
Com a possibilidade de servir e aspirar atender a tua vontade,
e, em teus braços, entregar coração e alma
na certeza de que tua paz perene
que o tempo, escravo do teu querer, não poderá, jamais, impedir.
*Frederico Menezes é da Academia Cabense de Letras.
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