Revejo-te, acabrunhado, preso ao leito
Na superlativa ânsia do sofrer,
O amargor do não poder viver,
Considerando o sonho já desfeito.
Afirmo-te, poeta, a dor nos aprimora,
Qual o aço, fortalecendo ao fogo;
Compõe teu verso a sorrir de novo,
Esquece a lágrima que insiste e aflora.
Aprende com o sofrer toda a beleza,
Exalta o bem, o amor, a natureza,
A paz que vislumbras, a liberdade
Rompendo, da matéria, os grilhões,
Perceberás que os nossos corações
Continuam a bater na eternidade...
(ao irmão, amigo e poeta Paulo Alexandre (Cultura), autor de “Ainda batem nossos corações)
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