Entre
silêncio e sombra se devora
e em longínquas lembranças se consome tão longe que esqueceu o próprio nome e talvez já não sabe por que chora
Perdido
o encanto de esperar agora
o antigo deslumbrar que já não cabe transforma-se em silêncio por que sabe que o silêncio se oculta e se evapora
Esquiva
e só como convém a um dia
despregado do tempo, esconde a tua face que já foi sol e agora é cinza fria
Mas vê
nascer da sombra outra alegria
como se o olhar magoado contemplasse o mundo em que viveu, mas que não via. |
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